terça-feira, 1 de março de 2022

15º Salão do Turismo da Abav-MG

Sérgio Moreira

O próximo Salão do Turismo da Associação Brasileira de Agências de Viagens de Minas Gerais (Abav-MG), será realizada dia 25 de março, das 9h às 18h, nos salões de eventos do Dayrell Hotel & Centro de Convenções, em Belo Horizonte.

Salão do Turismo da ABAV MG em 2020 no Dayrell Hotel

O evento é considerado um dos mais importantes acontecimentos turísticos da capital mineira e reúne profissionais especializados do setor, entre eles, agentes de viagens, empresários e jornalistas.

O salão anterior, realizado em março de 2020, bateu recorde de estandes, inscrições antecipadas e público. A estimativa é que o evento de 2022, ultrapasse os números do 14º Salão do Turismo, gerando a movimentação do mercado e a projeção de novos negócios.

Diretoria da ABAV/MG

Ao decorrer da feira, serão realizadas 5 palestras que têm o objetivo de capacitar agentes de viagens e mostrar as novidades do mercado. O presidente da Abav-MG, Peter Mangabeira, afirma que a feira traz para o Turismo novas oportunidades, ressalta também a importância da participação no 15º Salão do Turismo e acentua o quanto é importante o trabalho em equipe durante a crise. Informações https://abavmg.com.br/agenda/agenda_detalhes.asp?id=19

Connection  destaca os 50 anos do Festival de Cinema

Palácio dos Festivais

Em sua quinta edição, o Connection se apresenta com uma proposta inovadora de imersão para debater a relação entre o Cinema e o Turismo. O evento híbrido internacional ocorrerá em Gramado, de 11 a 13 de maio. O destino gaúcho é um case no que se refere à sétima arte e à atividade turística. Além de sediar a programação, Gramado tem experiência de sobra para compartilhar com outros destinos que buscam seguir um caminho semelhante. 

Com a grade temática ainda em formação, o Connection anunciará em breve os primeiros palestrantes e a sua programação. Nas duas manhãs do evento, o conteúdo ocorrerá no tradicional Palácio dos Festivais. Nas tardes e noites acontecerão experiências imersivas em roteiros e atrativos de Gramado, para que os participantes sintam e vivenciem na prática a atmosfera do destino.

CEO do Connection, Marta Rossi

"O Connection vai ser um evento diferente, conectado com as tendências do mundo moderno e um palco onde os protagonistas serão os participantes. Vamos discutir a relação entre o Cinema e o Turismo, apontando tendências para o futuro das viagens e do universo cinematográfico. O Connection é único, um novo jeito de levar conteúdo e experiências", projeta a CEO do Connection, Marta Rossi.

Durante a imersão, destinos nacionais e internacionais apresentarão suas histórias e práticas que aliam a arte cinematográfica ao desenvolvimento do turismo. Além disso, as tendências globais para o futuro entrarão na pauta dos debates, discutindo temas como viagens espaciais, cidades inteligentes e a transformação da economia.

Há quase cinco décadas o Festival de Cinema de Gramado faz com que o cinema brasileiro seja valorizado e incentivado. E junto à emoção e ao encantamento oferecidos pela Sétima Arte, está o impacto das produções cinematográficas no turismo brasileiro e mundial. A relevância do seu papel e o cinquentenário do Festival também serão destaques desta edição do Connection. 

"Estamos muito felizes com a realização do Connection com o tema relacionado ao Festival de Cinema, que completa 50 anos. É um momento muito especial em que podemos usar o nosso festival como exemplo de um evento que colocou Gramado no mapa da Cultura e do Turismo no Brasil. Gramado tem uma dívida eterna de gratidão com o Festival. Foi a partir da realização deste evento que a cidade se mostrou ao Brasil buscando a posição de destaque que possui hoje", destaca a presidente da Gramadotur, Rosa Helena Volk.

 

A presidente da Gramadotur, Rosa Helena Volk

O Connection acontece de 11 a 13 de maio de 2022, em Gramado, com o tema "Da Ficção à Realidade: O Futuro das Viagens". A realização é da Rossi & Zorzanello Feiras e Empreendimentos, em parceria com a Gramadotur. Mais informações sobre o evento podem ser encontradas no site www.festurisgramado.com/connection e no perfil oficial do evento no Instagram @connection_experience. 

ENCONTRO DA HOTELARIA


 
Pouso Alegre poderá ter o Encontro da Hotelaria

Pouso Alegre, provável sede da 21ª edição do ENCONTRO DA HOTELARIA, depois de passar por treze cidades mineiras: Belo Horizonte, Caxambu, Poços de Caldas, Juiz de Fora, Ouro Preto, Montes Claros, Governador Valadares, Capitólio, Uberlândia, Monte Verde, Confins – Aeroporto Internacional de Belo Horizonte, Tiradentes e Brumadinho.

O coordenador da FBHA/MG, Marcos Valério Rocha e o presidente da FBHA, Alexandre Sampaio

Para Marcos Valério Rocha, coordenador do escritório regional FBHA em Minas Gerais, idealizador e organizador do evento, ‘realizar a vigésima primeira edição em Pouso Alegre, tem uma grande relevância, devido a sua importância econômica e logística, segunda maior cidade do Sul de Minas Gerais, e um polo de desenvolvimento e de oportunidades de bons negócios’.

O evento é uma ótima oportunidade para os profissionais do setor atualizarem, capacitarem, adquirirem novos conhecimentos e fazerem bons negócios, além da alegria de reencontrar pessoalmente os amigos e parceiros.

A programação do evento abordará temas pertinentes para este momento de retomada do setor turístico e hoteleiro brasileiro, em especial do sul de Minas Gerais. Com a participação de renomados profissionais, que apresentarão análises, tendências e soluções para a recuperação e o crescimento do setor nos próximos anos.

O ENCONTRO DA HOTE LARIA, um dos mais importantes eventos da hotelaria brasileira, é promovido pela Federação Brasileira de Hospedagem e Alimentação – FBHA, e tem o apoio da Sindicato de Hotéis, Restaurantes, Bares e Similares de Pouso Alegre e da Confederação Nacional do Comercio de Bens, Serviços e Turismo – CNC.

www.encontrohotel.com.br https://youtube.com/c/EncontroHotelaria

BH Convention Bureau

A empresária Erica Drumond,  diretora do Hotel Ouro  Minas, que ano passado completou 26 anos de atividades, está exercendo o cargo de  presidente do BH Convention & Vistors Bureau. A eleição da nova diretoria deverá ser realizada em março, com uma nova etapa na entidade que congrega do trade turístico da capital mineira. Erica Dumond dentro de seus projetos para o BH Convention está a união de todos os setores seja público e privado para alavancar o mercado de eventos em BH, que é conhecida como uma cidade de turismo de eventos, simpósios, convecções, congressos, além das atrações turísticas da cidade e na Região Metropolitana de Belo Horizonte.

Erica Drumond, diretora do Ouro Minas Hotel

coluna Minas Turismo Gerais Jornalista Sérgio Morteira  @sergiomoreira63  informações para sergio51moreira@bol.com.br



segunda-feira, 28 de fevereiro de 2022

Prefeitura de Palmas regularizará uso de quiosques e food truck em área pública

Prefeitura de Palmas deverá lançar em no máximo seis meses chamamento público para regularização de uso de espaços existentes e novas autorizações

Crédito: Regiane Rocha

Para regularizar a instalação de equipamentos para exercício de atividades econômicas em vias, áreas e logradouros públicos, a Prefeitura de Palmas publicou no Diário Oficial de sexta-feira, 18, o Decreto Nº 2.159, que homologa o Plano de Ocupação de Área Pública.

O plano estabelece normas para autorização de quiosques e food truck e determina a realização de chamamento público, em no máximo 180 dias, para regularização dos espaços já existentes e eventuais autorizações.

Permissionários de quiosques e food truck terão que se adequar às novas regras. No entanto, os permissionários já ocupantes, mesmo com a autorização vencida, poderão continuar com as atividades até o final da licitação. A cassação da permissão só ocorrerá se constatadas irregularidades insanáveis, depois de oportunizada ao interessado o direito de apresentar justificativa com argumentos razoáveis, em respeito ao contraditório e à ampla defesa.

As permissões para quiosques serão expedidas pela Secretaria de Desenvolvimento Econômico, mediante prévio e regular processo de chamamento público, cujas regras serão estabelecidas em edital.

Permissão de uso

A ocupação dos quiosques será deferida em forma de permissão de uso, outorgada a título precário, oneroso, por prazo determinado, por meio de regular certame licitatório a ser realizado pela Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico, no qual deverá estar definido o sistema de comercialização, o ramo de atividade e a caracterização da área.

Outra novidade, é que a partir de agora, os locais públicos utilizados por food trucks serão definidos por ato conjunto das pastas responsáveis pelos setores de desenvolvimento urbano, desenvolvimento econômico e planejamento urbano, condicionado à prévia permissão de uso, após a realização de chamamento público.

O Plano de Ocupação de Área Pública institui também uma comissão permanente de caráter técnico e deliberativo para acompanhamento dos trabalhos, composta por técnicos de várias pastas.

Fonte: Secom/Palmas-TO

 


domingo, 27 de fevereiro de 2022

Prêmio Sebrae Prefeito Empreendedor: inscrições encerram dia 7

Até 7 de março, gestores poderão se inscrever e concorrer à etapa estadual da premiação que é nacional

As inscrições para o XI Prêmio Sebrae Prefeito Empreendedor (PSPE) se encerram no próximo dia 7 de março. O Prêmio visa reconhecer as melhores práticas das prefeituras tocantinenses e motivar a gestão moderna para a simplificação de processos, desburocratização, educação empreendedora, dentre outras ações, sempre com foco na transformação dos municípios através da inovação e do fortalecimento dos pequenos negócios.

O regulamento foi lançado no Encontro dos Prefeitos Empreendedores, evento realizado em Palmas, no final do ano passado. 

Todas as prefeituras que se inscreveram terão seus projetos analisados e julgados por uma Comissão Julgadora a ser nomeada pelo Sebrae e composta por renomadas instituições do Tocantins. Os selecionados seguirão para a etapa nacional, cuja solenidade de premiação está prevista para o final de maio.

"Nós superamos a nossa meta quanto ao número de inscrição dos prefeitos empreendedores, o que nos deixa imensamente felizes, pois sabemos a importância dos agentes políticos para o desenvolvimento do Tocantins. Cada prefeito que participa do Prêmio pode ter a certeza de que ele está contribuindo e incentivando os demais a adotarem melhores práticas na gestão de seus municípios", reforça o superintendente Moisés Gomes.

Etapas

Em 2021 foi lançado o XI Prêmio Sebrae Prefeito Empreendedor. O último dia para as inscrições é 7 de março de 2022. Dias 7 e 8 de maio, após a conclusão da etapa estadual, serão identificados os finalistas e iniciada a etapa nacional.

De 9 a 13 de maio, haverá a pré-seleção nacional, em que ocorre a avaliação preliminar dos projetos finalistas nacionais para identificar aqueles que participarão do julgamento final.

De 16 a 20 de maio, ocorre o julgamento nacional, com a avaliação dos projetos finalistas nacionais pela comissão julgadora e definição dos vencedores de cada categoria.

A final do PSPE está prevista para acontecer entre os dias 23 e 28 de maio, com a realização da Cerimônia de premiação dos projetos vencedores nacionais.

Mais informações em 

https://www.prefeitoempreendedor.sebrae.com.br/como-participar/#!/phaseList 

Fonte: Assessoria de Imprensa do Sebrae Tocantins

  

sábado, 26 de fevereiro de 2022

Operação Carnaval 2022 da Polícia Militar se estende a todo Estado

A operação iniciou nessa sexta-feira, 25, e se estende durante todo o final de semana e feriado prolongado. Serão intensificadas as ações de policiamento ostensivo com o objetivo de garantir a preservação da ordem pública e a paz social.

As ações iniciaram na sexta-feira, 25, e se estendem durante todo feriado prolongado.  Crédito da foto: Ademir dos Anjos.

Apesar das medidas restritivas adotadas no Estado para controlar o contágio da Covid-19, e isso inclui o cancelamento das festividades carnavalescas, a Polícia Militar do Tocantins realiza entre os dias 25 a 02 de março de 2022, o policiamento estratégico do feriado de carnaval.

A operação tem a finalidade de intensificar as ações de policiamento ostensivo, com o emprego de policiais militares em regime ordinário e/ou extraordinário, com o objetivo de garantir o cumprimento da missão constitucional da Polícia Militar e ainda coibir as práticas de desrespeitos às medidas restritivas de contenção ao contágio da COVID-19, que apesar de estabelecidas, em virtude da tradição deste período, há aumento da circulação de pessoas nos aglomerados urbanos.

Durante a operação, será empregado efetivo policial militar administrativo e operacional para realização das atividades de patrulhamento a pé e motorizado, levando em consideração os mapas estatísticos de indicadores criminais. Além disso, serão realizados bloqueios (blitz) em pontos críticos para combater o trânsito de elementos suspeitos e atuação de criminosos.

Os militares reforçarão a fiscalização agindo em conjunto com outros órgãos estaduais e municipais de segurança e de vigilância sanitária, focando no funcionamento de estabelecimentos comerciais, bares, feiras e a circulação de pessoas nos balneários e outros pontos onde é prevista a aglomeração.

O policiamento agirá rapidamente em casos de detenção de pessoas, retenção e apreensão de veículos, encaminhando-os à autoridade competente, sempre empregando o princípio da legalidade, da proporcionalidade, da razoabilidade e da necessidade.

Para o Comandante-Geral da PMTO, coronel Julio Manoel da Silva Neto, a Operação Carnaval é um reforço ao policiamento já empregado normalmente para garantir um feriado tranquilo para o cidadão tocantinense. “Todo o efetivo da PMTO estará empenhado e atuando em diversas frentes de serviço para garantir a tranquilidade das festividades e coibir ações que desrespeitem os decretos vigentes”.

Fonte: Governo do Tocantins

 

 

 

Museu histórico de Arraias e Casa de Cultura de Paranã passam por vistoria técnica

Ação integra projeto de restauração da Sectur e conta com parceria da Secretaria da Infraestrutura e do IPHAN

Museu Histórico de Arraias já é tombado como patrimônio estadual  - Créditos: Seleucia Fontes/Governo do Tocantins

O Museu Histórico de Arraias e a Casa de Cultura de Paranã integram projeto da Secretaria de Cultura e Turismo do Estado (Sectur) destinado à recuperação de nove monumentos históricos tocantinenses. O orçamento, em torno de R$ 4,6 milhões, conta com recurso do Fundo Estadual de Cultura, aprovado pelo Conselho de Política Cultural do Estado.

Todas as necessidades para a reforma estão sendo levantadas para o projeto - Créditos: Seleucia Fontes/Governo do Tocantins

A equipe, integrada por representantes da Sectur, do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN) e da Secretaria da Infraestrutura, Cidades e Habitação (Seinf) esteve na sexta, 25, no museu arraiano e foi recebida pela vice-prefeita Ana Lima e pelo diretor de Cultura e Turismo Thiago Amador Oliveira.

A gerente de Acervos e Patrimônio da Sectur, Alline Alves, ressaltou a importância da ação para a preservação dos equipamentos históricos do Estado e levou a mensagem do secretário Hercy Filho de colaboração com os municípios beneficiados.

"Estamos trabalhando em parceria com a Seinf, o IPHAN e o secretário não está medindo esforços para concretizar este projeto", lembrou. O Museu é tombado como patrimônio do Estado.

O diretor de Cultura e Turismo de Arraias, Thiago Amador Oliveira, enfatizou a importância do Museu Histórico para a comunidade arraiana e lembrou o trabalho que o município está desenvolvendo para fortalecer o turismo na região, com mapeamento cultural e de atrativos naturais.
Cejane Pacine, superintendente do IPHAN Tocantins, lembrou que, por meio do Museu, é possível ser realizado um ótimo trabalho de educação patrimonial. O arquiteto da Seinf, Maurício Silva Rego, levantou as informações e fez registros fotográficos para elaborar relatório a ser rentregue para a Sectur.

Paranã

A equipe também esteve em Paranã, outra importante cidade histórica do Sudeste do Tocantins, para verificar a situação do imóvel centenário que abriga a Casa de Cultura. A secretária de Educação e Cultura, Aderly Bonfim, informou que é projeto da Prefeitura reativar as atividades este ano.

"Vamos deixar o ambiente preparado para a visitação dos estudantes", revelou. Além da casa principal, o complexo incluiu outro imóvel que abrigou a delegacia e um terreno ao fundo.

"Não podemos deixar que nossa memória acabe", pediu Maria Cleonita, servidora municipal e organizadora de festas tradicionais locais, como a Procissão Fluvial.  Seu avô historiador já levava pessoas para conhecer o prédio que foi cadeia pública, uma tradição mantida por ela há 22 anos.  

O prefeito de Paranã, Fábio Augusto, lembrou que, apesar da Casa de Cultura ser tombada como patrimônio municipal, nunca foi feito projeto de preservação cultural. "Este é um lugar de memória para os moradores de Paranã", completou.

Fonte: Governo do Tocantins

sexta-feira, 25 de fevereiro de 2022

Lei Paulo Gustavo, que tem o senador Eduardo Gomes como relator, foi aprovada nesta quarta, 24, na Câmara dos Deputados

O Senado aprovou no final de novembro do ano passado o substitutivo apresentado pelo relator, Senador Eduardo Gomes, do projeto de lei complementar (PLP 73/2021) que libera R$ 3,8 bilhões para amenizar os efeitos negativos econômicos e sociais da pandemia de covid-19 no setor cultural. Nesta quinta-feira, 24, o projeto foi aprovado na Câmara dos Deputados e retorna ao Senado para aprovação final.

Senador Eduardo Gomes é o relator da Lei Paulo Gustavo no Senado Federal

O projeto foi apresentado pelo líder do PT na Casa, senador Paulo Rocha (PA), e subscrito por outros senadores, foi aprovado na forma de um substitutivo (texto alternativo) do relator da matéria, senador Eduardo Gomes (MDB-TO). Foram 68 votos a favor e 5 contra. Agora, o projeto foi aprovado pela Câmara dos Deputados. 

O Projeto de Lei Complementar 73, de 2021, é da autoria conjunta dos senadores Paulo Rocha, Paulo Paim, Jean Paul Prates, Rogério Carvalho, Humberto Costa, Jaques Wagner e das senadoras Rose de Freitas, Zenaide Maia e outros.

Os autores da matéria que o setor cultural foi o primeiro a parar em decorrência da atual pandemia e, possivelmente, será o último a voltar a operar. Daí a necessidade de continuar a ajuda, iniciada em 2020 pela Lei Aldir Blanc, aos artistas, aos criadores de conteúdo e às empresas que, juntos, compõem uma cadeia econômica equivalente a 2,67% do Produto Interno Bruto e que são responsáveis por cerca de 5,8% do total de ocupados no país, cerca de 6 milhões de pessoas. Também é digno de nota enfatizar que a lei complementar resultante da aprovação do PLP homenageará o artista Paulo Gustavo Amaral Monteiro de Barros, vítima de covid-19, que foi um exemplo de talento, alegria, solidariedade ao próximo e aos mais necessitados — disse o relator, que é o líder do governo no Congresso.

Críticas

Já o líder do governo no Senado, Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE), e o senador Flávio Bolsonaro (Patriota-RJ), foram contra a aprovação da proposta. Bezerra disse que estados e municípios ainda têm saldo de R$ 628 milhões dos R$ 3 bilhões liberados pela Lei Aldir Blanc.

— Só para se ter uma ideia, a Lei Aldir Blanc já tem compromissos da ordem de R$ 3 bilhões. Sem a Lei de Audiovisual e sem a Lei Rouanet, já temos R$ 1,4 bilhão. Também é importante destacar a linha de crédito emergencial, no valor de R$ 400 milhões. No Programa Especial de Apoio ao Pequeno Exibidor, nós temos mais R$ 8,5 milhões. E, de planos já aprovados ou por meio de isenção da Lei Rouanet, nós temos mais R$2,5 bilhões — afirmou Bezerra.

Para ele, haverá dificuldades para a execução dessa nova lei. Bezerra afirma que a Constituição não permite a utilização do superávit financeiro das fontes de recurso do Fundo Nacional de Cultura (FNC) em finalidade diversa à permitida pela Emenda Constitucional 109.

Flávio Bolsonaro concordou com a avaliação de que o PLP seria inconstitucional.

— Então, presidente, tanto no mérito quanto na forma, é um projeto inconstitucional, que esvazia a Secretaria Especial de Cultura, a qual tem feito um grande trabalho com o secretário Mario Frias à sua frente, revolucionando, dando transparência e fazendo com que os recursos cheguem a artistas, à classe cultural, àqueles que realmente precisam, não àqueles já são afortunados, àqueles que sempre foram atendidos pelos governos passados, sem nenhum critério, apenas na base do compadrio — disse Flávio Bolsonaro.

A proposta

O projeto determina que o montante de R$ 3,862 bilhões virá do atual superávit financeiro do Fundo Nacional de Cultura. A União terá de enviar esse dinheiro a estados, Distrito Federal e municípios para que seja aplicado “em ações emergenciais que visem combater e mitigar os efeitos da pandemia de covid-19 sobre o setor cultural”. Caso o projeto vire lei, o dinheiro terá que ser liberado por meio de medida provisória a ser editada pela Presidência da República.

“O setor cultural é de relevância crucial para o país. Um país sem cultura é um país que desconhece seu passado, que ignora seu presente e compromete seu futuro. A dimensão simbólica da cultura está fundada na capacidade inerentemente humana de simbolizar, expressa pelas diversas línguas, valores, crenças e práticas. Ou seja, a dimensão simbólica da cultura perpassa valores e identidades fundamentais à formação da sociedade. No caso da sociedade brasileira, pode-se afirmar que a nossa diversidade cultural é a característica de nossa identidade. Ser brasileiro significa ser diverso e ao mesmo tempo possuir uma identidade específica que se articula com todas as outras existentes no país”, disse o senador Paulo Rocha ao apresentar o projeto.

Desse total (R$ 3,862 bilhões), R$ 2,797 bilhões serão destinados exclusivamente a ações voltadas ao setor audiovisual, no apoio a produções audiovisuais, salas de cinema, cineclubes, mostras, festivais e ações de capacitação. 

Isso porque, conforme apresentada no projeto, esses quase R$ 2,8 bilhões se referem a fontes de recursos que foram alocados originalmente no chamado Fundo Setorial do Audiovisual (FSA), que é uma categoria de programação específica do Fundo Nacional de Cultura e seus recursos são oriundos basicamente da cobrança da Contribuição para o Desenvolvimento da Indústria Cinematográfica Nacional (Condecine), cobrada da própria cadeia econômica do audiovisual. 

Paulo Paim (PT-RS) ressaltou que o setor cultural foi um dos mais prejudicados pela pandemia.

— Quase um milhão de trabalhadores perderam o emprego. A cultura precisa ser fomentada, seja com o apoio do poder público ou do setor privado. É emprego e renda o que está sendo criado neste momento. É mais arrecadação para estados e municípios.

Paulo Rocha acrescentou que a proposta vai beneficiar setores culturais e movimentar a economia de estados e municípios.

— Esta lei, que nós batizamos de Paulo Gustavo, discute a questão do o Fundo Nacional de Cultura, que é uma conquista do setor, que já é um fundo do setor, que é apenas gerido pelo governo. Portanto, a nossa lei é uma lei simples. A Lei Paulo Gustavo financia o coletivo da cultura, os setores da cultura, e também tem um impacto local, na economia dos municípios e dos estados (...). Ela também valoriza a riqueza do nosso país à medida que tem impacto fundamental na economia. Não é à toa que setores empresariais investem muito em cultura, porque há essa questão do impacto na nossa economia — disse Paulo Rocha.

Contingenciamento

O projeto foi aprovado na forma de um substitutivo apresentado pelo relator da matéria, senador Eduardo Gomes (MDB-TO). Uma das principais mudanças promovidas pelo substitutivo foi a retirada de dispositivos que alteravam a Lei de Responsabilidade Fiscal e a Lei Rouanet para proibir e limitar o empenho ou a execução orçamentária dos recursos do Fundo Nacional de Cultura. A vedação aos contingenciamentos, segundo o relator, foge ao objeto principal da matéria, que é a concessão de ajuda emergencial ao setor cultural em 2021 e 2022.

O texto original exclui da meta de resultado primário de 2021 as transferências federais aos entes subnacionais para o enfrentamento da pandemia e suas consequências sanitárias no setor cultural. No substitutivo, Eduardo Gomes estendeu essa regra para qualquer exercício financeiro (qualquer ano) para a mitigação dos efeitos sociais e econômicos no setor cultural decorrentes de calamidades públicas ou pandemias, desde que a transferência exceda os valores iniciais do orçamento aprovado.

Audiovisual

Dos R$ 2,797 bilhões destinados ao setor audiovisual, o texto original previa uma divisão de 65% dos recursos para estados e Distrito Federal, e 35% para capitais e municípios com mais de 200 mil habitantes. Essa distribuição foi alterada pelo relator, que determinou um valor a ser aplicado em diferentes áreas do audiovisual.

O apoio a produções audiovisuais, de forma exclusiva ou em complemento a outras formas de financiamento, ficará com R$ 1,957 bilhão. Outros R$ 447,5 milhões serão destinados ao apoio a reformas, restauros, manutenção e funcionamento de salas de cinema públicas e privadas, incluindo a adequação a protocolos sanitários relativos à pandemia da covid-19. A terceira parte, de R$ 224,7 milhões, será empregada em capacitação no audiovisual, além de ações como apoio a festivais e mostras, preservação e digitalização de obras ou acervos e apoio a publicações especializadas e pesquisas.

Nessas três áreas citadas, a divisão será feita da seguinte maneira: a metade fica com os estados e o Distrito Federal e a outra metade vai ser distribuída para municípios e também para o Distrito Federal. A distribuição entre estados ou entre municípios será feita de acordo com critérios dos fundos de participação (FPE ou FPM) para 20% dos recursos, e para os 80% restantes a divisão será feita proporcionalmente à população dos entes.

Uma quarta parte dos recursos (R$ 167,8 milhões), de acordo com o substitutivo, será destinada apenas a estados e ao Distrito Federal para apoio às pequenas e microempresas do setor audiovisual, aos serviços independentes de vídeo por demanda cujo catálogo de obras tenha pelo menos 70% de produções nacionais. O dinheiro também poderá ser aplicado no licenciamento de produções nacionais para exibição em TVs públicas e na distribuição de produções audiovisuais nacionais.

Editais

O restante do total de R$ 3,8 bilhões, R$ 1,065 bilhão, será destinado a ações emergenciais atendidas pelo FNC em outras áreas da cultura. São editais, chamadas públicas e outras formas de seleção pública para apoio a projetos e iniciativas culturais, inclusive a manutenção de espaços culturais. Metade irá para estados e Distrito Federal e a outra para municípios e Distrito Federal.

O texto do relator citou especificamente atividades que podem ser incluídas nos editais, mas deixou claro que a lista não exclui outras. Na lista estão, por exemplo, artes visuais, música, teatro, dança, circo, livros, arte digital, artes clássicas, artesanato, dança, cultura hip hop e funk, expressões artísticas culturais afro-brasileiras, culturas dos povos indígenas e nômades e de quilombolas, coletivos culturais não-formalizados, carnaval, escolas de samba, blocos e bandas carnavalescos.

O substitutivo incluiu a possibilidade de que os entes federados escolham a que recursos pretendem ter acesso (audiovisual, outras áreas da cultura ou ambos) e também a permissão para que os municípios possam se consorciar para o recebimento de recursos.

"De um lado, isso evita que municípios pouco populosos, mas com relevante realização de filmagens e festivais, caso de Gramado no estado do Rio Grande do Sul, fiquem de fora do rateio dos recursos do audiovisual. De outro lado, permite que os municípios com características locais partilhadas com outros municípios vizinhos recebam os recursos e os executem via consórcio, com desejável ganho de escala", explicou o relator.

Lei Aldir Blanc

A inspiração para o PLP veio da Lei Aldir Blanc (Lei 14.017, de 2020), que socorreu emergencialmente o setor cultural paralisado pela pandemia no ano passado. Para os autores do PLP, essa lei “foi um alento ao setor cultural, permitindo que muitas pessoas, artistas, criadores, empresas e cadeias econômicas inteiras não sucumbissem permanentemente ao fechamento súbito de todas as atividades culturais devido à pandemia”. A bancada do PT acrescenta que a Lei Aldir Blanc foi fundamental para a cultura no segundo semestre de 2020, mas ressalta que a pandemia ainda não acabou.

De acordo com o texto aprovado, todos os entes federados que receberem recursos deverão “se comprometer a fortalecer os sistemas estaduais e municipais de cultura existentes ou implantá-los nos entes da federação onde não houver os referidos sistemas, instituindo conselhos, planos e fundos estaduais e municipais de cultura”. O projeto previa o prazo de um ano para que isso ocorresse, mas essa exigência foi retirada pelo relator em seu substitutivo. O texto também prevê que terão de promover debate e consulta junto à comunidade cultural e à sociedade civil sobre parâmetros de regulamentos, editais e qualquer forma de seleção pública relativa aos recursos. Isso poderá ser feito por meio de conselhos de cultura, fóruns direcionados às diferentes linguagens artísticas ou audiências públicas, além de outros meios incluídos no substitutivo, como reuniões técnicas, sessões públicas presenciais e consultas públicas, desde que sejam observadas medidas de transparência e impessoalidade. Os resultados dessas discussões deverão ser observados na elaboração dos instrumentos de seleção.

O texto também obriga os entes federados a assegurar mecanismos de estímulo à participação e ao protagonismo de mulheres, negros, indígenas, povos tradicionais, inclusive de terreiros e quilombolas, populações nômades, pessoas do segmento LGBTQIA+, pessoas com deficiência e de outras minorias. Isso pode ser feito, segundo o substitutivo, por meio de cotas, critérios diferenciados de pontuação, editais específicos ou outras ações afirmativas.

Contrapartidas

O projeto determinava contrapartidas financeiras dos estados, do Distrito Federal e dos municípios, mas essa exigência ficou de fora do substitutivo. Os percentuais das contrapartidas, que foram retirados do texto, eram de 5% do valor recebido para estados e Distrito Federal e variavam entre 1% e 3% para municípios, de acordo com o número de habitantes.

"É preciso afastar a necessidade de contrapartida financeira, dado que mormente os municípios estão com as receitas afetadas e não têm condições de dispor de recursos extras para tal finalidade, o que pode até mesmo prejudicar a execução da lei", explicou o relator.

Além disso, havia contrapartidas sociais que deveriam ser cumpridas pelos beneficiários do setor audiovisual. O detalhamento dessas obrigações foi retirado no substitutivo do relator. O novo texto prevê que a contrapartida social deve ser pactuada pelo gestor de cultura de cada ente, incluindo obrigatoriamente exibições gratuitas dos conteúdos selecionados e assegurando acessibilidade de grupos com restrições, além do direcionamento para a rede de ensino da localidade. Foi mantida no texto a obrigação das salas de cinema de exibir obras nacionais 10% acima do mínimo vigente.

Para os beneficiados com os recursos fora da área de audiovisual, ou seja, as demais ações emergenciais atendidas pelo FNC, as contrapartidas foram mantidas no texto e incluem atividades destinadas prioritariamente a alunos e professores de escolas públicas e universidades públicas ou privadas com estudantes do Prouni, além de integrantes de grupos e coletivos culturais e de associações comunitárias.

O substitutivo incluiu entre esses públicos prioritários os profissionais de saúde envolvidos no combate à pandemia. Sempre que possível, devem ser feitas exibições com interação popular via internet ou exibições públicas com distribuição gratuita de ingressos para os grupos prioritários.

Essas contrapartidas, tanto para o setor audiovisual quanto para os beneficiados por meio de editais do FNC, terão que ocorrer em prazo determinado pelo ente da federação, de acordo com a situação epidemiológica e as medidas de controle da covid-19. No texto original, o prazo para as contrapartidas era de 180 dias.

Regras

O substitutivo proíbe estados, o Distrito Federal e municípios de efetuar repasses dos recursos para beneficiários de ações emergenciais previstas no auxílio de 2020 (Lei Aldir Blanc). A intenção, segundo o texto, é evitar duplicidade de ajuda financeira nos mesmos meses de competência.

O substitutivo incluiu várias regras para a prestação de contas dos recursos recebidos. Essas informações podem ser fornecidas de três maneiras: in loco (quando o apoio recebido tiver valor inferior a R$ 200 mil); em relatório de execução do objeto; ou em relatório de execução financeira. A intenção, segundo o relator, é criar um padrão formal para a prestação de contas. Cada modalidade de prestação tem regras diferentes, detalhadas no texto, e a reprovação das contas pode fazer com que o beneficiário tenha que devolver recursos ao erário ou apresentar plano de ações compensatórias.

Apoios

O PLP 73/2021 foi apresentado no Senado em 10 de maio. Desde então, foram recebidas quatro cartas de apoio à aprovação do projeto, enviadas pela Associação Brasileira de Festivais Independentes (Abrafin), por vereadores da Câmara Municipal de Arroio Grande (RS), por vereadores da Câmara Municipal de Araraquara (SP) e pelo Colegiado Setorial de Circo do Rio Grande do Sul.

Paulo Gustavo

O ator Paulo Gustavo morreu vítima de covid-19 no começo de maio, depois de quase dois meses internado. O artista de 42 anos deixou o marido Thales Bretas e dois filhos pequenos, Gael e Romeu. 

Entre os trabalhos de Paulo Gustavo está a interpretação de Dona Hermínia, no monólogo teatral Minha mãe é uma peça, que também obteve sucesso de bilheteria na sua versão para os cinemas. Ele era ator, diretor, humorista, roteirista e apresentador.

Além do senador Paulo Rocha, assinaram o projeto os senadores da bancada do PT Paulo Paim (RS), Jean Paul Prates (RN), Rogério Carvalho (SE), Humberto Costa (PE) e Jaques Wagner (BA). Também subscreveram o texto as senadoras Zenaide Maia (Pros-RN) e Rose de Freitas (MDB-ES).

Fonte: Agência Senado