Após ter deixado um vácuo no mercado durantes os últimos dois anos, o Nissan Sentra voltou do México reestilizado, com preço competitivo e muito mais equipado.
Texto e fotos: Carlos Fernando Schrappe Borges
Testamos testou a versão
Exclusive (R$ 173.290), com interior premium (R$ 1,7 mil) e pintura bitone (R$
3 mil), totalizando R$ 177.990.
O sedan está maior 4,64 metros,
mais largo em 1,81 metro e mais baixo em 1,45 metro do que o seu antecessor. A
frente ficou atual, esportiva e tecnológica, incorporando faróis em led com luz
alta automática, câmeras e radar. Junto com o alerta de colisão frontal, alerta
de atenção ao motorista, alerta inteligente e assistente de prevenção de
mudança de faixa, assistente inteligente de frenagem, alerta de ponto cego e o
sistema de câmeras 360º com detecção de objetos em movimento, o coloca na
vanguarda dos sedans médios em nosso mercado.
A traseira também mudou: possui agora alerta de tráfego cruzado e ganhou um defletor no para-choque. O conjunto de lanternas ao contrário do dianteiro, é todo iluminado por lâmpadas incandescentes.
O porta-malas diminuiu e agora tem
466 litros mesmo levando um estepe fino. Aliás, esta é uma tendência desagradável
das montadoras, pois além de afetar a dirigibilidade, caso você esteja em
viagem com o porta-malas cheio, não haverá espaço para você colocar o pneu
furado, que é bem maior. Você pode pensar que com o estepe fino, sobraria mais
espaço para o tanque de combustível, nada disso. Possui apenas 47 litros, outra
tendência de diminuírem cada vez mais a capacidade dos tanques. Os alto
falantes, amplificador e fiação ficam expostos e há um dispositivo para
abertura de emergência por dentro.
A motorização é 2.0 L, 16 válvulas, CVVTCS, (sistema de variação contínua da fase de abertura das válvulas), com injeção direta de gasolina, gera 151 cv e 20 Kgmf atrelado a um câmbio CVT que simula até 8 marchas, com aletas no volante. Mesmo pesando 1.405 kg conseguimos boas marcas de consumo, 9,77 km/l na cidade e 16,2 km/l na estrada. Rodamos um total de 419 km.
O interior chama atenção pelo excelente acabamento, do encaixe das peças e do revestimento em couro, na cor Sand, um tipo de caramelo. Sua padronagem e as costuras, que acompanham bancos, painel e portas são impecáveis. O banco do motorista tem ajustes elétricos e ambos os dianteiros também contam com aquecimento, um item de conforto excepcional para os dias e noites frias de inverno. O porta-luvas não tem iluminação e somente o vidro do motorista tem o comando de um toque. O banco traseiro também conta com as famosas espumas “zero gravity” da Nissan, trazendo mais conforto aos passageiros. O encosto é bipartido, mas os apoios de cabeça são fixos.
O painel é novo, completíssimo, funcional com todos os ajustes bem a mão. Nesta unidade, o alinhamento junto ao para-brisa estava irregular, possivelmente por alguma má fixação junto a carroceria. O quadro de instrumentos segue o padrão das Frontier, com instrumentos analógicos e com o painel central digital. Tem excelente visibilidade e traz todas as informações. A multimídia de 8 polegadas é fácil de usar, mas ainda precisa de cabo para o Android Auto ou para o Apple Car Play. Não há carregamento do celular por indução. O sistema de som com alto falantes Bose é fenomenal. O ar-condicionado é digital de duas zonas, e apesar de novo, estava exalando um forte cheiro de mofo nos dois primeiros dias de teste, que felizmente se dissipou com o uso. O volante é o mais completo da linha Nissan no Brasil, tem empunhadura mais grossa e possui uma forração de couro superior aos demais. Seu teto solar ajuda para a boa sensação de amplitude a bordo.
O que destoa em todo este conjunto é o freio de estacionamento sendo acionado por pedal. É ruim de usar, está mal localizado. Deveria ficar bem à esquerda, mas fica no vão entre a caixa de roda e o pedal do freio.
Como mencionei no início, este é um
sedan baixo e assim como todos, requer cuidados redobrados para transpor
obstáculos como lombadas, buracos e entradas e saídas de prédios e
estabelecimentos. A suspenção traseira, apesar de multilink, não filtra muito
bem os buracos do caminho, transmitindo pancadas secas ao interior do veículo.
O piloto automático adaptativo ACC funcionou, mas ocasionou uma aceleração desnecessária quando o veículo à frente estava relativamente próximo, o que me fez acionar o freio. É sempre recomendável usar com cautela e ficar atento, pois não vale a pena pagar para ver se ele vai ou não frear a tempo.
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