Ação abordou assuntos
relacionados à coleta, manejo e transporte do capim-dourado e buriti; e o
calendário anual do Manejo Integrado do Fogo (MIF)
Supervisora da APA do Jalapão, Rejane Nunes, promove diálogos na Comunidade Taboca - Foto: Walker Ribeiro/Governo do Tocantins
O Instituto Natureza do
Tocantins (Naturatins) promoveu uma série de diálogos em comunidades da região
do Jalapão sobre coleta, manejo e transporte do capim-dourado e buriti; e o
calendário anual do Manejo Integrado do Fogo (MIF).
Promovida pela supervisão do
Parque Estadual do Jalapão (PEJ), em conjunto com as equipes da Área de
Proteção Ambiental (APA) do Jalapão e da gerência de Suporte ao Desenvolvimento
Socioeconômico, a ação ocorreu entre os dias 5 e 7, nas comunidades Carrapato,
Mumbuca, Boa Esperança e Taboca.
Na sexta-feira, 5, as
reuniões ocorreram em propriedades da região da Cachoeira da Velha. No sábado,
6, nas comunidades Carrapato, Mumbuca e Taboca. E neste domingo as equipes
estiveram na Comunidade Boa Esperança.
Dentre os pontos abordados
nas reuniões estão a inserção no Sistema Integrado de Gestão Ambiental (Sigam)
de novos artesãos extrativistas associados, a revalidação anual e eventuais
suspensões de licença das carteirinhas, conforme determina a Lei nº 3.594/2019
da Política Estadual do Uso Sustentável do Capim-Dourado e do Buriti, além da
avaliação e planejamento do calendário anual do MIF.
Sobre o calendário anual do
MIF, a supervisora do PEJ, Vaneça Ribeiro, destacou que essa construção é feita
de forma conjunta com as comunidades. Ela ressaltou que as ações são
implementadas ao longo do tempo, e estão sujeitas a avaliações e possíveis alterações
conforme necessário, enfatizando que esse planejamento é fundamental para
garantir o sucesso das ações.
"As comunidades já
relataram a redução de incêndios com as medidas preventivas do MIF, mas é
necessário planejar e discutir considerando possíveis mudanças
climáticas", detalhou.
Capim-dourado e Buriti
As comunidades Carrapato,
Boa Esperança e Mumbuca também receberam orientações e treinamento sobre a
inserção no Sistema Integrado de Gestão Ambiental (Sigam) de novos artesãos
extrativistas associados, a revalidação anual e eventuais suspensões de licença
das carteirinhas, conforme determina a Lei nº 3.594/2019 da Política Estadual
do Uso Sustentável do Capim-Dourado e do Buriti.
A gerente de Suporte ao
Desenvolvimento Socioeconômico do Naturatins, Sâmyla Valadares, explicou que o
treinamento buscou proporcionar maior autonomia às associações de artesãos,
permitindo que gerenciem suas próprias atividades de forma eficiente.
"Estamos propondo este
modelo de trabalho a partir deste ano para conceder mais liberdade a cada
associação. Anteriormente, todo o processo de cadastramento era conduzido pela
equipe do Naturatins, porém, ao longo do tempo, reconhecemos a importância de
dar essa autonomia para que cada associação possa realizar o seu cadastro de
acordo com sua disponibilidade. Com o acesso à internet em todas as
comunidades, torna-se mais fácil realizar os procedimentos de forma
independente", frisou.
APA do Jalapão
As reuniões realizadas pela
equipe da APA do Jalapão ocorreram entre os dias 5 e 6, em propriedades da
região da Cachoeira da Velha e na Comunidade Taboca.
A supervisora da APA, Rejane
Nunes, explicou que as reuniões buscam estabelecer acordos com as comunidades
sobre o bom uso do fogo, conforme o calendário de queima determinado.
"Esses acordos são importantes para que os comunitários sintam segurança
ao utilizar o fogo, integrem conhecimentos tradicionais, fortaleçam a gestão
participativa da APA e previnam os incêndios florestais durante o período de
seca".
Rejane Nunes informou que
este é apenas o início dos diálogos sobre o Manejo de Base Comunitária no
Território da APA do Jalapão, com as comunidades de todas as regiões onde foram
estabelecidas as Zonas de Manejo do Fogo (ZMF). Ela esclareceu que os acordos
comunitários para implementação do MIF são estabelecidos com base nos mapas de
cicatrizes do ano anterior, cartografia social da região e um calendário
específico de queimas.
Equipe da fauna silvestre
Durante a visita à
Comunidade Taboca, uma equipe da Gerência de Pesquisa e Informações da
Biodiversidade e da Diretoria de Proteção e Qualidade Ambiental (DPQA),
representada pelas biólogas Maria de Fátima Ribeiro e Angélica Beatriz,
promoveu um diálogo sobre conflitos envolvendo uma onça-parda na região.
Moradores relatam que o felino está atacando os animais domésticos.
Na ocasião, foram fornecidas
orientações e distribuição de cartilhas sobre medidas preventivas para evitar a
predação de animais domésticos por grandes felinos e garantir a segurança de
todos, além de disponibilizar informações sobre canais de denúncias em casos
envolvendo animais silvestres.
por Andréa Marques/Governo
do Tocantins