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sexta-feira, 10 de junho de 2022
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Roupas das quadrilhas juninas de Palmas encantam pela explosão de cores e formas
Costureira Branca destaca a dificuldade de produzir
o figurino e reforça que adora ver os dançarinos se apresentando
Foto: Lia Mara
Ao som da máquina
de costura, Maria da Conceição Farias de Almeida, conhecida como Branca, nos
recebeu para contar como é costurar as roupas de cinco quadrilhas juninas que
vão se apresentar no 30º Arraiá da Capital. ‘Avechada’, Branca só concordou em
receber a equipe da Secretaria Municipal de Comunicação de Palmas (Secom) se
pudesse continuar seu trabalho durante a reportagem.
No primeiro
contato, ainda por telefone, Branca foi franca: “sem tempo, estou com muita
roupa para costurar”. Esse é o oitavo ano seguido que ela costura as roupas
juninas e diz que é uma loucura, dorme muito pouco e passa o dia trabalhando,
entrando pela noite, parando apenas na madrugada e retornando logo que o sol
nasce.
“Sou costureira há
20 anos e nunca tinha feito algo tão difícil quanto as roupas juninas. Em 2015,
quando fui costurar as roupas pela primeira vez, eu chorei muito no pé da
máquina, precisei desmanchar e refazer várias vezes, e no final deu certo”,
conta Branca emocionada.
Ela detalha que as
roupas são muito difíceis, porque é preciso pregar muitas fitas e ter um
caimento e fluidez para a dança. “É mais difícil do que fazer um vestido de
noiva”. Para ajudá-la, Branca contratou duas pessoas, uma para pregar as fitas
e outra para cortar as roupas.
Apesar de detalhar
o estresse que é costurar as roupas juninas, Branca ressalta que foi muito ruim
os últimos dois anos, que em razão da pandemia do novo coronavírus, teve um
Arraiá da Capital com menos participantes, apenas apresentações de rainha e
casais. “Não apenas pelo dinheiro, porque fazer as roupas traz um dinheiro
importante para nós, e sim porque é muito lindo e emocionante ver os vários
casais vestidos, todos iguais, com as roupas que fizemos”.
Branca explica que,
antes de começar a costurar para as quadrilhas, não comparecia ao Arraiá da
Capital, mas desde 2015 tornou-se um fã e leva uma plateia com ela. “É muito
bom ver os grupos juninos, maior felicidade vê-los entrando com as roupas tão
lindas, fazer um último ajuste. Também fico zangada quando usam a roupa que fiz
de forma errada ou terminam de dançar e tiram a roupa de qualquer jeito”,
brinca.
Nesse 30º Arraiá da
Capital, que começa no próximo dia 21, participarão 14 quadrilhas juninas, com
uma média de 16 casais cada grupo. São cerca de 448 pessoas para vestir e
calçar, uma manifestação cultural e artística que movimenta a economia de
Palmas, com a confecção de roupas e calçados, além dos bordados, chapéus e
ornamentos que compõem o grande espetáculo. São produtos adquiridos na Capital
e serviços contratados, gerando emprego e distribuindo renda para muitas
famílias.
Fonte: Secretaria Municipal de Comunicação de
Palmas