Os
dados são do Ministério do Turismo (MTur), da Embratur e da Polícia Federal
(PF), resultado 10,4% superior ao verificado no mesmo período de 2023, e 1,9%
maior que os primeiros sete meses de 2019, antes da pandemia de Covid-19.
Em
2023, o Brasil recebeu um total de 5,9 milhões de turistas internacionais e nos
primeiros sete meses deste ano, já registrou 4 milhões. Isso indica uma
possibilidade concreta de alcançar um novo recorde de visitantes internacionais
nos diversos municípios brasileiros de, pelo menos, 7 milhões.
Os números divulgados pelo MTur mostram que a
Argentina foi o principal emissor de viajantes ao território nacional (1,8
milhão), seguida dos Estados Unidos (668,4 mil), do Chile (458,5 mil), do
Paraguai (424,4 mil) e do Uruguai (334,7 mil). As principais portas de entrada
no país ficaram por conta dos estados de São Paulo (1,2 milhão), Rio de Janeiro
(868,3 mil), Rio Grande do Sul (647,7 mil), Paraná (573,5 mil) e Santa Catarina
(328,2 mil).
A
chegada de visitantes internacionais no sétimo mês do ano foi de 437,1 mil
pessoas e também representou um avanço de 16,4% na comparação com o
quantitativo contabilizado no mesmo período de 2023. Os números revelam, ainda,
que a via aérea mantém o posto principal de desembarque de turistas no país
(2,5 milhões), sendo que outros 1,3 milhão chegaram por meios terrestres, 98,2
mil por via marítima e 54,5 mil por meio fluvial.
Os
últimos resultados do turismo internacional no Brasil se somam a outros números
positivos, como por exemplo o de gastos de viajantes vindos de outros países.
No primeiro semestre deste ano, foram (US$ 3,7 bilhões) R$ 20,9 bilhões,
segundo o Banco Central. O crescimento de janeiro a junho de 2024 é de 15% em
comparação ao mesmo período do ano anterior. Em 2023, o Brasil já havia batido
recorde de receita: US$ 6,9 bilhões, superando 2014, ano da Copa do
Mundo.
O
Programa de Aceleração do Turismo Internacional (PATI), por sua vez, lançado
neste ano numa parceria entre MTur, Ministério de Portos e Aeroportos (MPor) e
Embratur, viabilizou, no primeiro edital, uma alta de 70 mil assentos em voos
estrangeiros com destino ao Brasil entre outubro deste ano e março de 2025.
Microscópio
Cirúrgico Digital na Santa Casa BH
Em
um marco histórico para a saúde, a Santa Casa BH, maior hospital do país em
número de internações, é a primeira instituição do Brasil a utilizar o
revolucionário Microscópio Cirúrgico Digital Aesculap Aeos®.
Esta
tecnologia de ponta promete transformar a neurocirurgia, elevando ainda mais o
padrão de excelência no atendimento aos pacientes. Essa iniciativa reforça o
compromisso da gigante da saúde no estado com a inovação e a excelência no
atendimento aos pacientes do SUS, mantendo a instituição na vanguarda das
tecnologias em saúde
O
equipamento, que chegou à Santa Casa BH Hospital de Alta Complexidade 100% SUS,
no dia 2 de agosto, está sendo utilizado para procedimentos cirúrgicos até o
dia 30 de agosto, antes de seu lançamento oficial no XXXV Congresso Brasileiro
de Neurocirurgia, que acontecerá no mês de setembro, em Belo Horizonte. Isso
permite que a equipe médica realize os primeiros procedimentos com essa
tecnologia inovadora.
foto:Marcus
Coelho
O
AesculapAeos® substitui a óptica tradicional do microscópio, onde o cirurgião
precisa olhar diretamente pela lente, por uma exibição em 3D em um telão. Essa
exoscopia, como é chamada pela empresa fabricante, promete revolucionar a forma
como as neurocirurgias são realizadas, proporcionando uma visualização
detalhada e precisa do campo operatório, o que pode resultar em mais segurança
e eficácia nos procedimentos.
“Além
disso, o microscópio proporciona mais conforto para o cirurgião, que não
precisa manter cabeça e pescoço tensos no intuito de manter a visão binocular,
e principalmente exibe uma visão de cada passo do procedimento cirúrgico
exposto para toda a equipe presente na sala de cirurgia, tornando-o
consequentemente o equipamento de magnificação óptica ideal”, explica a gerente
de produtos Neurocirugia Aesculap da B. Braun, Aline Yoritomi.
foto:Bruno
Vilela
Segundo
Aline, a Santa Casa BH foi escolhida como pioneira no uso da tecnologia devido
à excelência e relevância como uma das instituições de saúde mais importantes
do país. Além disso, a parceria com os renomados neurocirurgiões da
instituição, Dr. Bruno Costa, que presidirá o congresso, e Dr. Marcos
Dellaretti, reforçou essa decisão. "O objetivo é permitir que os médicos
da Santa Casa BH realizem procedimentos com essa nova tecnologia antes do
grande lançamento, apresentando-a em primeira mão", diz Aline.
Treinamento
e avaliação da equipe médica - Dr. Marcos Dellaretti relata que o
processo de treinamento para a utilização do equipamento foi muito tranquilo.
"A adaptação da equipe da Santa Casa BH ao microscópio foi rápida e
intuitiva. Desde o dia 5 de agosto, utilizamos o microscópio Aesculap Aeos® em
16 procedimentos, e a expectativa é de que, até o final do mês, realizemos
entre 20 e 30 cirurgias com essa nova tecnologia. O equipamento se mostrou
eficaz especialmente em microcirurgias, o que amplia consideravelmente nossas
possibilidades de tratamento", conta o neurocirurgião.
Para
o coordenador da neurocirurgia da Santa Casa BH, Dr. Bruno Costa, a escolha da
Santa Casa BH como a primeira instituição a utilizar o Aesculap Aeos® reflete a
importância e a excelência do hospital em Minas Gerais, consolidando-o como um
centro de referência para procedimentos de alta complexidade 100% SUS. Ele
destaca que não existe, em nenhum hospital SUS do país, equipamento similar ao
microscópio Aesculap. O coordenador médico acrescenta que, durante o lançamento
oficial do equipamento no XXXV Congresso Brasileiro de Neurocirurgia, que
reunirá os principais especialistas da área para compartilhar conhecimento e
inovação, os resultados obtidos na gigante da saúde serão apresentados,
evidenciando tanto a relevância da nova tecnologia quanto o papel da Santa Casa
BH no cenário nacional.
102
milhões de passageiros passaram pelo BH Airport
Quem
viaja pelo Aeroporto Internacional de Belo Horizonte e aproveita a
infraestrutura de um dos maiores hubs de conexão do Brasil, talvez não saiba,
mas essa experiência aprimorada é resultado de uma gestão que está prestes a
completar 10 anos de história.
Há
uma década, no dia 12 de agosto de 2014, a concessionária BH Airport
assumia o comando do terminal mineiro, iniciando uma fase de transformação e
crescimento, consolidando o aeroporto como um exemplo de excelência em serviços
aeroportuários e sustentabilidade.
O CEO
do BH Airport, Daniel Miranda, celebra o marco dos 10 anos, lembrando que a
primeira década de gestão da concessionária foi também uma das mais
desafiadoras do setor aeroportuário passando pela maior recessão registrada no
país, em 2016, e uma das maiores crises sanitárias da história, em 2020. Mas,
ainda assim, o terminal mineiro superou o cenário negativo, ampliando sua
capacidade de operação e mantendo altos padrões de qualidade e eficiência.
Prova disso é o volume de movimentação do primeiro semestre de
2024: cerca de 5,6 milhões de passageiros circularam pelo terminal, o
melhor resultado do período nos 40 anos de história do aeroporto.
"A
primeira década de concessão foi marcada por desafios, mas as conquistas e
evoluções se destacam ainda mais. Estamos entre os 20 melhores aeroportos
do mundo em 2024, segundo o AirHelp Score 2024, e somos o melhor e mais
pontual aeroporto do Brasil, entre os maiores, segundo a Secretaria de Aviação
Civil. Além disso, estamos atentos ao nosso legado, sendo reconhecidos
como o aeroporto mais sustentável do Brasil pela Anac, além de
sermos o primeiro aeroporto carbono neutro do país. Muito mais
que títulos, esses reconhecimentos apontam o caminho que vamos continuar
trilhando na próxima década: uma jornada de amplo desenvolvimento, compromisso
social e ambiental e pioneirismo no setor aeroportuário", afirma.
A
última década também foi de expansão de infraestrutura. Desde 2014, cerca
de R$ 1,3 bilhão foram investidos em obras de melhorias, sendo uma
das mais importantes a construção de um novo terminal de passageiros, que
ampliou a capacidade do aeroporto de 10 milhões para 32 milhões de pessoas por
ano, elevando a qualidade do atendimento aos passageiros.
Outro
marco foi a extensão e homologação da Pista de Pouso e Decolagem, que tem
3.600 metros e é uma das maiores de aeroportos no Brasil. Entre outros
destaques de obras realizados no terminal na última década estão um sistema
de captação de águas pluviais e utilização de águas cinzas; a construção
de 17 pontes de embarque; e a ampliação de áreas de pátios de circulação e
parada de aeronaves, trazendo maior eficiência para as operações.
Além
disso, o terminal de passageiros 1 também passou por reformas, incluindo a
modernização das áreas de segurança e embarque. O objetivo era proporcionar uma
experiência mais confortável e conveniente aos passageiros, alinhando o
aeroporto às melhores práticas internacionais em termos de infraestrutura e
serviços.
Essas
melhorias possibilitaram a ampliação do mix comercial do terminal, que
inaugurou 80 novas lojas nos últimos 10 anos. Hoje são mais de 100, entre
estabelecimentos de varejo e alimentação, além de serviços à população, como
Correios e posto UAI para emissão de documentos.
Na
última década, o BH Airport também se consolidou como o único aeroporto a
oferecer operações multimodais para carga, transportando cerca de 260 mil
toneladas de produtos, entre 2014 e 2024.
O 2°
maior em destinos domésticos - O crescimento da
conectividade é outro importante marco dessa primeira década da gestão da BH
Airport. Desde que assumiu em 2014, a concessionária inaugurou 28 novos
destinos no terminal, consolidando o aeroporto como o 2° maior no
Brasil em destinos domésticos. Hoje, são mais de 70 destinos, sendo 7
internacionais.
Este
ano, o BH Airport anunciou duas novas companhias aéreas operando no
terminal: a Sky, que faz a rota BH – Santiago, um destino cada vez mais
procurado pelos mineiros, e a Voepass, que tem voos para Porto Seguro e
Ribeirão Preto. Outra novidade excelente é a ampliação da frequência da
rota BH – Curaçao, operada pela Azul Linhas Aéreas e que ganhou o dobro de
voos. O BH Airport é o único aeroporto no Brasil com um voo direto para a ilha
caribenha.
Aeroporto
em números - Mais de 102 milhões de passageiros
circularam pelo terminal mineiro nos últimos 10 anos, o que equivale a mais de
40 vezes a população de BH.
Quase
1 milhão de pousos e decolagens ocorreram na pista do BH Airport, na última
década; Capacidade para operar 32 milhões de passageiros por ano;26 pontes de
embarque, sendo três exclusivas para operações internacionais;9 esteiras para
devolução de bagagens;17 canais de inspeção de passageiros;27 elevadores e 14
escadas rolantes;4.625 vagas de estacionamento;44 posições para aeronaves;40%
dos passageiros utilizam o aeroporto para conexão a outros destinos;40 mil
toneladas/ano de capacidade atual de carga.
Rotas
dos Vinhos em Minas impulsiona o mercado do enoturismo
O Governo de
Minas assinou, dia 19 de agosto, protocolo de intenções com
importantes parceiros que vão atuar na estruturação e criação da Rota dos
Vinhos.
A
iniciativa visa impulsionar a expansão do
setor de vinicultura, que contempla a produção de
vinhos, e a vitivinicultura, para o produtor que também produz uvas in natura além da bebida. Desta forma, o enoturismo – turismo voltado ao consumo
e apreciação de
vinhos – passará a ser o foco de uma política pública para atrair visitantes
e investimentos, além de
gerar emprego e renda.
A
expectativa é a de que a Rota dos Vinhos, uma vez concretizada, contribua
ainda mais para a visibilidade e atração de turistas interessados na cultura
vinícola de Minas Gerais.
A
produção no estado registra cerca de 100 produtores de vinhos atualmente.
Em 2020 eram cerca de 50 produtores, o que indica o rápido avanço da cultura. A
estimativa é de que o mercado movimente R$120 milhões por ano.
O
documento foi assinado entre o Governo de Minas - via Secretarias de Estado
de Cultura e
Turismo (Secult) e de Desenvolvimento
Econômico (Sede), Companhia de
Desenvolvimento de Minas Gerais (Codemge), Sebrae Minas e a
Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg), por meio do
Instituto Euvaldo Lodi (IEL), para dar início aos trabalhos.
Potencial
- O governador Romeu Zema e o vice-governador
Professor Mateus participaram do evento que marcou a assinatura do protocolo,
acompanhados também por mais de 40 produtores de 20 municípios mineiros.
Na
oportunidade, o governador destacou o potencial turístico e produtivo do
setor em Minas. “A vinicultura vem passando por um crescimento exponencial, e
isso significa um crescimento a longo prazo enorme. E queremos aproveitar todo
o potencial que a cultura da uva e a produção de vinho têm para despertar o
interesse das pessoas”.
Para
Zema, “o Brasil ainda é um país que consome pouco vinho, mas com o aumento da
renda, esse produto é cada vez mais consumido, gerando interesse crescente”,
frisou o governador de Minas.
Ele
destacou ainda o papel essencial da Empresa de
Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (Epamig) e da Empresa de
Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado de Minas Gerais (Emater-MG) na
missão de introjetar uma cultura presente em outros países.
Protocolo
- A ideia é que a iniciativa da Rota dos Vinhos contemple
oito regiões: Zona da Mata, Triângulo Mineiro, Sul/Sudoeste, Oeste, Norte,
Metropolitana, Jequitinhonha, Central e Campo das Vertentes.
Para
o vice-governador de Minas, Professor Mateus, esta é uma oportunidade não
apenas comercial para produzir a uva e extrair o vinho, mas também para atrair
aqueles que praticam o enoturismo.
Ainda
segundo ele, “trata-se de uma renda acessória muito importante para todos os
produtores de vinho no mundo, que ainda não estávamos conseguindo capturar. A
iniciativa privada já está fazendo a sua parte: temos hotéis, restaurantes,
visitas a vinícolas e vinhedos. Tudo isso avança na direção de uma economia
mais estruturada, com mais oportunidades tanto no campo quanto na cidade”,
afirmou.
fotos:
Gil Leonardi
Parceria
- A iniciativa de estruturação da Rota dos Vinhos é
coordenada pela Secretaria de
Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais (Secult-MG), em parceria
com Sede-MG, Codemge, Sebrae Minas e Fiemg, por meio de seu Instituto Euvaldo
Lodi (IEL).
Na
solenidade, o secretário de Estado de Cultura e Turismo, Leônidas de
Oliveira, pontuou que a Rota será uma oportunidade única para fortalecer a
identidade cultural de Minas Gerais, aliando tradição e inovação.
“Essa
iniciativa não apenas valoriza a produção vinícola local, mas também criará uma
nova rota turística que atrairá visitantes e promoverá a riqueza cultural das
regiões produtoras.
“Estamos
construindo uma experiência enoturística que gera desenvolvimento econômico,
preserva o patrimônio e reforça o orgulho mineiro. É um passo decisivo para
consolidar Minas Gerais como um destino de referência no enoturismo
brasileiro”, concluiu o secretário.
Setor
em crescimento -A iniciativa se baseia na crescente
popularidade do enoturismo no Brasil. De acordo com o Sebrae, 85% das vinícolas
nacionais têm investido na atividade, acompanhando um aumento anual de até 15%
no número de visitantes interessados na cultura do vinho, conforme dados da
União Brasileira de Vitivinicultura (Uvibra).
Para
o porta-voz da Associação dos Produtores de Uva e Vinho de Minas Gerais,
Alexandre Damasceno, a uva e o vinho têm capacidade de motivar as pessoas a
viajar em busca de experiências que também envolvem hotelaria, gastronomia,
turismo de natureza, artesanato, e o interesse pela cultura e tradições locais.
“Os
vinhedos harmonizam-se de forma única com o cenário natural, transformando suas
paisagens em atrações turísticas ‘instagramáveis’, que encantam visitantes de
todas as partes. Eles vêm para conhecer a produção do vinho e, assim,
impulsionam um turismo de qualidade”, ressaltou.
Damasceno
constatou que “a partir do vinho, as pessoas podem vivenciar de perto a
simplicidade dos vinicultores e a forma acolhedora com que os mineiros recebem
seus visitantes, os visitantes podem conhecer nossa alegria e sentir nossa
energia e os visitantes podem explorar nossas belas paisagens, nossa
gastronomia, nossas tradições e nossa rica história de liberdade e luta”.
Ações
- A
Epamig desempenha um papel crucial no desenvolvimento da viticultura no estado,
oferecendo suporte técnico e experimental para novos produtores.
A
empresa funciona como uma espécie de incubadora dos produtores que estão
iniciando a produção e ainda não têm vinícola própria.
Ao
longo dessas duas décadas de pesquisas, mais de 80 produtores já foram
atendidos. Atualmente, cerca de 30 produtores de vinhos de diversos estados do
Brasil estão sendo atendidos pela Epamig.
Nos
últimos anos, diversas marcas de vinhos produzidos com a tecnologia da Epamig
foram premiadas em conceituados eventos de enologia. Dentre as premiações
estão: a Grande Prova de Vinhos do Brasil; Decanter WWA; Vini Bra Expo;
Expovinis; Concurso Mundial de Bruxellas; Grande Prova Vinhos do Brasil;
Concurso do Espumante Brasileiro; Vitis Mundi; e Wines of Brazil.
Coluna Minas Turismo Gerais Jornalista Sérgio Moreira @sergiomoreira63 informações para
sergio1moreira@bol.com.br