Lançamemto contou com a participação do ministro de
Ciência Tecnologia e Inovações, Marcos Pontes; o secretário-geral da OMT, Zurab
Pololikashvili; e o diretor-geral da Wakalua, Lisandro Menu-Marque
O Ministério do Turismo (MTur) lançou, nesta quarta-feira (15.07),
o 1º Desafio
Brasileiro de Inovação em Turismo, em parceria com o Ministério
de Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI), Wakalua Innovation Hub - primeiro
polo global de inovação em turismo, e com a Organização Mundial do Turismo
(OMT), agência da ONU dedicada ao setor.
A competição inédita busca soluções para a
retomada do turismo brasileiro através de projetos de base tecnológica que
respondam tanto a necessidades imediatas do contexto pós-pandemia, quanto a
desafios gerais do turismo brasileiro. As inscrições já estão abertas no site
da competição e se encerram em 2 de setembro.
Os melhores projetos brasileiros serão
classificados para as semifinais da terceira edição da UNWTO Tourism Startup Competition,
desafio global promovido pela OMT em parceria com o Wakalua, e disputam uma
viagem a Madri (Espanha) para um programa de treinamento e participação na
FITUR 2021, a maior feira de turismo do mundo. A competição será realizada
totalmente online e os detalhes sobre o evento final serão anunciados no site.
A competição é parte de uma colaboração entre MTur e Wakalua para
estimular a inovação em turismo no Brasil, melhorando a competitividade do
turismo brasileiro através da transformação digital de organizações públicas e
privadas. O projeto prevê a instalação de um hub dedicado ao setor no país.
Desde janeiro foram realizados um mapeamento do ecossistema e uma proposta de estratégia
plurianual para a área, que será submetida a consulta ao setor.
O ministro do Turismo, Marcelo Álvaro
Antônio, destacou a importância do desafio e ressaltou o trabalho desenvolvido
em parceria com a Wakalua, especialmente no processo de retomada das atividades
turísticas no Brasil. “As soluções tecnológicas e de inovação serão essenciais
para ajudar o setor na retomada pós-pandemia e irão se somar às ações já
desenvolvidas pelo governo federal”, disse. “Estamos certos de que o Brasil
terá sucesso neste caminho”.
Para o ministro de Ciência, Tecnologia e
Inovações, Marcos Pontes, a capacidade do Brasil no desenvolvimento de
inovações e de startups irá colaborar com o aumento do potencial turístico do
país. “Uma competição como essa, com a participação de nossos empreendedores
aqui do Brasil, com toda a criatividade, para uma área tão promissora como
essa, tenho certeza que vai dar frutos maravilhosos”, destacou.
Para Zurab Pololikashvili, secretário geral da OMT, "o turismo
enfrenta o maior desafio de uma geração, no Brasil e no mundo. Temos agora a
oportunidade de repensar o turismo e fazer as coisas melhor, com a tecnologia a
nosso favor, construindo resiliência para o futuro. A realidade virtual, a inteligência
artificial e o big data terão uma grande importância na reativação e
reconstrução do setor."
“Estamos muito honrados em poder apoiar o Brasil em se unir à revolução
do turismo, com tecnologia, sustentabilidade e desenvolvimento social. Na
Globalia somos conscientes de que o turismo do futuro não será o mesmo de
ontem; é necessário que seja melhor para o planeta e para nossos filhos. Esta
competição é apenas o marco inicial de uma longa jornada no Brasil, em busca de
soluções para os desafios do setor através da inovação”, afirmou o CEO da
Globalia, Javier Hidalgo.
As startups poderão se inscrever em duas categorias: Reativar o Turismo,
com foco em soluções de aplicabilidade imediata para reativação do setor com
segurança e saúde, e Construir o Turismo do Futuro, com foco em soluções de
impacto prolongado para a transformação digital e o desenvolvimento
sustentável. Os projetos podem ser relacionados com quaisquer pontos da cadeia
de valor do turismo, podendo ser destinado ao turista, empresas, setor público
ou comunidades.
Na categoria Reativar o Turismo serão avaliados
projetos relacionados com segurança, saúde e bem-estar; promoção do turismo
interno e de nicho (ecoturismo, enoturismo, turismo gastronômico, turismo de
aventura, etc), turismo social, cancelamentos e trocas, inserção digital de
pequenos estabelecimentos, prestadores de serviços e comunidades, e adequação
de experiências.
Na categoria Construir o Turismo do Futuro, os projetos
devem estar relacionados com gestão e operação inteligente, destinos
inteligentes, experiência do turista, vistos e controles migratórios, ou
sustentabilidade e economia circular.
A avaliação dos projetos será realizada por líderes do turismo e da
inovação no país. A seleção final será anunciada no final do mês de setembro.
Serão avaliadas startups segundo o seu estágio de desenvolvimento: Estágio
Inicial e Crescimento. Serão avaliados os critérios: natureza inovadora, equipe
de empreendedores, potencial de escalabilidade, relevância para o setor,
viabilidade, sustentabilidade e contribuição ao setor turismo.
DESTAQUE - A participação
brasileira foi destaque na 1ª UNWTO Tourism Startup Competition, em 2018.
O país foi o segundo com maior número de projetos inscritos, 77 em total. Na
ocasião, nenhuma iniciativa do país classificou-se entre os 100 melhores
projetos. O Brasil busca agora ampliar e qualificar o seu ecossistema de
startups do setor, com um programa de estímulo continuado como os que vêm sendo
desenvolvidos em outros países.
Um dos destaques globais é Israel, líder mundial em investimento em
pesquisa e desenvolvimento - 4,3% do PIB - ao lado da Coreia, e que tem mais de
300 startups dedicadas ao turismo. Não por acaso foi o país com melhor
desempenho na primeira edição da competição, quatro projetos entre os 10
finalistas, incluindo o vencedor, Refundit. Outros países referência são
Portugal e Espanha, ambos com vencedores na segunda edição, em 2019, e que
contam com hubs dedicados ao setor: o Nest, em Portugal, e o Wakalua, na
Espanha.
O Desafio Brasileiro de Inovação em Turismo faz parte de um conjunto de
iniciativas liderados pelo MTur, em parceria com o Wakalua, para desenvolver o
ecossistema de empreendimentos inovadores em turismo no Brasil, conectando-o ao
ecossistema global e com os programas da OMT, e promovendo soluções para os
principais desafios do setor.