Uma vasta programação de capacitações, painéis temáticos e palestras, marcou o terceiro dia da Feira Internacional de Turismo da Amazônia (FITA), no sábado (27).
Fotos: Ellen Dias /
Ascom Setur Pará
Cases
como o Parque Zoobotânico Vale, em Parauapebas, estratégias de mercado como
e-marketplace e atividades de turismo de base comunitária em áreas de
conservação e reservas ambientais se destacaram junto ao público presente na
Estação das Docas.
Pela
manhã, foram apresentadas algumas políticas públicas e ações da Secretaria de
Estado de Turismo (Setur), como Observatório do Turismo do Pará, com fomento de
pesquisas relacionadas ao setor.
A
companhia Vale, patrocinadora do evento, apresentou o case de sucesso do Parque
Zoobotânico de Parauapebas, com 36 anos em operação no estado. Uma reserva
ambiental que preserva a biodiversidade a fauna e a flora local. O ponto
abordado durante a mostra foi a importância de transformar o turismo ecológico
de forma responsável.
“O
Parque Zoobotânico da Vale é a sétima maravilha do estado. Nós estamos em uma
área completamente preservada. Esse é o desafio hoje, mostrar que podemos fazer
o turismo e conservar a biodiversidade local”, completou Lourival Tyski gerente
do parque.
E
Marketplace foi outro assunto em discussão, a junção dos municípios para
fortalecer a comercialização do turismo. “O marketplace é importante para unir
de forma on-line tudo que o estado tem para oferecer, mas para isso é preciso
que todos estejam integrados, mais do que isso, capacitados. O turista em uma
plataforma será direcionado, mas os municípios precisam saber entregar o que
vendemos”, pontuou o palestrante Joy Colares da Fecomercio.
Objetivos
e vantagens da prática do Turismo de Base
Comunitária (TBC) - Durante a tarde,
a preservação e conservação ambiental, não ter o turismo como única fonte de
renda, proporcionar alternativas de trabalho e renda, respeitar o modo de vida
das populações tradicionais, promover o fortalecimento das comunidades e a
melhoria da qualidade de vida foram tópicos abordados durante o painel
"Turismo em Unidades de Conservação".
Na
implementação do Turismo em UCs, a diretora de Gestão e Monitoramento do
Ideflor-Bio, Socorro Almeida, disse que é importante considerar que se forneçam
serviços ambientais, a sustentabilidade financeira da UCs, a valorização da sociobieconomia,
além de dar sentido para a UC e justificar sua permanência. "Não podemos
nunca perder de vista as futuras gerações", concluiu.
Já a
analista ambiental do ICMBio, Manoelle Reis Paiva, falou do trabalho realizado
na Floresta Nacional do Tapajós. "Juntamente com a comunidade da FLONA do
Tapajós fizemos uma revisão das normas de condução. Somente numa comunidade
(Jamaraquá) mapeamos 12 oportunidades de atrativos e atividades, entre trilhas,
igarapés, casa de farinha, produção de biojóias, entre outras", revelou.
A
comercialização de roteiros é um dos grandes desafios do modelo de gestão TBC,
o acesso ao mercado reduzido ou inviabilizado por se tratar de um modelo para
pequenos grupos, visto que a capacidade de atendimento é justamente a quantidade
de pessoas dessa comunidade. Manoelle também salientou a reabertura gradual da
unidade para visitação pós pandemia, os desafios de promover pesca esportiva em
comunidades na FLONA Tapajós, a estruturação de política de cobrança de
ingressos e integração do TBC com outras políticas públicas.
Para
Adelio Demeterko, administrador e Diretor Executivo do Grupo Cataratas em Foz
do Iguaçu, o propósito do turismo com visão sustentável é impactar de forma
positiva as localidades, o país e o mundo.
"Pensando
globalmente, mas agindo localmente. O turismo é uma grande oportunidade de
fazermos acontecer. O Brasil tem tantas riquezas para exploração turística,
especialmente na região Norte e é possível sonhar e realizar", disse.
O
secretário adjunto de Turismo do Maranhão, Hugo Veiga, comunga da mesma visão
de gestão. "Explorar o turismo nessas localidades, sem explorar a
natureza, com base em sustentabilidade, planos de conservação e participação da
comunidade é possível", finaliza.
A tarde
de programação técnica do sábado se encerrou com o painel "Turismo em
Comunidades Tradicionais" com a participação de Rodrigo Sales, CEO da
Untamed Angling Brasil (SP); Adriana Lima, coordenadora do Movimento de
Mulheres das Ilhas de Belém; e Sílvia Cruz, professora da Universidade Federal
do Pará (UFPa). A moderação foi da técnica em Gestão de Turismo da Setur-PA,
Conceição Silva.
Fonte: Ascom/Setur Pará