O
refrão dessa música que, marcou a primeira campanha de Siqueira Campos a
governador do Tocantins, ecoou por todo o Estado tão logo divulgada a notícia
da passagem para o plano superior de José Wilson Siqueira Campos.
Por Luiz Pires, Edvaldo Rodrigues e Edson Rodrigues
O corpo de Siqueira Campos está sendo velado no Palácio Araguaia
Por
muito tempo, desde meados dos anos 1960, Siqueira Campos lutou, contra a
oposição de muitos incrédulos, pela separação do Norte de Goiás e a criação do
Estado do Tocantins. Essa era uma luta também das lideranças do Sul do
Maranhão, que até hoje sonham com a criação do Estado do Maranhão do Sul.
Siqueira tinha conhecimento disso, mas, com sua visão além do seu tempo,
trabalhou pela divisão de um só Estado, no caso Goiás.
“Se
incluísse parte do Maranhão no novo Estado, o projeto já nasceria destinado ao
fracasso, pois o presidente José Sarney (presidente da República quando da
criação do Estado do Tocantins) não deixaria”, afirmava Siqueira.
O
cearense José Wilson Siqueira Campos teve uma carreira política meteórica no
Norte de Goiás. Chegando à região no início da década de 1960, instalou uma
grande serraria onde hoje é a cidade ..., criou uma cooperativa de produtores
rurais e logo conseguiu a inimizade do todo poderoso senador Benedito Ferreira
(Benedito Boa Sorte) e seu grupo político.
Em
1965, Siqueira Campos elegeu-se vereador pelo recém emancipado município de
Colinas de Goiás e o primeiro presidente da Câmara Municipal. Rapidamente
captou o sentimento separatista do povo nortense. Candidatou-se a deputado
federal nas eleições de 1970, sendo eleito pela primeira vez e reeleito mais quatro
vezes, a última como deputado constituinte, de 1987 a 1988, quando ganhou a
eleição para governador do recém criado Estado do Tocantins, criado graças ao
seu empenho, na Constituição Cidadã promulgada em 1988.
Elegeu-se
governador do Estado por mais três vezes e, com seu temperamento forte e poder
de decisão, implantou e consolidou o Tocantins. 35 anos depois, os resultados
econômicos e sociais demonstram que valeu a pena sonhar e lutar.
Quando
foi implantado, o território que formou o Estado do Tocantins, tinha pouco mais
de 200 km de asfalto, ligando algumas cidades à rodovia Belém/Brasília. A
maioria das sedes dos municípios eram abastecidas de energia elétrica através
de geradores a óleo diesel, os famosos “motor de luz”, que funcionavam algumas
horas por dia. Hoje o Tocantins é auto suficiente na geração de energia
elétrica.
O
lado direito do rio Tocantins chegou a ser chamada de “Corredor da miséria” por
um ex-governador de Goiás. Pois nessa região que Siqueira construiu sua mais
importante obra, a Capital do Tocantins, Palmas (nome em homenagem a São João
da Palmas, cidade também planejada por Theotônio Segurado, hoje Paranã),
proporcionando desenvolvimento para toda essa área.
Tomemos
como exemplo o Parque Estadual do Jalapão, um dos principais destinos
ecoturísticos do país, e a cidade de Porto Nacional, que se transformo em um
polo educacional e da agroindústria. Siqueira Campos contribuiu muito para essa
fase de empoderamento econômico e social de Porto Nacional e de todo o Estado,
construindo a infraestrutura básica para gerar o desenvolvimento.
O
ESTADO DA LIVRE INICIATIVA E DA JUSTIÇA SOCIAL, era o seu slogan de gestão
preferido.
No
mais, como está no brasão do Estado do Tocantins, CO YVY ORE RETAMA – ESSA
TERRA É NOSSA.
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