O CEO do Machadinho Thermas Resort Spa, Juarez Tavares, revela os motivos da alta ocupação do empreendimento durante todo o ano, mesmo estando localizado no interior do Rio Grande do Sul, com uma logística difícil para acesso
Foto: Carlos Alberto Alves
“Temos uma ocupação média muito grande, comparada
com a hotelaria do Brasil, próxima de 83% durante todo o ano, porque temos água
termal abundante, uma gastronomia regional forte, o hotel é totalmente calefado,
com água termal no apartamento. Estamos muito felizes com isso”, afirma Juarez.
Juarez Machado. Foto Carlos Alberto Alves
E essa satisfação é maior ainda quando se
sabe que o aeroporto mais próximo fica a 150 km, não há acesso por ferrovia e a
malha rodoviária é bastante limitada. Para se ter uma ideia, usuários do principal
emissor, que demanda do norte (Santa Catarina), enfrenta 20 km de estrada de
chão para chegar ao destino.
“Mas mantemos alta a taxa de ocupação, porque
aqui nossos clientes encontram singularidades, aquela hospitalidade do interior,
uma gastronomia diferenciada, recreação todos os dias, entretenimento com shows
regionais e nacionais o ano todo. Para se ter uma ideia, nosso pacote de Natal
este ano tem o Roupa Nova e o Reveillon será com Daniel”, divulga o CEO do
empreendimento.
A exploração do turismo em Machadinho- RS,
iniciou com a perfuração um poço para exploração de petróleo feito pela Petrobrás,
na década de 1960. Não encontraram o ouro negro, mas encontraram um veio de
águas termais, que transformou a economia do município, antes dedicada ao
agronegócio.
“Com a construção da Usina Hidrelétrica de
Machadinho”, esclareceu Juarez Tavares, “houve a compensação financeira aos municípios
impactados pela obra. Machadinho decidiu que o recurso seria dedicado a um
investimento na criação de um parque aquático de águas termais, porque tinha o
poço aberto não operando. Foi investido então em torno de R$ 4 milhões pelo
consórcio que construiu a usina, para construir um balneário, reabrir o poço de
águas termais existente e perfurar mais um”.
Segundo Juarez, aquele foi o pontapé inicial
para concretização do projeto de turismo de Machadinho. Posteriormente foi
licitada uma concessão para balneário, na área onde está o Machadinho Thermas Resort,
para exploração do turismo. Essa é uma história bem recente. O parque de águas
termais tem 18 anos de existência e o resort apenas 10 anos.
“Nosso grupo foi o vencedor dessa concessão, que
prevê mais um grande lago, o qual está em obra agora, com previsão de ficar
pronto em dois meses, e mais um resort de 150 apartamentos, fora esse novo
prédio que estamos construindo com 70 apartamentos. O novo resort (o de 150 apartamentos)
será construído em forma de multipropriedade”, informa Juarez Tavares.
Capacidade hoteleira
A capacidade hoteleira da cidade, que tem
6.000 habitantes, é em torno de 1000/1500 pessoas, entre pousadas, camping,
pequenos hotéis, apartamentos e casas e o resort. Hoje o resort acomoda 550
pessoas em 159 apartamentos. Com a ampliação de mais 70 apartamentos a
capacidade irá para 850/900 pessoas só no Machadinho Thermas.
O grupo que tem a concessão e opera o hotel e
o balneário é o Machadinho Hotelaria e Turismo S/A, que implantou o resort e tem
outras empresas na região, como lojas e restaurantes.
Hidrelétrica de Machadinho
Há 21 anos atrás, foi construída a Usina
Hidrelétrica de Machadinho. Construída no leito do Rio Pelotas,
entre os municípios de Piratuba, em Santa Catarina, e Maximiliano de Almeida,
no Rio Grande do Sul, a Usina Machadinho tem potência instalada de 1.140 MW e é
a maior Usina Hidrelétrica com casa de força em Santa Catarina, certificada
pelas normas NBR ISO 9001, ISO 14001 e OHSAS 18001.
A
primeira unidade geradora entrou em operação dia 16 de fevereiro de 2002, a
segunda no dia 30 de abril e a terceira no dia 12 de julho do mesmo ano.
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