Por Sérgio Moreira
O turismo é a maior
indústria do mundo sem chaminé. No mundo, em cada 5 empregos um é diretamente
ligado ao turismo. Para incrementar o turismo em Minas Gerais, vários pontos de
agrobussiness estão sendo criados, fazendo o elo entre o produtor rural com o
turismo, gerando emprego e renda.
Minas Gerais potencializa a produção de uva para a
fabricação de vinhos
Minas Gerais foi eleito como um dos destinos mais
acolhedores do mundo de acordo com o ranking global do Traveller Review Awards 2021. Essa é a primeira vez que locais
brasileiros estão na lista dos "dez mais". A hospitalidade dos
mineiros, as riquezas históricas, as belezas naturais e as comidas típicas
estão alçando voos internacionais.
A Empresa de Pesquisa Agropecuária de
Minas Gerais (Epamig), por exemplo, colabora
para alavancar o setor, gerando tecnologias para impulsionar o mercado de
produtos tipicamente mineiros e torná-los cada vez mais conhecidos. Vinhos,
azeites, cafés e queijos premiados em concursos fora do país são atrativos para
turistas em várias regiões.
Quando se trata de
turismo do vinho, ou do enoturismo, o destaque vai para municípios do Sul de
Minas e da região da Mantiqueira. A partir de pesquisas da Epamig, a tecnologia
da dupla poda foi implantada em uma série de cidades e, hoje, é possível
produzir vinhos finos de inverno, atrair visitantes e proporcionar experiências
gastroturísticas encantadoras. A pequena Andradas, situada na microrregião de
Poços de Caldas, já colhe bons resultados.
A Casa Geraldo é
um exemplo de vinícola que possibilita ao turista conhecer as estruturas da
propriedade, passear pelos vinhedos, experimentar vinhos premiados e aprender
mais sobre técnicas de degustação da bebida. O sócio-proprietário, Luiz
Henrique Marcon, lembra que, antes da pandemia, o espaço recebia cerca de mil
visitantes por semana.
"A ideia é
fazer com que nosso complexo promova a marca e que a gente consiga agregar mais
valor aos nossos produtos. O enoturismo é muito importante porque ganhamos com
a produção dos vinhedos e também vendemos a experiência com a
viticultura", destaca.
O fundador da vinícola Stella Valentino, José
Procópio Stella, também situada em Andradas, chama atenção para o fator
impulsionador que o enoturismo causa em outras cadeias produtivas do município.
Para ele, o vinho atua como um 'chamariz' que beneficia redes hoteleiras,
restaurantes, artesãos e demais indústrias locais.
"O vinho, por natureza, é um produto que chama
turistas. Isso ocorre no mundo inteiro. Em Minas Gerais não é diferente, principalmente
depois que começamos a produzir vinhos finos com o auxílio das tecnologias da
Epamig. Creio que temos potencial para produzir vinhos em praticamente todo o
estado, não só na Mantiqueira", enfatiza.
Em 2008, a Epamig foi a responsável pela extração
do primeiro azeite extravirgem brasileiro. O feito ocorreu no pequeno município
de Maria da Fé, na Mantiqueira, e hoje a região conta com cerca de 200
olivicultores e 60 marcas de azeites destaques em circuitos gastronômicos,
detentoras de prêmios nacionais e internacionais.
O azeite também embala roteiros e desperta a
curiosidade de turistas na região. Segundo o pesquisador da Epamig em
olivicultura, Pedro Moura, grande parte dos produtores locais está focado no
gastroturismo. O modelo de negócio consiste em equipar as propriedades para
proporcionar aos turistas imersões completas na produção do azeite.
Em Poços de Caldas, o empresário Moacir Carvalho
Dias administra a fazenda Irarema, que tem a maior parte de seus ganhos
financeiros em decorrência do gastroturismo. O empreendimento é familiar e
inclui restaurante, cafeteria e visitas à propriedade, fundada em 1870.
De acordo com
Dias, a fazenda recebe, em média, 500 visitantes por final de semana, mas o
número chega a dobrar em feriados prolongados. Ele conta que dificilmente o
empreendimento sobreviveria apenas com a venda de azeites em lojas e
supermercados. A possibilidade de atrair visitantes maximiza os lucros,
diversifica as fontes de renda e gera valor agregado ao produto final.
"O que mais
chama atenção dos turistas durante as visitas é o conjunto da obra. A gente faz
um 'tour' didático por todo ciclo de produção do azeite: explicamos as etapas,
mostramos como é fabricado, promovemos degustações, ensinamos como detectar
azeites adulterados e instruímos o turista a sempre comprar azeites brasileiros”, explica.
Minas Gerais é o maior produtor de café do Brasil
Minas é o maior produtor de café do Brasil e possui
o título de melhor café do mundo conquistado no Cup of Excellence,
principal concurso internacional de qualidade da bebida. Em novembro de 2020, o
grão produzido com a cultivar Paraíso H419 da Epamig, no município de
Coromandel, alcançou o 1° lugar na 8ª edição do Prêmio Região do Cerrado. A
saca com 60 quilos foi leiloada por R$ 20.717,00.
O reconhecimento concedido aos cafés mineiros
desperta a atenção de turistas. Para a Q-Grader, Larissa Fassio, o gastroturismo
do café tem o poder de transformar as pessoas por meio de estímulos dos
sentidos. De acordo com a especialista, o entendimento além dos sabores
presentes na xícara promove a valorização do trabalho e do empenho dos
produtores.
"Caminhar por
cafezais desperta o sentimento de pertencimento, de envolvimento com o processo
produtivo como um todo. Faz com que o turista tenha mais consciência na hora de
consumir o café. Como consequência, ele valoriza mais o grão e propaga a
cultura. Tudo se liga, se encaixa e transforma para melhorar a vida das
pessoas", reforça.
No Sul de Minas,
principal região produtora do grão, um percurso de 35 quilômetros compõe a Rota
do Café. O trajeto compreende os municípios de Carmo de Minas e São Lourenço e
proporciona aos turistas uma experiência única em fazendas centenárias. Já em
Patrocínio, maior município produtor de café de Minas e do Brasil, os turistas
têm a possibilidade de visitar uma série de propriedades.
Minas Gerais
possui a mais antiga escola de laticínios do país, o Instituto de Laticínios
Cândido Tostes (ILCT), da Epamig. Fundado em 1935, ele contribui para a
indústria brasileira de produtos lácteos com pesquisas, difusão de tecnologias
e cursos técnicos e de capacitação. A empresa também mantém o Centro de Pesquisa
e Treinamento em Queijos Artesanais em São João del-Rei, que dá suporte à
cadeia produtiva de queijos de leite cru.
O produtor de queijos da Serra da Canastra, Rafael
Soares, recebe turistas em sua propriedade e exibe, com orgulho, todo o
processo de confecção de queijos, desde a ordenha até a comercialização em
queijaria própria. "Ao atrair uma pessoa interessada em conhecer todo o
processo produtivo de um queijo mineiro, eu consigo agregar valor ao meu
produto final e não preciso passar por atravessadores que reduzem minha margem
de lucro", observa.
Os queijos mineiros estão sendo destacado no Brasil
e exterior
Além da Serra da
Canastra, as regiões produtoras de Queijos Minas Artesanais (QMA): são Araxá,
Campos das Vertentes, Cerrado, Mantiqueira de Minas, Serra do Salitre, Serro,
Triângulo Mineiro e Serras da Ibitipoca.
Minas também
possui regiões produtoras de Queijos Artesanais Mineiros (QAM) reconhecidas
pelo IMA: Alagoa (Queijo Artesanal de Alagoa), Mantiqueira de Minas (Queijo Artesanal
Mantiqueira de Minas), Serra Geral, Vale do Jequitinhonha (Queijo cabacinha) e
Vale do Suaçuí (Queijo Artesanal do Vale do Suaçuí).
Ushuaia na
Patagônia Argentina tem bar antártico
Ushuaia encanta com a cidade entre montanha, a
neve, gastronomia e a natureza
Ushuaia é uma cidade turística na
Argentina que fica no arquipélago da Terra do Fogo, no extremo sul da América
do Sul, conhecido como "fim do mundo". Localizada em uma colina
íngreme , a cidade oferece vários atrativos como esportes na neve e na
natureza, passeios pelas montanhas, gastronomia deiversificada , e uma paisagem
maravilhosa. A cidade é cercada pela cordilheira Martial e pelo Estreito de
Beagle. Ela serve como base para cruzeiros e passeios pela Antártida que passam
pela ilha.
Ushuaia vem desenvolvendo vários atrativos para os
turistas, a mais nova atração para as pessoas é um bar antérico, o Krund, lugar
que leva o nome de Krund, um personagem histórico, foi o primeiro carteiro da
Terra Do Fogo e quem conectava a ilha que fica no sul da Patagônia Argentina.
Hoje o bar segue os seus passos e leva você numa viagem através do tempo, entre
mitos e lendas e histórias reais de um grande aventureiro e desbravador do Fim
do Mundo.
O lugar é muito
pitoresco, típico da região, uma casa antiga, de pioneiros fueguinos, com seu
pátio aquecido que permite curtir a parte externa do bar a pesar de qualquer
variação do clima. É possível a presencia dos elementos fueguinos, como a
madeira de lenga dos móveis, a chapa,
a pedra e o fogo, presente nas lareiras dispostas tanto nos espaços internos
como nos do exterior.
O bar é a atração
no “fim do mundo”Para estar sempre
conectado, o lugar oferece conexão à internet o que permite a você poder
conectar-se e compartilhar com quem quiser no mundo, via Internet! Afinal de
contas, não é sempre que você está no Confim do Planeta!!
Cervejas artesanais, vinhos argentinos e variado
cardápio atraem o público
O Bar Krund oferece deliciosas cervejas artesanais
fueguinas e nacionais, uma grande variedade de drinks e os melhores vinhos da
Argentina que acompanham pratos com exclusivos ingredientes locais, com a
centolla (King Crab) como estrela gastronômica. Além dos maravilhosos tartines
de centolla que são o highlight do Krund.
Centolla, tem
receitas especiais do Krund.
Coluna Minas
Turismo Gerais Jornalista Sérgio Moreira
@sergiomoreira63 informações para sergio51moreira@bol.com.br