O novo ministro do Turismo,
Gilson Machado, tomou posse na manhã desta quinta-feira (17).
Mas fez sérias críticas às
medidas de fechamento do comércio e de áreas de lazer nas cidades brasileiras
por conta da pandemia da covid-19, alertando que o setor de turismo pode não
resistir a um novo lockdown.
“Dos
países turísticos, o nosso país foi o que menos desemprego teve, em torno de
25%. O nosso trade (setor) não aguenta mais. O empresário turístico, que gera
emprego e renda, hoje tem mais medo de um decreto do que da própria
doença", afirmou. Citou expressamente o caso de Búzios (RJ), que retornou
à bandeira vermelha/risco 3 de combate à pandemia do Covid 19, por decisão da
justiça.
“Quero
aproveitar o momento para fazer um apelo: temos o exemplo de Búzios, hoje, que
foi fechada sem aviso, se não me engano por uma decisão monocrática (de um
juiz) de primeira instância. Não foi prefeito nem governador. O trade não
aguenta uma decretação de um segundo lockdow”, afirmou Gilson Machado.
Ele anunciou que o
ministério vai investir no aprimoramento do turismo de inclusão, para facilitar
as viagens de pessoas com algum tipo de deficiência. Além disso, garantiu que o
governo deve anunciar, em breve, uma medida para desoneração do leasing de
aeronaves, que na prática vai reduzir os encargos cobrados no aluguel de
aviões.
O ex ministro da pasta,
deputado federal por Minas Gerais Marcelo Álvaro Antônio ressaltou o bom
desempenho do Ministério do Turismo em 2019 e em 2020 e afirmou que “as
realizações são incomparáveis com todos os outros governos passados”.
“Alcançamos números
expressivos. Em 2019, a economia do Turismo cresceu 2,6%, geramos 163% a mais
de empregos em relação a 2018. Vários recordes quebrados. E no ano da pandemia,
nós não poderíamos deixar de trabalhar pelas empresas e pelos empregos, e o Ministério
do Turismo, no ano de 2020, bateu recorde em investimentos em infraestrutura.
Foram investidos R$ 1 bilhão por todo o Brasil”, destacou.