Coluna Minas Turismo Gerais,
Jornalista Sérgio Moreira
Atualmente,
mais de 80% de todo resíduo orgânico é tratado pela composteira do aeroporto,
sendo que a maior parte desse conteúdo tem origem nos estabelecimentos de
alimentação e também nos refeitórios. Já os resíduos de manutenção do BH
Airport são segregados de maneira rigorosa, com destinação 100% adequada e de
acordo com cada grupo.
O BH Airport está atento à geração de resíduos e atua na redução e
destinação correta dos materiais
“No Dia Mundial do Meio Ambiente celebramos o nosso empenho e
compromisso com a preservação dos recursos naturais, bem como com a atenção na
geração dos resíduos. Por aqui, colocamos em prática projetos de cuidado com a
fauna e também com o meio ambiente do aeroporto e seu entorno. Os resultados
mostram que caminhamos de forma alinhada ao ESG, que têm sido o eixo de atuação
ao longo do tempo”, ressalta Daniel Miranda, CEO interino e diretor
Administrativo Financeiro do BH Airport.
Para celebrar a data, o aeroporto realiza nos dias 5 e 6 de junho,
a visita de 120 alunos de escolas do município de Confins, divididos nos dois
dias, para conhecer os projetos ambientais do BH Airport. Os estudantes poderão
conhecer a composteira, a estrutura de água de reuso e também o trabalho do
Centro de Manejo de Fauna.
Compostagem acelerada - O
Projeto de Compostagem Acelerada do BH Airport é realizado por meio de uma
composteira automatizada, com capacidade de carga de 500 quilos, que possui
autonomia para processar cerca de 15
toneladas de resíduos orgânicos por mês, resultando na produção de 1,5 tonelada
de composto orgânico. Em 2022, mais de 80% de todo
o resíduo orgânico gerado no aeroporto, foi tratado pela composteira. A maioria
desses resíduos é de origem dos cessionários de alimentação e dos refeitórios
do BH Airport. A utilização do composto orgânico (adubo) é
realizada pelo setor de Manutenção nas áreas verdes do aeroporto,
como em jardins e canteiros, e
os excedentes são doados a parques e escolas da região do entorno do
aeroporto.
Papel, plástico, vidro e até pneus são doados pelo BH
Airport - Os
resíduos de manutenção do BH Airport são segregados de maneira rigorosa e têm
sua destinação 100%
adequada, de acordo com cada grupo.
Para destinação, são realizadas parcerias com empresas que reutilizam esse tipo
de material na cadeia de produção industrial. Os resíduos recicláveis do
Grupo D1 (Papel, Plástico, Metal, Vidro, Madeira) são doados para a Associação
de Catadores de Materiais Recicláveis de Lagoa Santa (Ascamare) que os revende
para parceiros que reutilizam ou reciclam os resíduos.
Os resíduos do Grupo D4 (Pneus Inservíveis) são doados para uma
empresa parceira do BH Airport, que faz reciclagem. Já os resíduos
do Grupo B4 (Pilhas e Baterias) são destinados para descontaminação e posterior
reciclagem em planta industrial externa ao aeroporto. Os óleos lubrificantes
usados são vendidos para um fornecedor externo e o rerrefino ocorre fora do
aeroporto.
Em 2022, foi firmado um contrato de doação de pneus inservíveis
gerados no sítio aeroportuário, que são destinados para reciclagem por meio da
empresa Racri, localizada em Betim (MG). Através da reciclagem, são gerados
diversos produtos, como chips, arames, grânulos e pó de borracha, que podem ser
utilizados em indústrias, quadras sintéticas, além de produção de tapetes de
borracha (Zanflex).
Também em 2022, em uma iniciativa do BH Airport, foi
implantada a reutilização de material fresado, que se trata de um resíduo sólido
granular gerado a partir do recapeamento da pista de pouso e decolagem (PPD) e
taxiways, sendo reaproveitado no processo de compactação das vias
adjacentes/vicinais no sítio aeroportuário.
Coleta Seletiva Solidária - O
recorde de 2,3
mil toneladas de resíduos destinados ao Programa de Coleta Seletiva foi
alcançado em 2022 e é resultado da parceria com a Associação de Catadores de
Materiais Recicláveis (Ascamare) de Lagoa Santa que, desde 2014, fortalece o
compromisso do terminal mineiro com a responsabilidade socioambiental alinhada
às práticas ESG (Enviromental, Social e Governance).
A atuação conjunta com a Ascamare evidencia a implementação de um
projeto de conscientização de toda a comunidade aeroportuária em busca da
conservação e preservação dos recursos naturais, em função do descarte adequado
de papel, vidro, plástico e metais. O Programa de Coleta Seletiva contribui ainda para
a geração de emprego e renda para a população do entorno do aeroporto.
Atualmente, cerca de 27 famílias de Lagoa Santa, município vizinho ao terminal,
são beneficiadas com a doação dos resíduos para a
Ascamare.
A associação é a única, em toda a região do entorno, apta a
atender a grandes empresas como referencial de qualidade e organização, com
espaço adequado para segregação e acondicionamento de resíduos. Os associados
utilizam todos os EPIs recomendados para garantir a segurança durante a coleta
e cumprem um cronograma semanal de recolhimento.
Em 2021, o
Programa de Coleta Seletiva Solidária foi o responsável para que o BH Airport
conquistasse a premiação de Aeroporto Verde, no programa ACI - Green Airport
Recognition, do Conselho Internacional de Aeroportos (Airports Council
International – ACI) demonstrando que o aeroporto se compromete efetivamente
com a sustentabilidade e coloca em prática ações que geram impactos sociais e
ambientais positivos.
Cuidado também com a fauna - O
BH Airport, o controle da fauna é realizado pela equipe especializada do Centro
de Manejo de Fauna. O time é composto por biólogos e veterinários que combinam
diversas metodologias para oferecer a segurança das operações juntamente com a
proteção das espécies. Em 2022, os profissionais capturaram e realocaram para
áreas seguras 343 animais silvestres. Já nos primeiros quatro meses deste ano,
foram 59, o que reflete diretamente na preservação das espécies e na redução
dos riscos de acidentes.
O Centro de Manejo da Fauna abriga temporariamente os animais
capturados no sítio aeroportuário que, porventura, possam causar impactos à
operação, como atrasos na autorização de pousos e decolagens até colisões com
aeronaves. Esse espaço possui estrutura moderna e totalmente adaptada para o
acondicionamento e bem-estar dos animais capturados, até que possam ser soltos
em área segura, afastada do aeroporto. No local, há cinco recintos para fauna
silvestre, três recintos para animais domésticos, um laboratório para
atendimentos veterinários preliminares, além de uma sala administrativa onde
todos os dados e indicadores do manejo de fauna são elaborados e acompanhados.
Monitoramento e manutenção da Passagem de Fauna - O
BH Airport monitora e mantém uma passagem de fauna localizada dentro do sítio
aeroportuário, sob a Rodovia LMG 800, principal ligação ao aeroporto. No local,
que liga dois importantes fragmentos florestais, já foram identificadas 12
espécies de animais silvestres, sendo a grande maioria de mamíferos típicos de
mata atlântica e cerrado.
São
eles: tamanduá-mirim (Tamandua tetradactyla), veado-catingueiro (Mazama
gouazoubira), ouriço-cacheiro (Coendou spinossus), quati (Nasua nasua), gato-do-mato
(Leopardus sp.), cachorro-do-mato (Cerdocyon thous), furão (Galictis cuja),
tatu (Dasypus novemcinctus), gambá-de-orelha-branca (Didelphis albiventris),
gambá-de-orelha-preta (Didelphis aurita), capivara (Hydrochoerus hydrochaeris)
e teiú (Salvator marinae).
Apoio aos artistas de
várias atividades culturais
Investir em cultura é muito importante para os artistas
em suas atividades das artes plásticas, musicais entre ouras em nas suas
criatividades. O BDMG Cultural Vale, equipamento do Circuito Liberdade,
complexo cultural gerido pela Secretaria de Estado de Cultura e Turismo de
Minas Gerais, lançou edital do programa de residência artística LAB Cultural
2023.
A seleção contempla diversas áreas das atividades
artísticas: artes visuais, música, experimentação sonora, escrita, artes
cênicas, dança, expressões corporais, saberes e fazeres populares, entre
outras. As inscrições já estão abertas e podem ser feitas até 2 de julho,
gratuitamente, pelo site do BDMG Cultural. https://bdmgcultural.mg.gov.br/notice/lab-cultural-2023/
Em 2023, o programa LAB Cultural inicia o chamamento
para sua quarta edição, intitulada "Comunidades Possíveis", com o
objetivo de reunir pesquisas e compartilhar experiências individuais e
coletivas. Essa é a primeira vez que o projeto propõe um tema aos artistas,
artesãos e demais pessoas envolvidas na preservação de conhecimentos e práticas
tradicionais que participarão do programa. Coordenadora do projeto, Larissa
D’arc afirma que a intenção deste ano é tentar convidar a participação na
residência de um modo mais amplo.
“As pessoas que
produzem algo típico de sua comunidade, seja artístico e material, ou ainda
algo que preserve a memória local, sempre foram bem-vindos no LAB Cultural, que
é um programa que incentiva e celebra a diversidade dos saberes e fazeres. Este
ano gostaríamos de enfatizar esse convite para artistas, artesãos e demais
agentes a participarem do programa. Todos têm algo a contribuir em uma proposta
coletiva de construção de conhecimento e experimentação", ressalta.
O LAB Cultural é um programa de residência artística
iniciado em 2020 de modo online, que continua nesse formato mesmo após o fim da
emergência sanitária da Covid-19. Partindo da necessidade de reinvenção das
artes durante esse período, o programa se propõe a repensar os espaços
artísticos, tempo e formas de comunicação. Desde então, o programa tem criado
no ambiente digital um espaço para trocas e atravessamentos de práticas
artísticas, produzindo conhecimento de forma colaborativa e horizontal entre
artistas residentes e profissionais de diversas áreas do saber.
Durante o desenvolvimento do LAB Cultural, as pesquisas
e processos artísticos serão compartilhados na plataforma bdmgcultural.mg.gov.br/lab para
ampliar as possibilidades de reflexão e diálogo dos artistas residentes com a
sociedade. Na plataforma, é possível conhecer os trabalhos de todos os artistas
que participaram do programa em edições anteriores.
Programa Bandeira Azul
O Brasil
deverá contar com um maior número de praias e marinas aptas a receberem a
certificação do programa Bandeira Azul na temporada de verão 2023/2024. O júri
nacional, que conta com a participação do Ministério do Turismo, foi aprovado
indicação de 34 praias e 11 marinas, que agora serão recomendadas para
avaliação do júri internacional.
A
análise final será realizada no mês de setembro, durante o encontro de membros
do programa em Copenhague, na Dinamarca. Do total de candidatos recomendados
(45), 38 concorrem a renovações e 7 são novos candidatos. Na última temporada,
29 praias e 11 marinas foram certificadas com o selo que atesta práticas de
turismo sustentável.
A
coordenadora do Programa Bandeira Azul no Brasil, Leana Bernardi, ressalta que
todos os candidatos passaram por uma avaliação criteriosa. “O júri avaliou o
cumprimento dos critérios através da verificação dos relatórios apresentados,
ressaltando a importância de os candidatos enviarem relatórios com informações
precisas e ordenadas. Novamente, foi identificada a necessidade de
esclarecimentos pontuais de alguns candidatos”, disse.
Para
se qualificar para o Bandeira Azul, uma série de critérios com foco em gestão
ambiental, qualidade da água, educação ambiental, segurança e serviços, turismo
sustentável e responsabilidade social devem ser atendidos, mantidos e
comprovados anualmente.
O
principal objetivo do Programa é elevar o grau de participação e,
consequentemente, de conscientização da sociedade, empresários do segmento
náutico e gestores públicos quanto à necessidade de proteger os ambientes
marinho/costeiro, incentivando a realização de ações que conduzam à resolução
dos problemas existentes na busca da qualidade e proteção ambiental.
JÚRI -
Além do MTur, também fazem parte do Júri Nacional do Programa representantes da
Secretaria do Patrimônio da União (SPU), do Instituto Ambientes em Rede (IAR),
da Associação Náutica Brasileira (ACATMAR), da Agência Brasileira de
Gerenciamento Costeiro, da Sociedade Brasileira de Salvamento Aquático (SOBRASA),
da Associação Nacional de Municípios de Meio Ambiente (ANAMMA) e da Associação
Brasileira de Entidades Estaduais de Meio Ambiente (ABEMA). Anualmente, as
entidades se reúnem para definir as praias, marinas e embarcações de turismo
qualificadas ao prêmio e que serão submetidas ao Júri Internacional.
O BANDEIRA AZUL -
O Programa Bandeira Azul promove o desenvolvimento sustentável em áreas de água
doce e marinhas. O Programa desafia as autoridades locais e os gestores de
praia a alcançarem altos padrões de qualidade em quatro temas: qualidade da
água, gestão ambiental, educação ambiental e segurança. Ao longo dos anos, o
Bandeira Azul tornou-se um rótulo ecológico altamente respeitado e reconhecido,
trabalhando para reunir os setores de turismo e meio ambiente de maneira local,
regional e internacional.
O
Programa Bandeira Azul foi criado pela FEE – Foundation for Environmental
Education (www.fee.global), uma instituição internacional com diversos
integrantes representando seu respectivo país. No Brasil, o Operador Nacional
do Programa é o IAR – Instituto Ambientes em Rede (www.iarbrasil.org.br)
Exposição em Inhotim “A noite
suspensa ou o que posso aprender com o silêncio”
O maior
museu a céu aberto do mundo, Inhotim, localizado na cidade de Brumadinho, a 60
Km de Belo Horizonte, tem diversas peças de artes plásticas de artistas
nacionais e internacionais fixas, além de exposições itinerante como a arte na
Galeria Praça que está realizando a parte do Programa Abdias Nascimento e o
Museu de Arte Negra, a instalação A noite suspensa ou o que posso aprender com o
silêncio (2023), da artista Mônica Ventura (1985). Informações
https://www.inhotim.org.br/
A obra
foi comissionada pelo Instituto Inhotim para ocupar o vão central da galeria e
propõe um olhar para o entorno e a potência local por meio de uma instalação de
grande escala.
A parede,
o leito e escultura que compõem A noite suspensa ou o que posso aprender com o
silêncio (2023), foram construídos com terra da região de
Brumadinho e convidam o público a desvendar as diversas camadas presentes no
trabalho da artista, seja a partir da materialidade ou das simbologias
relacionadas à práticas religiosas de matrizes ancestrais afro-brasileiras e
ameríndias, como elementos da cosmologia Pankararu, povo originário próximo ao
território do Rio São Francisco, e o zangbetos, espíritos ancestrais
cultuados em religiões no Golfo do Benin.
Cores e formas da obra tencionam também as noções de feminino e
masculino para trazer noções da síntese das energias do universo. As
inaugurações na Galeria Praça de 2023 são patrocinadas pela Shell, por meio da
Lei Federal de Incentivo à Cultura.
O Inhotim tem diversas artes em seu
espaço no museu da natureza
Coluna Minas Turismo Gerais,
Jornalista Sérgio Moreira @sergiomoreira63 Informações para a coluna enviar
para sergio51moreira@bol.com.br