A Vila Galé anunciou dia 28 de novembro a abertura do processo seletivo
de 120 vagas para o novo hotel de Ouro Preto, em Minas Gerais. No evento, o
presidente do grupo falou ainda sobre o impacto na economia do Estado, já que o
investimento dobrou, passando dos R$ 60 milhões previstos inicialmente para R$
120 milhões. Agora, o empreendimento contará com 298 quartos.
Do Quartel
Colégio Hotel de Cachoeira do Campo, em breve Vila Galé
O anúncio foi feito pelo fundador e presidente da rede, Jorge Rebelo de
Almeida, durante uma coletiva de imprensa realizada para informar o início das
obras de restauração do prédio histórico Dom Bosco.
Nesta primeira fase, 300 candidatos selecionados serão capacitados em
cursos na área de turismo e hotelaria em parceria com a Secretária de
Desenvolvimento Econômico de Ouro Preto e da Universidade Federal de Ouro Preto
(UFOP). Desses, 120 serão contratados e irão fazer parte do quadro de
funcionários do Vila Galé Collection Ouro Preto - Historic, Family Resort
Hotel, Conference & SPA.
“Sempre que abrimos um hotel em uma nova cidade, gostamos de incentivar
a capacitação profissional. Mesmo que nem todos os participantes atuem neste
primeiro momento conosco, eles estarão preparados para outras vagas na cidade e
na região, proporcionando aos turistas e clientes uma ótima experiência”,
explicou Jorge Rebelo de Almeida.
Os currículos podem ser enviados por meio do e-mail brasil.carreiras@vilagale.com,
com a descrição no assunto: “Vaga em Ouro Preto”.
A coletiva de imprensa, além de reunir importantes jornalistas da cidade
histórica e de Belo Horizonte, contou com a presença do prefeito Ângelo
Oswaldo, do Secretário de Estado da Cultura e Turismo de Minas Gerais, Leônidas
Oliveira, de representantes da Agência de Promoção de Investimento e Comércio
Exterior de Minas Gerais (Invest Minas) e do Instituto Estadual do Patrimônio
Histórico e Artístico de Minas Gerais (Iepha).
Durante o evento, Jorge Rebelo de Almeida anunciou ainda que as obras
iniciaram e apresentou o projeto do novo hotel. Os convidados puderam conferir
em primeira mão dois quartos decorados: um em homenagem ao Museu da
Inconfidência, dedicado à preservação da memória da Inconfidência Mineira, e
outro em homenagem a Igreja de São Francisco de Assis, que é uma celebração às
criações do mestre Aleijadinho, responsável pelo projeto da fachada e da
decoração em relevos e talha dourada.
O
empreendimento, que receberá um investimento maior do que o previsto
inicialmente, passa a contar com 297 quartos, dois restaurantes,
dois bares, sete salas de convenções, um auditório, uma capela, biblioteca,
sala de jogos, Spa Satsanga com piscina interior aquecida e sauna, Clube
Infantil NEP com parque aquático, lago, ecoturismo, tirolesa, biblioteca,
plantio de azeitonas e uvas, entre outros atrativos.
“Enquanto fazíamos o projeto, vimos que poderíamos aproveitar ainda mais
o terreno e incluímos novas atrações. O investimento aumentou em R$ 60 milhões,
impactando não só a economia de Ouro Preto, como a do Estado. Nós acreditamos
muito no potencial de Minas Gerais”, concluiu o presidente da Vila Galé.
Quarto-modelo
foi apresentado a imprensa
Preservação de Patrimônio- Dos 42 hotéis da rede, nove estão em prédios históricos que foram
recuperados: Vila Galé Collection Braga, Vila Galé Collection Palácio dos
Arcos, Vila Galé Collection Elvas, Vila Galé Collection Alter Real, Vila Galé
Albacora, Vila Galé Collection Tomar, Vila Galé Collection São Miguel e Vila
Galé Rio de Janeiro.
Esse número chegará a 11 hotéis com o Vila Galé Collection Sunset
Cumbuco, que possui previsão de inauguração em 2024, e o Vila Galé Collection
Ouro Preto - Historic, Family Resort Hotel, Conference & SPA, com previsão
de inauguração da primeira fase deste hotel em dezembro de 2024.
O Quartel Colégio Hotel de Cachoeira do Campo
No Brasil, já desde 1643 que as terras altas, na abertura do Rio Doce,
eram alvo dos interesses da colônia americana de Portugal. A sonhada descoberta
do ouro vai realizar-se no meado da década de 1670 pelo adentramento das
expedições paulistas. Para além da Serra do Mar e da Serra da Mantiqueira, o
eldorado brasileiro aguardava a chegada das legiões humanas que logo o
povoaram.
A fundação da povoação de Cachoeira do Campo deu-se em 1705. A primeira
construção importante de cunho civil e público foi um quartel, num ponto
estratégico que Dom Pedro de Almeida, Conde de Assumar e futuro Marquês de
Alorna, quis aproveitar e reforçar enquanto local de defesa. Eclodia,
entretanto, a sedição de Vila Rica (atual Ouro Preto), a 28 de junho de 1720,
que terminou com a prisão, em Cachoeira do Campo, do tribuno popular Felipe dos
Santos Freire. Após este acontecimento, Dom Pedro de Almeida pretendeu mudar a
capital da província de Mariana para Cachoeira do Campo, onde os
governadores-capitães-generais passariam a residir e onde se instalaria uma
casa de fundição. Aí, Dom Pedro de Almeida mandou levantar um quartel e, em
1735, as terras de Cachoeira tornaram-se sede unida do governo civil e militar
de Vila Rica (hoje Ouro Preto). É aqui que fica então alojado o esquadrão de
cavalaria que estava antigamente na Vila do Carmo, em Mariana.
Neste contexto de reorganização das forças militares portuguesas, entra
em funcionamento em 1779 o novo Quartel do Regimento de Cavalaria de Minas
Gerais, embora sua história remonte, pois, às primeiras décadas do século XVIII
e a episódios marcantes da história mineira, como a Guerra dos Emboabas (1709),
a Revolta de Felipe dos Santos (1720), a Inconfidência Mineira (1789) e, mais
tarde, a Sedição Militar ou Revolta do Ano da Fumaça, em 1833, período em que
serviu para fins militares pela última vez.
Efetivamente, ao longo dos tempos sucederam-se ampliações destas
instalações, com mais espaço para albergar militares e os seus cavalos, tendo
sempre as forças em prontidão. Nas proximidades do Quartel, ergueu-se o Palácio
dos Governadores, no qual eles veraneavam, deixando Vila Rica (Ouro Preto) em
razão do excelente clima de Cachoeira do Campo. Durante o Palácio, hohe
desaparecido, foi o sítio de recreio, repouso e residência de férias da corte
das Minas.
Em 1816, nas terras do núcleo colonial e nalguns edifícios, fizeram-se
adaptações para acolher a Coudelaria Real de Cachoeira do Campo, que viria a
ficar pronta em julho de 1819. Dom João VI destinou a essa Coudelaria parte dos
cavalos que mandou trazer de Alter do Chão. Funcionava como um centro de
criação e aprimoramento de cavalos de raça e era aqui que se criavam os cavalos
para a tropa e os carros reais utilizados até na corte do Rio de Janeiro.
Mais tarde, já com Dom Pedro II, a população de Cachoeira do Campo pede
que a propriedade tenha uma finalidade social mais relevante, pelo que o
monarca acaba por desistir da coudelaria. Optando-se pela distribuição de
terras a colonos, em 1889 é inaugurada a colónia agrícola D. Pedro II que, com
o advento da República, recebeu o novo nome de Cesário Alvim, primeiro
governador republicano de Minas Gerais. Contudo, o governo mandou suspender o
processo e a propriedade ficou sem utilização.
Surge a ideia de convidar os salesianos para fundarem um estabelecimento
agrícola, à semelhança dos que já tinham noutras regiões. Em 1893, as terras
são-lhes oficialmente cedidas, com a contrapartida de recuperarem os edifícios,
bastante degradados e invadidos pelo mato, e de ali instalarem uma escola
agrícola. O padre salesiano Agostinho Crucifico Zanella foi o encarregado da
reconstrução e a 24 de maio de 1896 era inaugurado o Colégio Dom Bosco.
Destinada, inicialmente, a formar engenheiros agrícolas, foi a primeira casa
salesiana de Minas. E aqui encontram-se relíquias como a primeira imagem de N.
Sra. Auxiliadora a entrar em terra mineira, um grande relógio de sol situado no
pátio interno, e a primeira serralharia hidráulica do Brasil, construída no início
do século XX.
A partir de Cachoeira do Campo, os salesianos foram pioneiros da
agricultura mecanizada em Minas, incentivando as autoridades locais a
modernizarem os seus processos agrícolas. Nas décadas que se seguiram, a
atividade educativa prosseguiu, cruzando-se depois com utilização religiosa do
espaço por parte da comunidade salesiana. Já nos últimos tempos de ocupação,
chegou também a albergar trabalhadores de empresas das redondezas.
Em maio de 2023, o grupo hoteleiro Vila Galé e o Governo de Minas Gerais
oficializaram a concessão do espaço para abertura de um hotel em Ouro Preto,
num investimento de R$ 120 milhões, que vai gerar 120 empregos permanentes
diretos e 600 postos de trabalho indiretos.
O Colégio Dom Bosco é um prédio histórico classificada pelo Instituto
Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico de Minas Gerais (Iepha-MG). O
Colégio Dom Bosco é considerado um dos berços da liberdade no Brasil.
Construído pelo governador Dom Antônio de Noronha, entre 1775 e 1779 para
albergar a recém-formada Cavalaria do Regimento das Minas, conforme escrito na
tarja da sua porta externa, que, segundo os historiadores, é atribuída à talha
do Aleijadinho (arquiteto e escultor António Francisco Lisboa).
O quartel,
como era chamado na altura, foi uma das sedes do movimento da Inconfidência,
onde trabalhava e se tornou alferes o Tiradentes (alferes Joaquim José da Silva
Xavier). Ali reuniu-se uma tropa de três mil homens, em 1775, para descer ao
Rio de Janeiro e embarcar com destino a Santa Catarina, a fim de enfrentar uma
possível invasão espanhola. O Tratado de Santo Idelfonso, em 1777, pôs fim ao
conflito e a tropa retornou. O Aleijadinho integrou essa legião, como
arquiteto, pois devia projetar quarteis portugueses em Santa Catarina.
O valor patrimonial deste conjunto arquitetônico, paisagístico e
arqueológico está nas suas edificações sede e adjacentes, alteradas ao longo do
tempo, mas sobretudo no significado que as instituições ali instaladas, uma
após a outra, tiveram para a memória local, estadual e nacional.
Sobre o Grupo Vila Galé - A Vila Galé é a maior rede de Resorts do Brasil e o segundo maior grupo
hoteleiro em Portugal. O grupo é composto por diversas sociedades, das quais se
destaca, pela sua dimensão e importância, a Vila Galé – Sociedade de
Empreendimentos Turísticos, S.A.
A rede de hotéis Vila Galé conta atualmente com 42 unidades hoteleiras:
31 em Portugal (Algarve, Beja, Évora, Elvas, Alter do Chão, Oeiras, Cascais,
Sintra, Ericeira, Estoril, Lisboa, Coimbra, Serra da Estrela, Porto, Braga,
Douro, Açores e Madeira), 10 no Brasil (Rio de Janeiro, Fortaleza, Cumbuco,
Salvador, Guarajuba, Pernambuco, Touros, Angra dos Reis, São Paulo e Alagoas) e
um em Cuba (Cayo Paredón Grande). Em 2024, o grupo irá inaugurar o primeiro
empreendimento na Espanha, o Vila Galé Isla Canela, e o Vila Galé Figueira da
Foz.
BH Airport investe R$ 36 milhões em energia sustentável
O BH
Airport tem no ESG um pilar estratégico e está atento às práticas ambientais,
sociais e de governança oferecidas no mercado. Nesse sentido, investiu cerca de
R$ 36 milhões na implantação do projeto 400Hz (energia elétrica) + PCA
(ar-condicionado para aeronaves). A iniciativa consiste em acoplar nas pontes
de embarque equipamentos para fornecimento de energia elétrica de fonte
renovável e ar condicionado às aeronaves durante os serviços de solo. Até 2022,
eram utilizados o querosene de aviação e os geradores à diesel. Hoje, Azul,
Latam e Gol contam com a solução, que está disponível em 20 posições no pátio
do aeroporto.
“A
eletrificação desses processos trouxe eficiência financeira, segurança, redução
de ruído e, principalmente, das emissões de gases de efeito estufa, o que torna
as nossas operações mais sustentáveis. A proposta do projeto foi
substituir a utilização de combustíveis fósseis pelas companhias aéreas durante
operações em solo”, explica Geovane Medina, gestor de Produtos e Serviços
Aeroportuários e do Terminal de Cargas do BH Airport.
Antes do
início do projeto, o processo era o seguinte: a aeronave pousava no aeroporto
e, logo, tratores traziam os equipamentos, movidos a diesel, que eram
responsáveis por manter a aeronave e o seu ar-condicionado ligados.
A companhia
aérea ainda tinha a alternativa de usar o APU (Auxiliary Power Unit ou Unidade
Auxiliar de Energia) que é um terceiro motor, que geralmente se localiza na
cauda do avião e funciona como uma pequena turbina, muito utilizado durante o
pré-voo, para manter os sistemas do avião em funcionamento no embarque de
passageiros. Quando em operação, o APU utiliza o mesmo querosene dos tanques
das aeronaves, maior custo, e seu funcionamento contribui com emissão
de gases de efeito estufa. Com isso, manter o APU ligado não é a melhor
alternativa para as companhias aéreas.
“O projeto
400 Hz e PCA contribui exatamente para que as empresas não utilizem o APU e os
equipamentos movidos a diesel. A ideia é realmente contribuir para a
preservação do meio ambiente e proporcionar um ganho de eficiência para as
empresas aéreas. Para se ter uma ideia, Azul, Latam e Gol têm uma redução de
cerca de 30% dos custos que envolvem essa operação, com a utilização dos novos
equipamentos”, explica Geovane Medina.
Marta Rossi
e Eduardo Zorzanello receberão moção da Câmara dos Deputados
Na última quinta-feira, dia 23, o deputado federal Romero Rodrigues, presidente da Comissão de Turismo da Câmara dos Deputados, sugeriu uma Moção de Aplauso e Reconhecimento a Marta Rossi e Eduardo Zorzanello, organizadores do Festuris - Feira Internacional de Turismo de Gramado. Em votação ao Requerimento nº 41/2023, os membros da Comissão aprovaram com unanimidade a destinação da honraria aos empresários.
A
justificativa do parlamentar em relação ao evento de turismo que ocorre de
forma periférica, longe dos grandes centros de decisões como Rio de Janeiro ou
São Paulo, se dá devido à excelência no atendimento aos participantes, e por
todo o esforço e dedicação na realização da edição de 2023 do Festuris. “Foi
uma honra ter ido à cidade de Gramado, que dá exemplo ao Brasil sobre como
fazer turismo, como gerar emprego, renda, verdadeiros frutos do turismo. A
moção vem pelo reconhecimento da forma carinhosa e atenciosa que recebemos no
Festuris, evento que participamos na sua 35ª edição”, explica.
A Feira Internacional de Turismo, que acontece em Gramado, no Rio Grande do
Sul, teve sua primeira edição em 1989. Este ano, o evento realizou a sua 35ª
edição, sendo considerada pelo trade a feira de negócios turísticos mais
efetiva da América Latina. O evento não só dá atenção para o turismo, como
movimenta a economia local, estadual e gera visibilidade fora do país.
CDL promove Circuito das
Luzes em BH
A partir do dia 11, os caminhos
que ligam a Savassi à Praça Sete ficarão mais iluminados com o ‘Circuito das
Luzes’, ação que cria uma rota de iluminação natalina rumo à Casa do Papai
Noel. A intervenção, promovida pela Câmara de Dirigentes Lojistas de Belo
Horizonte (CDL/BH), começa na avenida do Contorno, na Savassi, chega à Praça da
Liberdade, segue por toda a extensão da avenida João Pinheiro e percorre a
avenida Afonso Pena até a Praça Sete, onde o circuito se encerra com a Casa do
Papai Noel.
“A proposta do ‘Circuito das
Luzes’ é refletir a tradicional iluminação da Praça da Liberdade para dois
importantes polos comerciais e turísticos, a Savassi e o Hipercentro. Será
criada uma conexão lúdica entre esses dois lugares e fomentar a circulação de
pessoas nesse trecho”, explica o presidente da CDL/BH, Marcelo de Souza e
Silva.
Casa do Papai Noel-A Praça Sete será o endereço do Papai Noel em Belo
Horizonte. A casa do bom velhinho ficará aberta ao público entre os dias 9 e 23
de dezembro. Com entrada gratuita, o espaço terá cenário para fotos e
apresentações musicais. A Casa do Papai Noel ficará aberta de segunda à
sexta-feira das 16 às 20 horas, e aos sábados e domingos, das 9 às 13
horas.
Natal em toda a cidade -A programação de Natal da CDL/BH também será
realizada nas nove regiões da cidade. Do dia 9 até 23 de dezembro, o trio
elétrico do Papai Noel irá percorrer os principais corredores das regiões.
Acompanhado das Noeletes, o Papai Noel irá tirar fotos gratuitas com crianças e
demais consumidores.
Belo
Horizonte: Cidade da Cultura – Pampulha, Patrimônio Cultural da Humanidade
Reconhecido internacionalmente pelas suas pinturas
inspiradas na arquitetura mineira, o artista plástico Carlos Bracher inaugurou
mais uma obra que fala da cultura, do patrimônio histórico, das paisagens e das
pessoas que marcaram a história de Minas Gerais. O tríptico painel "Belo
Horizonte: Cidade da Cultura – Pampulha, Patrimônio Cultural da
Humanidade" foi entregue ao estado em cerimônia realizada na última
sexta-feira (24/11), no prédio do Instituto Estadual do Patrimônio Histórico
(Iepha), na Praça da Liberdade. A obra ocupará uma posição permanente na
capital mineira, em local a ser definido pelo Iepha. O painel instalação, em
formato tríptico, é composto por duas telas e, ao centro, uma tela de três
metros de altura por sete metros de largura. O projeto tem o patrocínio da
Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig), por meio da Lei Estadual de
Incentivo à Cultura, e conta com a chancela da Secretaria de Estado de Cultura
e Turismo de Minas Gerais.
Todo o processo de desenvolvimento do
painel-instalação foi documentado para integrar a própria criação, através da
exibição de vídeos em monitores, mostrando as etapas criativas do autor, desde
sua concepção em papel até a realização final da obra em si. “Esses três
painéis são um pouco a síntese do que eu acredito ser Minas Gerais. A força
desse grande passado, que se instituiu na cidade de Vila Rica e em outras
cidades do período colonial. E que depois, nessa sucessão, veio dar Belo
Horizonte, a capital de Minas. E que termina na Pampulha. Portanto, são três
tempos: o presente, o passado e o futuro”, explica Bracher no vídeo que compõe
a instalação.
"Belo Horizonte: Cidade da Cultura – Pampulha, Patrimônio Cultural da Humanidade" propõe uma viagem multissensorial e didática aos nossos costumes e à nossa história, dando, tanto aos moradores locais, quanto aos turistas que visitam o Complexo Liberdade, a oportunidade de conhecer uma Minas sob a perspectiva de um olhar único: o de um artista mineiro renomado internacionalmente. Muito emocionado, Carlos Bracher relatou o processo criativo das obras e as principais referências, em especial o modernismo em suas telas. O artista também falou sobre os elementos do novo trabalho, que traz colagens e referências a Pelé, Carlos Drummond de Andrade, Juscelino Kubitschek, Tiradentes, Santos Dumont, Clube da Esquina, Guignard, Grupo Corpo e outros protagonistas da cultura de Minas Gerais.
O secretário de Estado de Cultura e Turismo de Minas
Gerais, Leônidas de Oliveira, festejou a inauguração do painel e ressaltou o
protagonismo de Carlos Bracher para a história das artes em Minas Gerais: “Vou
dizer algumas poucas palavras e começo por gratidão, Bracher, pela sua
existência no meio da civilização mineira, você a faz maior. Gratidão por ser
um artista que leva Minas Gerais, leva nossa gente, nossa cultura, para o mundo
inteiro. Muito obrigado”.
Belo Horizonte não é apenas a capital de Minas
Gerais, importante estado que deu início à ocupação do território que compõe
hoje o ´país, a partir das entradas dos bandeirantes paulistas, guiados pelos
povos originários do Brasil, nos séculos XVI e XVII. É também a capital
planejada e construída com base nos ideais republicanos e que, hoje, é
reconhecida por sua arte, educação, cultura, importante centro estudantil,
universitário e de serviços. Ilustres artistas, nascidos e radicados em
Minas, como Guignard, Inimá de Paula, Yara Tupinambá e Lorenzato, dentre
outros, já retrataram anteriormente aspectos de Belo Horizonte: suas paisagens,
seus prédios de alto valor arquitetônico, de estilos e épocas distintas, com
suas praças, ruas, lugares e recantos que fazem da cidade um conjunto
encantador.
O painel de Bracher tem o objetivo de reverenciar a
cidade e, ao mesmo tempo, representar os grandes personagens da história de
Minas, desde o mártir da Inconfidência Mineira, Tiradentes, passando pela
célebre "Caravana” dos Modernistas (Oswald de Andrade, Tarsila do Amaral e
Blaise Cendrais, dentre outros), ocorrida em 1924. Essa viagem ao interior do
país em busca da “autêntica arte brasileira”, identificada com a arquitetura
colonial e o barroco mineiro, provocou um enorme impacto na nova geração de
poetas e intelectuais (Carlos Drummond de Andrade, Pedro Nava, Abgar Renault e
Emílio Moura). Ao homenagear notáveis literatos, o painel revela ainda
como, ao longo do tempo, BH transformou-se em síntese da mineiridade pelo
conjunto das gentes de todos os recantos, conectando-se num só povo,
firmando-se na grande capital com sua identidade específica e autônoma.
JK: da Cemig à Pampulha-Devido à sua importância para a cidade, o
conjunto arquitetônico da Pampulha, Patrimônio Cultural da Humanidade, tem uma
posição de destaque no painel. Segundo Bracher, sua arquitetura visionária é
resultado do futurismo de Juscelino Kubitschek que, quando era prefeito de Belo
Horizonte, convidou o jovem arquiteto Oscar Niemeyer para projetar o conjunto
da Pampulha. Anos depois, durante o mandato de JK na Presidência, a parceria se
repetiria na construção da capital federal, também considerada Patrimônio
Cultural da Humanidade. De acordo com a diretora de Comunicação
Empresarial e Sustentabilidade da Cemig, Cristiana Kumaira, a Cemig tem um
imenso orgulho em participar do projeto do Painel Instalação de Bracher, pois,
assim como a Pampulha e a capital federal, a companhia elétrica também foi
criada a partir da visão de futuro do então governador de Minas Gerais, que, em
22 de fevereiro de 1951, redigiu de próprio punho um bilhete, em que abordou a
necessidade de um holding do setor elétrico.
“Sem o visionarismo de JK, a Cemig não seria o que é
hoje, uma empresa de atende mais de nove milhões de clientes em todo o Estado e
uma das maiores patrocinadoras de cultura de Minas Gerais, orgulho de todos os
mineiros”, explica a diretora. “E o objetivo do painel é exatamente esse: o de
ressaltar o orgulho de ser mineiro no coração de quem visita a instalação
artística”, complementa Kumaira.
Passeios pela capital
mineira
A Prefeitura de Belo Horizonte promove, a partir
deste sábado (2), uma nova temporada dos tradicionais passeios turísticos pela
cidade. Nos dias 2 e 16 dezembro, moradores e turistas terão a oportunidade de
conhecer a capital mineira, sob novos olhares e perspectivas, em city tours e
walking tours especiais em homenagem ao aniversário de Belo Horizonte e aos 80
anos do Conjunto Moderno da Pampulha. As inscrições gratuitas estarão abertas a
partir das 12h desta terça-feira (28) e os interessados deverão retirar os
ingressos on-line.
Neste primeiro momento, serão cinco roteiros, com
destaque para a cultura, a arte urbana e a arquitetura do município. Eles
incluem visitas ao Conjunto Moderno da Pampulha, praças, mirantes, museus, ruas
históricas, entre outros pontos turísticos da capital. Com duração média de 4
horas, os city tours serão realizados em micro-ônibus e os walking tours serão
passeios a pé, ambos conduzidos por um guia de turismo credenciado pelo
Ministério do Turismo.
“A Prefeitura de Belo Horizonte, por meio da Belotur,
promoverá mais uma temporada dos já tradicionais roteiros turísticos por vários
pontos da nossa cidade. Esses passeios estimulam a sensibilização de turistas
e, principalmente, dos moradores da capital mineira, valorizando a identidade
cultural e as tradições populares, além de promover o fortalecimento do orgulho
e da cidadania. A partir disso, o próprio cidadão de Belo Horizonte se torna um
disseminador da atividade turística, apoiando na promoção do nosso destino”,
afirma Gilberto Castro, presidente da Belotur.
A Belotur solicita às pessoas que fizerem a
inscrição, e por algum motivo não puderem comparecer, que façam o cancelamento
com antecedência pelo telefone (31) 3277-4975 ou pelo e-mail citytour.belotur@pbh.gov.br, para que
outros participantes tenham a oportunidade de experimentar o passeio. A
imprensa está convidada para acompanhar os roteiros mediante aviso prévio para
reserva de convites e agendamento de fontes.
As datas e os locais dos roteiros podem ser
conferidos no Portal Belo Horizonte.
Temporadas de passeios -A Prefeitura de Belo Horizonte, por meio da Belotur, irá promover mais uma temporada dos tradicionais passeios turísticos, no formato city tour e walking tour, a partir do mês de dezembro de 2023. O principal objetivo dos roteiros é despertar o interesse e a curiosidade do turista e do cidadão belo-horizontino pelos espaços da cidade, vivenciando experiências pelos diversos territórios de Belo Horizonte. Além dos roteiros do mês de dezembro, a Belotur também irá realizar mais passeios turísticos no primeiro semestre de 2024, a partir do mês de janeiro.
Coluna Minas Turismo Gerais, Jornalista
Sérgio Moreira @sergiomoreira63 Informações para a coluna enviar para sergio51moreira@bol.com.br
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