Marcos Koche
Presidente da ABIH-Tocantins
Associação Brasileira da Indústria de Hotéis
Quando pensamos em grandes
eventos globais, como a COP30, que ocorrerá em Belém em 2025, é inevitável
refletir sobre o impacto econômico e social que essas iniciativas geram para
uma cidade e todo o seu entorno. Dados do governo federal estimam que haverá mais
de 40 mil visitantes, incluindo chefes de Estado, diplomatas, empresários e
ativistas de 193 países membros. O evento da COP30 injetará bilhões de reais na
economia local, mobilizando uma vasta cadeia de serviços, desde a hotelaria até
o comércio, o transporte e a gastronomia, entre outros mais de 70 tipos de
empreendimentos que são mobilizados com o turismo. Mais do que isso, acredito
que o evento será um marco no fortalecimento do turismo de negócios e eventos,
cabe destacar, que este é um segmento de alto valor agregado e que tem
potencial para transformar o desenvolvimento econômico e social de qualquer
região.
No Tocantins, temos um
enorme potencial inexplorado no setor de turismo de negócios e eventos.
Precisamos comemorar e reconhecer os avanços. De acordo com os dados mais
recentes do Observatório do Turismo de 2023-2024, o setor demonstra
crescimento. A movimentação financeira do turismo apresentou crescimento
superior a 50% em comparação com o período anterior. Houve um crescimento de 21% no número de
visitantes e 15% no número de empresas do setor de turismo. Porém, enfrentamos
uma limitação estratégica: a ausência de um Centro de Convenções moderno e
estruturado, que possa atrair grandes eventos, congressos e feiras de negócios.
Um Centro de Convenções não
é apenas um espaço físico, mas um catalisador econômico. Ele é capaz de ampliar
o fluxo de visitantes durante todo o ano, reduzindo a sazonalidade do turismo, e
estimular o surgimento de novos negócios e investimentos. Estudos mostram que o
turista de negócios gasta, em média, quatro vezes mais do que o turista de
lazer, movimentando diretamente o setor hoteleiro, bares, restaurantes,
serviços de transporte, cultura, artesanatos e o comércio local. Estimativas
indicam que, com um centro adequado, Palmas poderia movimentar mais de R$ 423
milhões por ano com o turismo de negócios, gerando empregos e fortalecendo toda
a economia tocantinense.
Além do impacto financeiro,
um Centro de Convenções criaria um ambiente de oportunidades para
empreendedores locais, desde pequenas empresas de eventos e fornecedores de serviços
até os profissionais autônomos. Também abriria espaço para o Tocantins sediar
eventos nacionais e internacionais, ampliando nossa visibilidade no cenário
econômico e turístico. Com o trabalho coletivo dos gestores das políticas
públicas e do trade empresarial, Palmas tem tudo para se consolidar como uma
referência para o turismo de negócios na região Norte do Brasil.
Diante desse cenário, é
essencial que todos nós; empresários, lideranças, instituições públicas e
sociedade civil reconheçamos a urgência da construção deste equipamento
estratégico. O Centro de Convenções representa mais do que um prédio; é um
investimento no futuro econômico do Tocantins. Um legado que garantirá novas
oportunidades, desenvolvimento e fortalecimento das empresas locais. Assim como
Belém se prepara para um novo ciclo de prosperidade com a COP30, Palmas também
precisa se posicionar para o futuro. Portanto, faço um convite à reflexão e ao
engajamento. O momento de agir é agora. Vamos trabalhar juntos para tornar o
Tocantins um destino competitivo, inovador e preparado para as grandes
oportunidades que o futuro nos reserva.
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