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EDUÇÂO
DE EMISSÃO DE CARBONO
Aeroporto
Internacional de Belo Horizonte reduz emissão de carbono e coloca Minas Gerais
na vanguarda das ações de sustentabilidade em aeroportos no país.
Um total de 175 toneladas a
menos de gás carbono na atmosfera. Essa foi a redução acumulada de emissões
alcançada pelo Aeroporto Internacional de Belo Horizonte em dois anos com ações
em diferentes frentes como otimização do uso de energia elétrica pelo terminal,
substituição de lâmpadas por LED; redução do trajeto de frota de veículos e
reaproveitamento de águas. A meta é reduzir mais a cada ano, perseguindo a
contribuição efetiva e contínua para a mudança global de clima, um dos Objetivos
do Desenvolvimento Sustentável (ODS) do Pacto Global da ONU – Organização das
Nações Unidas.
O trabalho garantiu o
reconhecimento e certificação do Aeroporto Internacional de Belo Horizonte no
programa da ACI - Airport Carbon Accreditation (ACA), sendo um dos dois
únicos aeroportos no Brasil com certificação nível 2 – ou seja, com ações que
permitiram “redução” das emissões. Em toda a América Latina, 19 aeroportos são
certificados neste nível. No Brasil, três aeroportos possuem certificação nível
1 (mapeamento de ações) e apenas Belo Horizonte e Salvador possuem
reconhecimento nível 2 (redução).
O resultado é fruto de um trabalho estruturado de mapeamento
das emissões, definição e implementação de projetos em várias áreas e uma
gestão estratégica voltada para a sustentabilidade. “No Aeroporto Internacional
de Belo Horizonte, o ESG é um importante pilar estratégico e diversas
iniciativas ambientais, sociais e de governança estão em prática e também no
nosso planejamento anual. Quando o assunto é o meio ambiente, é importante
destacar que o aeroporto está classificado no nível redução entre os aeroportos
certificados na América Latina e Caribe, pelo Airport Carbon Accreditation
(ACA). Para alcançar esse patamar, o aeroporto adota processos eficazes de descarbonização
em seus projetos do ponto de vista da gestão de efluentes, consumo de
combustíveis e eficiência energética, mitigando os impactos de sua operação”,
afirma Kleber Meira, CEO de BH Airport.
O Aeroporto Internacional de Belo Horizonte se compromete
efetivamente com a sustentabilidade e coloca em prática ações que geram
impactos sociais e ambientais positivos. As iniciativas voltadas para a
sustentabilidade sociocultural, ambiental e para a evolução do modelo de
governança foram reconhecidas ao longo de 2021. Os resultados mostram que o
aeroporto caminha de forma alinhada a esses conceitos, que têm sido o eixo de
sua atuação ao longo do tempo.
Além do reconhecimento
pela redução de emissão de gases de efeito estufa, em 2021, o Aeroporto
recebeu o prêmio de Aeroporto Verde - ACI Green
Airport Recognition pelo projeto Coleta Seletiva
Solidária, desenvolvido desde o início da concessão da BH Airport, em
2014. Nessa iniciativa, foram doadas mais de 1.600 toneladas de resíduos à
Associação de Catadores de Materiais Recicláveis (Ascamare) de Lagoa Santa,
cidade do entorno do aeroporto. A ação impactou diretamente na geração de renda
de renda para 27 famílias de associados à entidade, que comercializam os
resíduos.
Também obteve, em 2022, o certificado
por uso de energia 100% limpa. A conquista reforça o compromisso da BH Airport
em somente utilizar energia proveniente de fonte renovável. O documento,
emitido pela CEMIG, comprova que o consumo foi realizado por meio de
hidrelétrica, o que contribuiu para que fosse energia limpa e segura. “Obter
essa certificação evidencia o nosso compromisso em utilizar os recursos
naturais de forma consciente, bem como o engajamento das equipes para
desenvolver projetos que tenham reflexos na redução das emissões de gases de
efeito estufa. O aeroporto atua para se tornar o aeroporto mais sustentável do
país e a conquista contribui para fortalecer essa ambição”, ressalta o CEO da
BH Airport, Kleber Meira.
As práticas ambientais da BH
Airport
Para que a operação
aeroportuária tenha o menor impacto ambiental, todos os projetos realizados são
avaliados pela equipe de Meio Ambiente da BH Airport, concessionária que
administra o aeroporto, e regularizados nos órgãos ambientais competentes. A
gestão de emissões atmosféricas e de insumos, como água, energia e resíduos é
voltada para uma operação cada vez mais eficiente e sustentável. Atenta à
sua responsabilidade, a concessionária busca disseminar valores, estabelecer
parcerias e promover a integração com a comunidade para que esse
desenvolvimento seja ambientalmente sustentável.
O programa de redução de carbono
O Aeroporto Internacional de Belo Horizonte está entre os 19
aeroportos certificados na América Latina e Caribe, acreditados com o Nível 2 -
Redução das emissões, pela Airport Carbon Accreditation (ACA). Esse nível de
acreditação envolve a gestão de carbono do terminal e sua progressão em direção
a uma pegada de carbono neutra. Para que isso ocorra, o aeroporto adota
processos eficazes de descarbonização em seus projetos do ponto de vista da
gestão de efluentes, consumo de combustíveis e eficiência energética, mitigando
os impactos de sua operação.
Em setembro de 2021, a equipe
do aeroporto já havia atendido a todos os requisitos necessários para a renovação
da acreditação de emissões de carbono, no nível 2, pelo programa da ACI - Airports
Carbon Accreditation. Com isso, o terminal foi reconhecido pelo
esforço de colocar em prática ações para reduzir as fontes de emissão de gases
de efeito estufa, considerados os principais responsáveis pelo aquecimento
global.
O processo de renovação
consistiu em mostrar que o aeroporto cumpriu o requisito de redução gradativa
de suas emissões de gás carbônico em 2019, em relação aos anos de 2018 e 2017.
A renovação é anual, mas, em função da pandemia do coronavírus, o processo não
ocorreu em 2020.
Para obter a renovação da
acreditação, o aeroporto desenvolveu alguns projetos que envolveram as áreas de
Qualidade, Segurança, Meio Ambiente, Manutenção, Terminal de Cargas e
Administrativo-Financeiro da empresa.
Reaproveitamento de água
O sistema de coleta, armazenamento e reaproveitamento de águas
pluviais do Terminal de Passageiros captou e reaproveitou 1.015 m3 em 2021. O
volume foi direcionado para reservatórios enterrados e, depois, para o
reservatório elevado de água de reuso. Esse recurso foi reutilizado no
abastecimento das instalações sanitárias e na reposição de água para o sistema
de climatização.
Também no Terminal de Passgeiros 2, há um conjunto de sistemas de
coleta, armazenamento e reaproveitamento de águas cinzas, que são captadas pelo
sistema de redes segregadas, direcionando o efluente para uma estação
elevatória e posteriormente para a Estação de Tratamento de Efluentes. Ao todo,
foram captadas 1.337 m3 dessa água em 2021, que também foi reutilizada no
abastecimento das instalações sanitárias e reposição de água para o sistema de
climatização.
Para completar, foi concluída a reforma da Central de Água Gelada
– que elevou a eficiência na climatização do lado doméstico do terminal – o que
gerou economia de cerca de 400m3/mês.
Cuidado com as áreas verdes
A atenção às áreas verdes do aeroporto é essencial. A manutenção
desses locais envolve mais do que estética, mas também a segurança das
operações. Existem, inclusive, normas da Agência Nacional de Aviação Civil
(Anac) que preveem a manutenção das áreas, sendo que durante as chuvas é
necessário reforçar as equipes e equipamentos para manter o serviço.
É fundamental o monitoramento, planejamento, fiscalização,
mapeamento e direcionamento de todo o trabalho, que é realizado por uma empresa
terceirizada. Serviços como adubação, irrigação, plantio, tratamento de pragas
e plantas invasoras, bem como limpeza, são acompanhados de perto pelo time BH
Airport.
As áreas verdes do aeroporto se estendem pelo eixo viário,
estacionamento, jardins, vasos de plantas no terminal, área operacional,
Terminal de Cargas, reserva legal, cerca patrimonial, além de todas as estradas
não pavimentadas, que estão no limite do aeroporto.
Programa de Coleta Seletiva
Compromisso com a preservação do meio ambiente aliado à geração de
emprego e renda para 27 famílias da região de Lagoa Santa. O Programa de Coleta
Seletiva já alcançou a marca de 1,7 mil toneladas de resíduos coletados e
doados (ou 1,7 milhão de quilos) à Associação de Catadores de Materiais
Recicláveis de Lagoa Santa (Ascamare), desde agosto de 2014. A associação é a
única com qualificação para atender grandes empresas da região de Lagoa Santa.
Carrinhos elétricos
Para oferecer mais conforto e comodidade aos passageiros no
deslocamento na sala de embarque, em 2021, entraram em operação dois carrinhos
elétricos. A operação foca na utilização de veículos que não utilizam
combustíveis fósseis e teve o objetivo de apoiar o deslocamento entre os
portões 19 e 30, preferencialmente de idosos, gestantes, pais com crianças de
colo e pessoas com dificuldade de locomoção. O serviço é oferecido diariamente,
durante os horários de grande movimentação. O veículo se desloca de forma
controlada, com velocidade reduzida, para assegurar a segurança de
todos.
Iniciativas
Otimização do uso de energia
elétrica: ajuste do horário de
acendimento e desligamento das torres dos pátios de aeronaves e remanejamento
da iluminação do subsolo.
Substituição da iluminação do Terminal de
Passageiros 1: substituição de 100% das luminárias do terminal e adoção de
lâmpadas Led.
Redução do trajeto da frota de veículos: alterações
nos trajetos dos ônibus utilizados em área operacional, que realizam translado
de passageiros. Implantação de uma nova base para os ônibus e uma rotatória
encurtando a distância percorrida pelos veículos em 30%.
Projeto de Compostagem
Acelerada: transformação dos resíduos orgânicos em adubo por meio do processo
de compostagem acelerada. O equipamento processa cerca de 15 toneladas por mês
de resíduos orgânicos e gera 1,4 toneladas por mês de composto orgânico.
Passagem de fauna: permite o deslocamento de
animais que vivem em áreas florestais, remanescentes no sítio aeroportuário,
evitando o atropelamento na rodovia LMG 800, principal ligação ao aeroporto. Em
um ano de monitoramento, 12 espécies da fauna silvestres já foram identificadas
utilizando a estrutura, entre eles mamíferos típicos da área de transição entre
mata atlântica e cerrado.
Manejo de fauna: o Centro de Manejo da Fauna
abriga temporariamente animais capturados no sítio aeroportuário que,
porventura, possam causar impactos à operação, como atrasos na autorização de
pousos e decolagens até colisões com aeronaves. Esse espaço possui estrutura
moderna e totalmente adaptada para o acondicionamento e bem-estar dos animais
capturados, até que possam ser soltos em área segura, afastada do aeroporto. No
local, há cinco recintos para fauna silvestre, três recintos para animais domésticos,
um laboratório para atendimentos veterinários preliminares, além de uma sala
administrativa onde todos os dados e indicadores do manejo de fauna são
elaborados e acompanhados.
A BH Airport deu início a outros projetos como o de instalação de
equipamentos de 400 Hz. Acoplados nas pontes de embarque, esses
equipamentos buscam substituir os atuais, que são alimentados por
geradores a diesel, por equipamentos que trabalham com energia elétrica, limpa
e renovável. A proposta é substituir a utilização de combustíveis fósseis pela
companhia aérea durante operações em solo e diminuição de ruídos durante as
operações. O processo, em fase de validação e testes, mas a previsão é que em
2022, já esteja completamente implementado, contribuindo com as práticas de ESG
e com o meio ambiente.
Há ainda em estudo o projeto de instalação de uma fazenda solar
para abastecimento de energia solar do terminal; um outro, já em fase de
testes, para instalação de pontos de abastecimento para carro elétrico no
estacionamento e a ampliação da coleta seletiva em bordo das aeronaves. Este
último, já implantado no aeroporto, em parceria com a companhia aérea Azul,
através do projeto RECICLAZUL, onde os resíduos recicláveis segregados a bordo
das aeronaves também são doados para o projeto social da Ascamare.
Coluna
Minas Turismo Gerais Jornalista Sérgio Moreira
@sergiomoreira63 informações para
sergio51moreira@bol.com