Um dos
projetos mais importantes da Tekoá, a visitação na Terra Indígena Krahô, no
Estado do Tocantins, foi suspenso em 2020, em função da pandemia de Covid-19.
Em recente passagem pela aldeia Manoel Alves, onde ocorria a operação, o
diretor Marcos Luz ouviu das lideranças locais o pedido de retomada da
parceria.
Festa de passagem das crianças para a vida adulta
foi realizada em maio. Foto: Marcos Luz As viagens
de experiência são a grande tendência do mercado de turismo. Com os prejuízos
provocados pela pandemia de Covid-19, onde este setor foi um dos mais afetados
na cadeia econômica mundial, todos os especialistas apontam que a retomada
começará pelo turismo doméstico e rumo aos destinos mais isolados e seguros.
Sendo a
premissa dos roteiros de vivência a reunião de grupos pequenos com destino a
regiões pouco exploradas, a Tekoá Brasil, operadora de turismo sustentável
acredita que este segmento vai continuar em desenvolvimento, agora com um olhar
mais sensível para a preservação das comunidades ancestrais.
“A
comunidade quer a retomada das visitações turísticas, em função de todos os
benefícios que a atividade trouxe à aldeia, não apenas econômicos, como também
sociais e culturais, e nós estamos buscando a viabilidade dentro de padrões de
biosegurança e outras adequações”, relata Marcos Luz.
O diretor
também esteve reunido com o presidente da Agência do Desenvolvimento do
Turismo, Cultura e Economia Criativa (Adetuc), Jairo Mariano, para tratar de
parceria institucional em favor do projeto. “Em nível estadual, o etnoturismo
traz ganhos imensuráveis: fortalece a cultura tradicional, gera emprego, renda,
dignidade humana e promove uma grande contribuição ao turismo regional, por sua
visibilidade internacional”, ressalta.
Um dos projetos mais importantes da Tekoá, a visitação na Terra
Indígena Krahô, no Estado do Tocantins, foi suspenso em 2020, em função da
pandemia de Covid-19. Em recente passagem pela aldeia Manoel Alves, onde
ocorria a operação, o diretor Marcos Luz ouviu das lideranças locais o pedido
de retomada da parceria.
Festa de passagem das crianças para a vida
adulta foi realizada em maio. Foto: Marcos Luz
As viagens de experiência são a grande tendência do mercado de
turismo. Com os prejuízos provocados pela pandemia de Covid-19, onde este
setor foi um dos mais afetados na cadeia econômica mundial, todos os
especialistas apontam que a retomada começará pelo turismo doméstico e rumo
aos destinos mais isolados e seguros.
Sendo a premissa dos roteiros de vivência a reunião de grupos pequenos
com destino a regiões pouco exploradas, a Tekoá Brasil, operadora de turismo
sustentável acredita que este segmento vai continuar em desenvolvimento,
agora com um olhar mais sensível para a preservação das comunidades
ancestrais.
“A comunidade quer a retomada das visitações turísticas, em função de
todos os benefícios que a atividade trouxe à aldeia, não apenas econômicos,
como também sociais e culturais, e nós estamos buscando a viabilidade dentro
de padrões de biosegurança e outras adequações”, relata Marcos Luz.
O diretor também esteve reunido com o presidente da Agência do
Desenvolvimento do Turismo, Cultura e Economia Criativa (Adetuc), Jairo
Mariano, para tratar de parceria institucional em favor do projeto. “Em nível
estadual, o etnoturismo traz ganhos imensuráveis: fortalece a cultura
tradicional, gera emprego, renda, dignidade humana e promove uma grande
contribuição ao turismo regional, por sua visibilidade internacional”,
ressalta.
No Estado do Tocantins, o IBGE estima uma população acima de 14 mil
indígenas, distribuídos em nove etnias: Karajá, Xambioá, Javaé (Povo Iny),
Xerente, Apinajè, Krahô, Krahô-Kanela, Avá-Canoeiro e Pankararu. Há, ainda,
outras em busca de reconhecimento.
Marcos Luz esteve na aldeia Manoel
Alves no final de maio, a convite do cacique, e acompanhou o “Pemp’kahàc”, um
ritual que marca a passagem da infância para a adolescência, realizado pelo
povo Krahô. Esta era uma das festas do calendário de visitações da Tekoá
Brasil antes da suspensão das atividades.
Feira
de Sementes
Criada em
1997, para estimular a preservação e propagação das sementes tradicionais, a XI
Feira Krahô de Sementes Tradicionais será retomada após vários anos de
inatividade. A programação será realizada entre os dias 15 e 20 de junho, na
Aldeia Cachoeira, na Terra Indígena Krahô, localizada entre os municípios de
Itacajá e Goiatins. A Tekoá Brasil é uma parceira na iniciativa.
A
programação contará com dois importantes rituais (Amiji Kim), o Pàrcahàc, que
marcará o final do luto de uma grande família da aldeia, que ao todo conta com
425 habitantes, e a Tora da Batata, que envolve toda a mística da criação das
sementes. Também estão previstas oficinas e reuniões sobre as sementes
tradicionais, com técnicos da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária no Tocantins
(Embrapa) e da Fundação Nacional do Índio (Funai). O ponto alto será no próximo
sábado, dia 19, com a exposição e trocas das sementes no pátio central da
aldeia (Kà), além da tradicional brincadeira dos Hotxuá (palhaços sagrados).
Mentor do
projeto de etnoturismo da Tekoá, o indigenista Fernando Schiavini (foto abaixo)
também é idealizador da Feira, junto com povo Krahô e lembra que a atividade é
uma estratégia de circulação e conservação de recursos genéticos. “Sementes
valiosas que não se desejava perder foram cedidas a habitantes de outras
aldeias, para que fossem multiplicadas e conservadas, reduzindo assim o risco
de desaparecimento”, revela, sobre o início do projeto.
Fernando
Schiavini (d) ressalta a importância da preservação das sementes.
Foto: Emerson
Silva