Coluna Minas Turismo Gerais Jornalista Sérgio Moreira
Entre janeiro e setembro de 2024, o número de turistas vindos de outros países aumentou 12% em comparação com o mesmo período do ano anterior. O país já contabiliza 4,897 milhões de viajantes internacionais.
O Brasil
tem atraído cada vez mais visitantes estrangeiros com o aquecimento do mercado
do trade turístico, com a hotelaria, locadoras de veículos, restaurantes e
bares, mercados de compras artesanais, além de visitas em museus, parques, uma
movimentação intensa gerando emprego e renda.
Os dados
divulgados pelo Ministério do Turismo, em parceria com a Embratur e a Polícia
Federal. Esse é o melhor resultado
registrado na série histórica (1989-2024) para o mês de setembro. Apenas neste
mês, 445.389 turistas estrangeiros desembarcaram no Brasil, um aumento de 26,4%
em relação a setembro de 2023.
A
Argentina mantém-se como o principal emissor de turistas, com mais de 1,4
milhão de visitantes desde o início de 2024. Em segundo lugar, os Estados
Unidos enviaram mais de 518 mil visitantes, seguidos pelo Chile, com 454.225.
Países europeus como França, Portugal, Alemanha, Reino Unido, Itália e Espanha
somam, juntos, 741.614 turistas que atravessaram o Atlântico para visitar o
Brasil.
Ao longo
do ano, setembro se destaca como o quarto melhor mês para a recepção de
visitantes internacionais, atrás apenas de janeiro, fevereiro e março, período
de alta temporada.
O Plano
Nacional de Turismo (PNT) 2024-2027, lançado recentemente pelo Ministério do
Turismo, tem como objetivo tornar o Brasil o principal destino turístico da
América do Sul. O plano estabelece a meta de alcançar 8,1 milhões de turistas
estrangeiros por ano, além de gerar US$ 8,1 bilhões em receitas dos gastos
desse público. Diante do cenário atual, a expectativa é superar a marca de 10
milhões de visitantes internacionais no período.
Aeroporto
de Porto Alegre reaberto
Foi com
muita festa, emoção e comemoração que o Aeroporto Salgado Filho recebeu o
primeiro voo comercial na manhã desta segunda-feira, dia 21 de outubro. E a
equipe do Festuris – Feira Internacional de Turismo de Gramado, esteve em Porto
Alegre acompanhando a retomada das atividades da pista de pousos e decolagens.
“É um momento marcante para todos nós.
Era 8h03 quando tocou o solo o avião da Azul Linhas Aéreas trazendo 174 passageiros que partiram de Campinas, entre eles o CEO da Azul, John Rodgerson. No setor de desembarque um grande e animado público fez a recepção do voo, entre eles o governador Eduardo Leite e o ministro Paulo Pimenta. O trade turístico da serra esteve em peso e festejou muito o reinício das operações.
O avião foi todo personalizado pela empresa aérea
com uma pintura de saudação ao Rio Grande do Sul. O número do voo, 2603, foi
escolhido com um significado especial, o aniversário de Porto Alegre. E o
piloto Henrique Schneider, 25 anos, também teve um dia marcante. Ele teve seu
pedido atendido pela Azul para ser o responsável pelo voo, pois é natural de
Ivoti e além de ser no dia do seu aniversário, esta foi a primeira vez que
conduziu um voo para a capital do seu estado. E assim que o avião iniciou o taxiamento
após o pouso, ele fez questão de mostrar pela janela da cabine uma bandeira do
Rio Grande do Sul.
OPERAÇÃO DO AEROPORTO - Logo em seguida, às 8h20, pousou o segundo avião,
este vindo de Congonhas com a Gol Linhas Aéreas. Segundo a concessionária
Fraport, serão realizados 71 pousos e decolagens envolvendo as cidades de São
Paulo, Rio de Janeiro e Brasília neste primeiro dia de operação, atendendo
cerca de 9 mil pessoas.
A partir de 28 de outubro, deverão ser 98 voos
entre partidas e chegadas, atendendo cerca de 15 mil passageiros. Em 4 de
novembro, o número deverá passar para 122 pousos e decolagens, com 16 mil
passageiros.
A pista vai funcionar das 8h às 22h com capacidade
para 181 voos entre pousos e decolagens, isso significa 70% da capacidade total
do aeroporto. Já o restabelecimento total da capacidade do Salgado Filho
ocorrerá em 16 de dezembro, quando os voos internacionais também retornarão ao
terminal.
O Festuris
- Feira Internacional de Turismo é um evento que acontece em Gramado desde
1989. É um palco de debates de temas relevantes da atualidade e uma feira de
negócios, considerada a mais efetiva em resultados para os expositores. Para
este ano, o Festuris estima um crescimento entre 10% e 15%, com mais de 400
estandes na feira e mais de 50 destinos internacionais. Mais de 2.500 devem
participar.
Marta Rossi recebe prêmios
“Boas práticas em turismo Sustentável- A empresária brasileira Marta Rossi,
fundadora da Rossi e Zorzanello de Gramado/RS, ganhou o prêmio “Boas Práticas
em Turismo Sustentável e ODS Rumo a uma Geração de Igualdade”, que está em sua
terceira edição. O concurso é promovido pela Federação Internacional de
Associações de Executivas de Empresas Turísticas (FIASEET)
Foto: Gustavo Merolli
A divulgação do resultado ocorreu nesta semana,
durante o congresso da entidade que acontece até dia 18, na República
Dominicana. O Festuris – Feira Internacional de Turismo de Gramado, evento que
ela organiza, também conquistou o primeiro lugar na categoria Associada.
Marta, responsável por eventos importantes na
cidade de Gramado, foi premiada por suas práticas que promovem o
desenvolvimento sustentável nas esferas econômica, ambiental e sociocultural.
Em termos econômicos, a Rossi e Zorzanello é responsável por marcas como o
Festuris Gramado e o Connection Terroirs do Brasil, além do extinto Chocofest.
Com o Festuris, no ano passado, a economia local e
regional teve um impacto de cerca de R$ 50 milhões. Em negócios durante a
Feira, a estimativa é de que foram gerados mais de R$ 400 milhões.
Na área ambiental, o Festuris é pioneiro no debate
e proposição de alternativas para a sustentabilidade no turismo. Uma das ações
realizadas é a Árvore da Integração, que envolve o plantio de uma araucária no
pátio do Centro de Eventos. A iniciativa também inclui a distribuição de mudas
e práticas como a redução do uso de plásticos durante o evento, bem como a
separação de resíduos e a destinação correta.
No âmbito social, Marta Rossi, por meio da Rossi e
Zorzanello, apoia mensalmente o Selo Empresa Amiga da APAE. Durante o Festuris,
a Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais e a Associação Materna de Apoio
e Empreendedorismo recebem apoio. A Escola Municipal Vicente Casagrande também
é contemplada com recursos oriundos do Transporte Solidário, que oferece
transfer do aeroporto até Gramado durante o evento. Atividades envolvendo o
PAMA e a Semearhis também são realizadas.
“Não almejamos premiações, mas o bem-estar das
nossas comunidades. Reconhecimentos como este nos orgulham e mostram que
estamos no caminho certo”, destaca Marta Rossi.
A Federação foi criada no México em 1980, e possui
atuação em 10 países: Brasil, Espanha, Argentina, Uruguai, Paraguai, Chile,
Peru, República Domínio, Panamá e México. A participação neste concurso foi uma
indicação da Associação Federativa de Executivas de Empresas de Turismo
(AFEET), que atua no Brasil há 41 anos.
O Festuris - Feira Internacional de Turismo
é um evento que acontece em Gramado desde 1989. É um palco de debates de temas
relevantes da atualidade e uma feira de negócios, considerada a mais efetiva em
resultados para os expositores.
Para este ano, o Festuris estima um crescimento
entre 10% e 15%, com mais de 400 estandes na feira e mais de 50 destinos
internacionais. Mais de 2.500 marcas devem participar.
Congresul em Capitólio
Será realizado, realizado no Clube Escarpas do
Lago, em Capitólio, nos dias 28 e 29 de novembro, o IX CONGRESUL, que vai
discutir ações potenciais de investimentos em diversos setores da economia em
diversos setores dos municípios do sul de Minas, na infraestrutura dos
municípios dos Lagos de Furnas e Peixoto, na consolidação do turismo náutico e
nos municípios, além de investimentos de negócios na agroindústria,
gastronômico, cultural e do lazer.
O Congresul terá a participação de diversos
setores dos poderes púbicos federal e estadual, senadores, deputados federais e
estaduais, empresários, prefeitos, vice-prefeitos, vereadores da região Sul de
Minas.
A região Sul
de Minas abrange 155 municípios, com mais de 2 milhões 500 mil habitantes e com
um PIB aproximado de R$ 50 bilhões.
Diversas
reuniões estão sendo realizadas para a organização do Congresul, que deverá ter
um público de 1000 pessoas durante os dois dias.
Há meses são
realizadas em Belo Horizonte, reuniões no escritório Campos e Campos Advocacia,
onde participam vários segmentos do governo estadual, municipais, entidades do
trade turístico como ABIH, ABAV, Federação dos Convention Bureau, jornalistas,
representes do governo estadual, advogados entre outros setores.
No dia 14 de outubro, aconteceu mais uma reunião no
escritório Campos e Campos Advocacia, com a presença do prefeito reeleito de
Capitólio, Cristiano Silva, presidente do IX Congresul, o presidente da
EDERSUL, Braz Pagani, coordenador geral do evento, Bruno Freitas Campos,
coordenador cientifico do evento e diretor da Campos e Campos Advocacia, José
Nelson de Almeida Machado, coordenador de meio ambiente e saneamento, Vitor
Calixto Curi, chefe do Núcleo de Tecnologias Inovadoras do DER/MG, o presidente
da Federação dos Convention Bureau MG, Roberto Fagundes, jornalistas, o
consultor empresarial Rodrigo Paiva, a advogada Amanda
Souza Batista, Jaime Leonel,
vice-prefeito de Capitólio-MG, jornalistas Sérgio Moreira,
e Eujacio Antônio Silva, Peter Mangabeira,
presidente ABAV e Flávia Araújo
Badaró, presidente ABIH . Na coordenação de projetos pelo
legislativo mineiro, o presidente da ALMG, deputado Tadeu Martins e a deputada
Amanda Dias, também o Ministério Público, com o procurador geral Jarbas Soares.
Queijo Minas Artesanal poderá ser Patrimônio da
Humanidade pela Unesco
O Governo de Minas lançou dia 19 de outubro, na Alameda
da Educação, na Praça da Liberdade, a campanha “Uma tradição única no mundo:
Queijo Minas Artesanal rumo ao título de Patrimônio Cultural Imaterial da
Humanidade pela Unesco”. O objetivo é reforçar a mobilização nesta reta final
da candidatura dos Modos de Fazer O Queijo Minas Artesanal como Patrimônio
Cultural Imaterial da Humanidade pela Unesco, cuja avaliação acontecerá durante
a 19ª Sessão do Comitê Intergovernamental da Unesco na primeira semana de
dezembro em Assunção, no Paraguai.
Para o secretário de Estado de Cultura e Turismo de
Minas Gerais, Leônidas de Oliveira, o título que está por vir terá um
significado especial para o estado. "O queijo mineiro será o primeiro
produto da cultura alimentar do Brasil a ter o título da UNESCO. Ganha nossa
cultura e, sobretudo, ganha o turismo potencializando a economia da
criatividade”, avalia o secretário Leônidas de Oliveira.
Dentre as ações apresentadas no encontro deste
sábado estão um selo para difusão da candidatura e do próprio Queijo Minas
Artesanal, a realização de evento no dia 19 na Praça da Liberdade, press trip e
iniciativas de promoção em feira de turismo.
"A ação de hoje tem o objetivo de engajar cada
vez mais a população na campanha pelo Modo de Fazer o Queijo Minas se tornar
Patrimônio Cultural Imaterial da Humanidade. Nesta feira, que é fruto de uma
parceria entre Secretaria de Cultura e Turismo e a Emater-MG, trazemos a Belo
Horizonte representantes das dez regiões produtoras do Queijo Minas Artesanal.
É uma tradição mineira de mais de 200 anos e que está a um passo se ser
reconhecida mundialmente", explicou o presidente do Instituto Estadual do
Patrimônio Histórico e Artístico de Minas Gerais (Iepha-MG), João Paulo
Martins.
A campanha é fruto do trabalho em conjunto entre a
Secretaria de Estado de Cultura e Turismo (Secult), o Instituto Estadual do
Patrimônio Histórico e Artístico de Minas Gerais (Iepha) e a Comissão para
Promoção e Difusão da Candidatura dos Modos de Fazer o Queijo Minas Artesanal
parceiros. Ela também insere no contexto da promoção do Ano da Cozinha Mineira
- Clássica e Contemporânea.
Cronograma - A campanha seguirá um cronograma contínuo de outubro a dezembro até o momento da 19ª Sessão do Comitê Intergovernamental da Unesco em Assunção e seguirá após este momento, com desdobramentos para o próximo ano.
A começar pelo evento de mesmo nome que ocorreu dia
19, na Praça da Liberdade. Na sequência, mais ações serão desenvolvidas tanto
nas próprias regiões queijeiras quanto em eventos, como as feiras de turismo e
o Congresso Turismo Verde. Neste mês, o Iepha conduzirá um trabalho de
divulgação da candidatura junto aos produtores do Serro, realizando entrevistas
e um Inventário Cultural Participativo. Esse trabalho se estenderá para as
outras regiões queijeiras nos próximos meses.
Em outubro também estão previstos momentos específicos voltados ao Queijo Minas Artesanal durante as feiras Superminas e BTM, a serem realizadas, respectivamente, em Belo Horizonte e Fortaleza. Em novembro, um dos destaques será a press trip que irá levar jornalistas brasileiros para conhecer de perto o ofício de produtores das dez regiões queijeiras de Minas Gerais. Nesse mesmo vez, haverá o lançamento da série “Regiões do QMA”, elaborada em parceria com a Rede Minas, durante o Simpósio Científico ICOMOS 2024 em Ouro Preto. A partir da parceria com o Sebrae, para novembro também estão previstas oficinas sobre Queijo Minas Artesanal e a gastronomia por meio do projeto Origem Minas.
Já em dezembro, a
parceria com o Sebrae segue também durante participação no Prêmio Cumbucca de
Gastronomia, no Palácio das Artes. O objetivo é convidar os produtores de
queijo para divulgarem os seus produtos durante o evento.
Queijo Minas: uma
tradição única no mundo - No dia 19, das 8h às 18h, na Alameda da Educação, na Praça da Liberdade,
foi realizado um grande evento que, pela primeira vez, reuniu 24 produtores das
10 regiões queijeiras de Minas Gerais. São elas: Serro, Serra do Salitre,
Araxá, Campos das Vertentes, Canastra, Cerrado, Diamantina, Entre Serras da
Piedade ao Caraça, Serras de Ibitipoca e Triângulo Mineiro.
Houve uma feira com exposição de produtos mineiros
como queijos, vinhos e azeites, concomitantemente com uma ampla programação
cultural. O violeiro e compositor Chico Lobo se apresentou e, na
sequência, a Banda Samba na Jira receberá Aline Calixto como convidada.
Também estão previstas oficinas de educação para o patrimônio cultural em
parceria com a APPA – Arte Cultura, exposição e stands voltados à divulgação da
Candidatura dos Modos de Fazer o Queijo Minas Artesanal à Patrimônio Cultural
Imaterial da Humanidade pela Unesco.
A feira é promovida pela Associação dos Técnicos
Agrícolas de Minas Gerais (Atamg), em parceria com a Empresa de Assistência
Técnica e Extensão Rural de Minas Gerais (Emater-MG) com recursos destinados
pelo Comitê Gestor do Dano Moral Coletivo, pago a título de indenização social
pelo rompimento da Barragem em Brumadinho, em 2019.
A produtora de queijo Irenice Bicalho, que preserva
um ofício transmitido há quatro gerações, elogia a iniciativa: “Essa feira para
nós produtores rurais é uma oportunidade extraordinária de divulgar o nosso
produto, levando algo de qualidade, que tem história, que tem realmente raízes.
Eu falo que o queijo não tem só história, ele tem tradição, ele tem cultura,
ele traz consigo um legado de geração em geração”, afirma a produtora do Queijo
Geovani Tomazinho e Nicinha, elaborado em Conceição do Mato Dentro, na região
do Serro.
“A feira na Praça da Liberdade foi um momento
histórico, uma oportunidade de celebrar o queijo e outros produtos que fazem
parte da identidade de Minas Gerais. Além disso, é fundamental reforçar e fazer
a promoção da candidatura dos Modos de Fazer o Queijo Minas Artesanal como
Patrimônio da Humanidade pela Unesco. Esse reconhecimento será muito importante
para todos nós, produtores, e para a economia e o turismo de Minas Gerais”,
acrescenta o produtor José Célio, proprietário da Queijaria do Zé Célio, localizada
em Santa Bárbara, na região Central do estado.
Selo da campanha - A fim de fortalecer, portanto, a difusão da
importância desse título e impulsionar a mobilização nesta reta final da
candidatura, será lançado um selo que poderá ser amplamente utilizado pelos
diversos setores da sociedade. O reconhecimento, afinal, beneficiará a todos,
desde os produtores, que a partir desta chancela, terão valor agregado aos seus
produtos aos realizadores culturais envolvidos em festivais, chefs de cozinha e
até pesquisadores, o que revela as dimensões econômicas, sociais e culturais em
torno do título. Este será também mais um forte elemento na atração de turistas
para Minas Gerais, incrementando a geração de emprego e renda no estado.
A proposta é unir esforços e mostrar ao país e ao
mundo a singularidade do Queijo Minas Artesanal, que traz consigo saberes,
elementos históricos e traços culturais que compõem a mineiridade.
Press trip - Uma experiência única e de imersão nas dez regiões
queijeiras de Minas Gerais será proporcionada a jornalistas do Brasil com uma
press trip prevista para novembro e que conta com a parceria do Sebrae. Essa
ação tem o objetivo de promover o Queijo Minas Artesanal e seus saberes
tradicionais, enquanto produto cultural e sustentável. Além da valorização do
produto, o roteiro dessa viagem abordará o impacto positivo das práticas em
torno do alimento na conservação das paisagens naturais e na sustentabilidade
das comunidades locais, fatores que corroboram a relevância da candidatura do
queijo enquanto Patrimônio Cultural Imaterial da Humanidade pela Unesco.
Ações nacionais e internacionais - Neste mês, a Secult levará à BTM - Brazil Travel
Market, que será sediada em Fortaleza (Ceará), o Queijo Minas Artesanal,
iniciativa que se soma às iniciativas de promoção no país e no exterior da
cozinha mineira. Em novembro, está prevista também uma ação no Chile, o que
contribui para ampliar possibilidades de negócios e atrair turistas para o
estado.
Patrimônio - O Governo de Minas tem se empenhado pela inclusão
dos Modos de Fazer O Queijo Minas Artesanal na Lista Representativa da Unesco
com ações contínuas no Brasil e no exterior desde 2022, quando foi lançada a
primeira campanha internacional pelo título de Patrimônio Imaterial Cultural da
Humanidade. Em parceria com o Governo Federal, naquele ano foi apresentada essa
candidatura durante a 17ª Sessão do Comitê Intergovernamental para Salvaguarda
do Patrimônio Cultural Imaterial da Unesco, em Rabat, no Marrocos.
E em março de 2023 essa foi oficializada a partir
da entrega do dossiê pela Delegação Permanente junto à Unesco em Paris ao
Secretário da Convenção do Patrimônio Imaterial, Tim Curtis. Essa ação foi
fruto de articulações entre o Iepha-MG e o Instituto do Patrimônio Histórico e
Artístico Nacional (Iphan). Também somaram esforços as Secretarias de Estado de
Cultura e Turismo e da Agricultura, Pecuária e Abastecimento de Minas Gerais; a
Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado de Minas Gerais (Emater-MG);
a Rede Minas; e a Associação Mineira de Produtores de Queijo Artesanal
(Amiqueijo).
Símbolo da
identidade cultural mineira, os Modos de Fazer o Queijo Minas Artesanal, mais
do que um alimento, representa a tradição e tem importante contribuição para o
desenvolvimento social e econômico do estado. Em 2002, os Modos de Fazer o
Queijo Minas Artesanal foi reconhecido como Patrimônio Cultural Imaterial de
Minas Gerais (circunscrito à região do Serro) e, posteriormente, Patrimônio
Cultural Imaterial Brasileiro desde 2008.
Carreta da Saúde da Santa Casa BH
Neste Outubro Rosa, a Carreta da Família Santa Casa
BH – Unidade Móvel de Saúde Oncológica SUS, em parceria com a Casa de Acolhida
Padre Eustáquio (CAPE), intensificou suas ações com o objetivo de realizar
exames gratuitos e oferecer atendimento especializado às regiões mais distantes
de Minas Gerais.
Foto. Samuel Ramos
O projeto, que faz parte do compromisso da Santa Casa BH de oferecer saúde de ponta para todos, disponibiliza serviços essenciais, como mamografias, raio-x e dermatoscopia, focando na prevenção, educação e identificação de casos de alta suspeição de câncer.
Foto: Samuel Ramos
Em sua terceira expedição, que ocorreu de 14 a 18
de outubro, a Carreta da Família visitou as cidades de Serra Azul de Minas e
Alvorada de Minas, transformando vidas ao oferecer cuidados médicos essenciais
para pessoas com pouco ou nenhum acesso à saúde. Durante esses cinco dias,
foram atendidos 376 pacientes, dos quais 193 mulheres realizaram mamografias,
evidenciando o impacto significativo da iniciativa. Esses números reforçam a
importância do projeto, especialmente no contexto do Outubro Rosa.
Essa ação ganha ainda mais relevância no cenário da
campanha mundial de prevenção ao câncer de mama, que expõe uma realidade
preocupante: segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA), o Brasil deve
registrar até 2025 cerca de 73.610 novos casos da doença, com uma taxa de
mortalidade anual de 18 mil mulheres. Esses números evidenciam a urgência do
diagnóstico precoce, que pode ser o fator decisivo entre a cura e a perda de
vidas.
"A Carreta, especialmente neste Outubro Rosa, é mais do que um projeto. É uma oportunidade de transformar a realidade de milhares de mulheres que vivem longe dos grandes centros e não têm acesso a exames essenciais, como a mamografia", afirma João Bontempo, coordenador da Carreta da Família.
Foto. Samuel Ramos
Uma pesquisa divulgada pela Agência Brasil em setembro de 2023 revelou que metade das mulheres entre 40 e 49 anos não realizou mamografia nos últimos 18 meses. Além disso, 60% das mulheres entrevistadas acreditam que o autoexame é a principal medida para a detecção precoce do câncer de mama. Embora o autoexame seja importante, é a mamografia que realmente detecta tumores em estágios iniciais, muitas vezes imperceptíveis ao toque. Esses dados reforçam a relevância do trabalho da Carreta da Família, onde cada parada representa uma oportunidade de esclarecimento, prevenção e acolhimento.
A Unidade Móvel de Saúde, equipada com mamógrafo, raio-x e dermatoscópio, conta com uma equipe altamente qualificada do Instituto de Oncologia Santa Casa BH. Médicos, enfermeiros, técnicos de radiologia e outros especialistas percorrem as estradas mineiras, oferecendo atendimento humanizado e levando saúde de ponta a moradores de pequenas cidades, como Serra Azul de Minas e Alvorada de Minas.
Foto:
Welbert Silva
Nas primeiras expedições, a Carreta da Família
passou pelas cidades de Serro e Santana do Riacho, onde realizou 689
procedimentos e atendeu 611 pacientes, demonstrando o impacto significativo do
projeto. Em Serro, foram realizadas 233 mamografias em apenas cinco dias, quase
atingindo a cota anual do município. Já em Santana do Riacho, 272 pacientes
foram atendidos, com a realização de 153 mamografias. "Esses números
mostram que estamos no caminho certo", afirma Lorena Lima, gerente do
Instituto de Oncologia da Santa Casa BH. Ela destaca que a detecção precoce é a
ferramenta mais eficaz no combate ao câncer de mama, e a equipe está
comprometida em garantir que mais mulheres tenham acesso a essa oportunidade de
prevenção.
Foto: Welbert Silva
Além de realizar exames, a Unidade Móvel de Saúde
também tem uma importante função educacional. Durante as visitas, a equipe do
Instituto de Oncologia orienta profissionais de saúde da Atenção Primária das
cidades e conscientiza a população sobre a importância da prevenção e da
identificação precoce de casos suspeitos da doença, agilizando o acesso aos
serviços oncológicos habilitados em Minas Gerais.
Sobre a Carreta da Família - Fruto da parceria entre a Santa Casa BH e a CAPE, a
Carreta da Família foi adquirida por meio de investimentos próprios das duas
instituições, além do apoio dos Supermercados BH, do Tribunal de Justiça do
Estado de Minas Gerais (TJMG) e dos Guardiões do Instituto de Oncologia Santa
Casa BH, os deputados Weliton Prado e Elismar Prado, que destinaram emendas
parlamentares para o custeio de toda a operação do projeto.
A próxima expedição será realizada nas cidades de
Gouveia, Datas e Presidente Kubitschek, entre os dias 24 de novembro e 1
de dezembro.
Coluna Minas
Turismo Gerais Jornalista Sérgio
Moreira informações para a coluna
sergio51moreira@bol.com.br
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