Em operação conjunta com
apoio do Governo do Tocantins, Ibama notificou proprietários rurais que devem
adotar medidas emergenciais para mitigar os impactos da erosão no prazo de 30
dias
Erosão registrada na Serra Gerais, no município de Taguatinga, divisa com Luiz Eduardo Magalhães (BA) (Jordana Capistrano/Governo do Tocantins)
Em uma operação conjunta,
coordenada pela superintendência do Ibama/TO (Instituto Brasileiro do
Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis) e com o apoio do Governo do
Tocantins, por meio da Secretaria do Meio Ambiente e dos Recursos Hídricos
(Semarh) e do Instituto Natureza do Tocantins (Naturatins), técnicos e fiscais
dos referidos órgãos visitaram fazendas na Serras Gerais, sudeste do
estado, região limítrofe entre o Tocantins e a Bahia.
Operação Conjunta de fiscalização realizada na Serra Gerais contou com a participação de fiscais e técnicos do Ibama, Semarh e Naturatins (Jordana Capistrano/Governo do Tocantins)
As equipes, que estiveram a
campo entre os dias 11 e 15 deste mês, averiguaram impactos ambientais que
estão afetando a bacia do Rio Palma. Os fiscais constataram que os córregos
estão sendo assoreados por causa do processo erosivo nas escarpas das Serras
Gerais ocasionados pelas atividades agrícolas de fazendas da Bahia.
Fiscais averiguaram crimes ambientais na região das Serras Gerais que podem ter sido causados por atividades agrícolas (Felipe Lima Brito/Ibama)
Segundo o gerente de
fiscalização do Ibama, Carlos Vinícius, os danos iniciaram no topo da serra, no
estado da Bahia, provavelmente ocasionados pelas atividades agrícolas,
provocando o desmoronamento das encostas da serra no Tocantins e levando ao
assoreamento de córregos e nascentes.
Durante a operação, o Ibama
emitiu notificação aos proprietários rurais e solicitou medidas
emergenciais de recuperação para mitigar os impactos da erosão, que devem ser
implementadas nos próximos 30 dias, tais como: instalação de barreiras para
conter as erosões, execução de obras de curvas de níveis (terraceamento) e
reflorestamento para recuperação das áreas afetadas visando conter o processo
erosivo, principalmente no período chuvoso que se iniciou.
“Constatamos que os danos
são bem severos e estivemos no local, junto com a Semarh e o Naturatins, na
tentativa de identificar estes impactos e os responsáveis para impor as sanções
administrativas cabíveis e notificá-los para que tomem as medidas necessárias
para a reparação dos danos de forma emergencial”, afirmou Carlos Vinícius,
reiterando que o Ibama e os órgão estaduais estão empenhados em buscar
soluções para o problema.
Pela Semarh, a operação foi
acompanhada pela diretora de Inteligência Ambiental, Clima e Florestas,
Cristiane Peres, que reforçou a necessidade de verificar in loco os
danos causados na encosta da serra, bem como colaborar com o Ibama na
proposição das medidas de mitigação cabíveis.
“A pedido do secretário
Marcello Lelis, buscamos também fortalecer a parceria entre as instituições, de
forma integrada, principalmente, nesta área das Serras Gerais, por ser um local
bem sensível ecologicamente e bem importante por ser uma região turística, por
isso é fundamental termos a visão das três áreas”, afirmou.
Acompanharam ainda a
operação os analistas ambientais do Ibama Edivaldo Dias Barbosa, Jorge
Zaidam e Felipe Lima Brito; e, pelo Naturatins, Romário Pessoa Maracaípe e
Maykon Daybson Cordeiro.
Por Fábia Lázaro/Governo do
Tocantins
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