Cultivo e produção do grão se estabelecem como
atração turística, além de atividade agrícola
Neste domingo
(14), celebra-se o dia de uma bebida que é paixão nacional há bastante tempo: o
café. Esse que marca presença nas manhãs de quem precisa se preparar para o dia
e, a qualquer hora, para aqueles que confiam no seu poder de despertar e
acolher - práticas que levam ao consumo médio anual de 5kg do grão torrado e
moído por pessoa.
Segundo dados do 4º Levantamento da Safra
de Café 2023, da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), o país produziu
55 milhões de sacas, de 60kg cada, do grão em 2023, ocasionando um aumento de
6,3% na produtividade nacional em relação a 2022.
Já para 2024,
a Conab estima que o país alcance a produção de 58,08 milhões de sacas. As
regiões Sudeste e Nordeste são, respectivamente, as maiores produtoras, sendo a
primeira responsável pela colheita de 86% de todo o café produzido no país em
2023.
Para celebrar a data em grande estilo, o
Hurb, empresa de tecnologia que atua no mercado de turismo há 13 anos,
indica alguns dos principais responsáveis pelas safras brasileiras, que
oferecem experiências turísticas voltadas para os amantes do café.
Minas Gerais
Segundo a premiação Cup of Excellence,
sete dos dez melhores cafés nacionais são produzidos no estado. Atravessando
a Serra da Mantiqueira por 35km, a rota do café mineira passa pelos municípios
de Carmo de Minas e São Lourenço. A partir de uma associação de solo, clima e
altitude, a região é capaz de produzir café do tipo arábica de alta qualidade.
Essa combinação de fatores naturais, além das diferentes formas de plantio, que
influenciam o quão singular pode ser o café é chamada de terroir. E,
com esse grão especial, experiências únicas são oferecidas em São
Lourenço: além da tradicional degustação, experiências relaxantes como banhos
de banheira e massagens com seu uso.
Rio de Janeiro
O Vale do Café - região ao sul do estado
que compreende 15 municípios fluminenses - chegou a ser responsável pela
produção de 75% do café consumido no mundo, por volta de 1860. O local, ainda
hoje, tem grande importância para a cafeicultura e cerca de 30 fazendas
aproveitaram o potencial turístico da atividade, abrindo suas portas para
visitação, de acordo com dados da ABIH-RJ. Seu potencial, além do crescente
entusiasmo pelas opções gourmets do café, o coloca entre as cinco regiões mais
atrativas do estado.
Bahia
A variedade de condições geográficas que
interagem nas diferentes regiões do país possibilita a produção de diferentes
cafés, em função dos diferentes terroirs. Na Chapada Diamantina, a Fazenda
Tijuco foi responsável pelo café eleito como o melhor do Brasil em 2022, pela
Cup of Excellence. A produtora está localizada no município de Piatã, onde as
temperaturas chegam a 3ºC, graças à altitude de 1.180 metros. Desde 2014, o
potencial turístico do café vem sendo explorado por agências e fazendas, que
levam visitantes para conhecer todo o processo de plantio e industrialização do
café.
Ceará
Já ouviu falar no Café de Sombra? Essa
variedade é assim chamada por seu cultivo acontecer em meio à florestas
frutíferas e florestais, proporcionando seu desenvolvimento sustentável, além
de impulsionar a economia local. No Sertão Cearense, a Rota Verde do Café passa
pelo Maciço de Baturité, onde foi criado o Centro de Referência do Café de
Sombra do Ceará, a fim de promover a produção e a pesquisa sobre o grão, além
de oferecer cursos, palestras e visitas de campo gratuitas para visitantes. A
experiência envolve não só a gastronomia, mas a história e cultura da
serra.
São Paulo
A Rota Turística do Café, no município de
Serra Negra, enche os olhos dos amantes da natureza. Ao longo do caminho, os
cafezais são intercalados por trechos de Mata Atlântica. Entre as marcas
locais, o Café da Montanha pode ser facilmente encontrado, com opções de aromas
de caramelo e chocolate ao leite, cereais torrados e avelãs, ou adocicado com
notas florais. Depois de garantir sua bebida quentinha, conheça também as
cachoeiras da região para um banho revigorante. A cidade conta ainda com mais
atrações gastronômicas, como destilarias e alambiques, que exploram os sabores
de bebidas alcoólicas.
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