Coluna Minas Turismo Gerais jornalista Sérgio Moreira
Localizado
a apenas 60 Km de Belo Horizonte, em Brumadinho, está o Instituto Inhotim, um
museu de arte contemporânea e Jardim Botânico.
Idealizado desde a década de 1980 em solo ferroso de uma fazenda da
região nasceu, em 2006, um dos maiores museus a céu aberto do mundo.
Reconhecido
como Organização da Sociedade Civil de Interesse Público (OSCIP) pelo Governo
de Minas Gerais em 2008, o Inhotim é uma entidade privada, sem fins lucrativos,
mantida com recursos de doações de pessoas físicas e jurídicas diretas ou por
meio das Leis Federal e Estadual de Incentivo à Cultura, pela bilheteria e
realização de eventos.
Sua localização privilegiada entre os ricos biomas da Mata Atlântica e
do Cerrado, e as paisagens exuberantes ao longo dos 140 hectares de visitação
proporcionam aos visitantes uma experiência única que mescla arte e natureza.
Cerca de 700 obras de mais de 60 artistas, de quase 40 países, são exibidas ao
ar livre e em galerias em meio a um Jardim Botânico com mais de 4,3 mil
espécies botânicas raras, vindas de todos os continentes.
Com tanto espaço, arte e beleza, a equipe do Inhotim não deixou de
pensar na comodidade dos visitantes, que passam de um a dois dias explorando o
parque. Existem três opções de restaurantes, onde você encontra desde um lanche rápido, um café ou pratos especiais.
Aproveite o sabor das suas refeições no clima do Instituto – os restaurantes
são cercados pela beleza natural dos jardins.
Ocupação
artística indígena no Palácio da Liberdade
Iniciativa visa à
salvaguarda das culturas indígenas e apresenta exposições
O Governo de Minas, por meio da Secretaria de Estado de Cultura e Turismo (Secult), abriu dia 29 de abril, a Ocupação Artística “Abril Indígena - Demarcando Mentes e Pensamentos”, que tem por objetivo homenagear as comunidades indígenas e iniciar um importante trabalho de preservação de suas culturas.
O evento de abertura aconteceu no Palácio da Liberdade, equipamento
que integra o Circuito Liberdade. Horário de visitação: de 4ª a 6ª-feira,
das 12h às 18h; sábado e domingo, das 10h às 18h. Entrada gratuita.
A ocupação, que vai até 7 de maio, é realizada pelo
Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico de Minas Gerais
(Iepha-MG) e pela Fundação Clóvis Salgado (FCS), em parceria com a APPA e com
membros de entidades representativas das comunidades indígenas.
A cerimônia de abertura foi marcada pela chegada de cerca de 30 pessoas da aldeia indígena dos Xucuru de Brumadinho. Crianças e adultos, mulheres e homens, realizaram uma performance ritualística envolvendo canto e dança.
A secretária-adjunta de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais,
Milena Pedrosa, destacou a importância desse encontro. “Hoje é o início de
muito trabalho coletivo. Estou muito feliz de estar aqui com vocês, saudar esse
sagrado, e podermos juntos construir uma política pública consistente para
preservar a cultura indígena. Sou uma servidora pública e estou aqui para
servir a vocês, indígenas”, reforçou Milena Pedrosa.
Maria Flor Guerreira, indígena Pataxó, ressaltou a
importância de o espaço abrir as portas para os povos originários. “Hoje,
estamos aqui com a Secretaria de Cultura e Turismo, com o Iepha, montando um
grupo de que consiga manter, preservar, fortalecer e fazer o letramento social
com a nossa ancestralidade, com nossas tradições. Esse é um momento ímpar na
história de Minas Gerais, de um lugar que antes era só para autoridades hoje
ser ocupado por nós, povos indígenas”.
Programa de Salvaguarda das Culturas
Indígenas de Minas
Um dos destaques do evento foi a assinatura da portaria
que formaliza a criação do Grupo de Trabalho para implementação do Programa de
Salvaguarda das Culturas Indígenas em Minas Gerais.
O documento foi assinado pela presidente do Iepha,
Marília Palhares Machado, que sublinhou o respeito da instituição pela
história, cultura e conhecimento dos povos originários. “O termo ‘indígena’
significa ‘originário’, aquele que está ali antes de outros. Esses povos
contribuíram e continuam contribuindo muito para formação de nossa identidade,
de nossa língua, nossa alimentação, entre diversos outros hábitos do nosso
cotidiano. Para tratar os povos indígenas na perspectiva do patrimônio
cultural, é preciso retomar essa cultura de forma correta: na perspectiva
daqueles que detém o conhecimento e vivenciam essa cultura”, declarou Marília
Palhares Machado.
Além do Iepha, o Grupo de Trabalho será formado pelo
Comitê Mineiro Indígena; Conselho dos Povos Indígenas de Minas Gerais (Copimg);
Articulação dos Povos Indígenas (Apib); Articulação dos Povos Indígenas do
Nordeste, Minas Gerais e Espírito Santo (APOINME); Articulação Nacional de
Mulheres Indígenas (Anmiga); Comissão Estadual de Povos e Comunidades
Tradicionais (CEPCT); Conselho Estadual de Promoção da Igualdade Racial;
Formação Intercultural de Educadores Indígenas da Faculdade de Educação da
UFMG; Indígenas do Colegiado das Atas Suplementares da UFMG; Centro de
Documentação Eloy Ferreira da Silva; Conselho Indigenista Missionário de Minas
Gerais; Representantes das Culturas Indígenas do Conselho Estadual de Política
Cultural (Consec-MG); Secult; Sedese; Coordenação Regional da Fundação Nacional
dos Povos Indígenas (Funai) de Minas Gerais.
O secretário de Estado de Cultura e Turismo de Minas
Gerais, Leônidas Oliveira, ressalta o significado dessa ação para os povos
indígenas e para a cultura do Estado. “A criação desse Grupo de Trabalho
marca um momento de grande relevância para Minas Gerais. Estamos iniciando as
etapas de elaboração de um novo programa que visa à proteção e salvaguarda das
culturas indígenas a partir de um gesto de respeito, dignidade e justiça pela história
dos povos originários”, pontuou o secretário Leônidas Oliveira.
A Secult, por meio do Iepha, tem como experiência
bem-sucedida dessa metodologia participativa a criação do Afromineiridades –
Programa de Proteção da Cultura Afro em Minas Gerais no qual o Grupo de
Trabalho conta com lideranças negras, quilombolas, povos de terreiros e
congadas de Minas Gerais, assegurando a participação de comunidades
tradicionais no planejamento e execução de políticas públicas de cultura,
turismo e patrimônio cultural.
Exposições
Durante oito dias, visitantes do Palácio da Liberdade
poderão entrar em contato com obras do acervo museológico da Superintendência
de Bibliotecas, Museus, Arquivo Público e Equipamentos Culturais (SBMAE) que
mostram um pouco da diversidade das histórias e das culturas dos povos
indígenas de Minas Gerais.
A ocupação “Abril Indígena - Demarcando Mentes e
Pensamentos” tem curadoria da assessoria da deputada federal Célia Xakriabá,
primeira indígena eleita pelo Estado.
A deputada, Daru Tikuna, que também é artista e titular
da Cadeira de Culturas Indígenas do Conselho Estadual de Política Cultural,
falou da importância da cultura indígena para repensar as formas de habitarmos
a Terra. “A variedade e riqueza da cultura indígena, etnicamente, expressa a
elevada capacidade de resistência e afirmação da nossa identidade. Estamos aqui
hoje em uma perspectiva de planejar, de organizar, de crescermos juntos, de
repensar um novo país, um novo mundo”, declarou Daru Tikuna.
Além de expor as obras do acervo da SBMAE, a ocupação
propõe uma série de atividades que celebram as histórias e a produção cultural
e artística de matriz indígena em Minas Gerais. No Palácio da Liberdade, são
apresentadas as fotografias “Gavião Bateu Asa e Rodopiou a Onça Pintada Cantou
e Dançou”, “Canto e Dança do Pajé” e “Mulheres Indígenas Reflorestando Mentes
para a Cura da Terra”, de Edgar Kanaykõ, o cinema de Sueli Maxakali, e pinturas
de artistas indígenas de diversas etnias do estado.
Simultaneamente, nos jardins do Palácio, acontece a
exposição “Abya Yala”, com 15 estandes para venda de arte indígena, como
bonecas, crochês, cestarias, peças em madeira, tecidos e vestimentas,
biocolares e acessórios. Artigos dos povos Kambiwá, Pataxó e de povos
originários da Bolívia e do Peru também estão contemplados.
Além de ser um espaço coletivo para apresentação dos
trabalhos e de geração de renda para as famílias, a “Abya Yala” serve para
integrar diferentes culturas. Essa mostra acontece até o dia 6 de maio.
Litoral Norte de São Paulo
O Litoral Norte de São Paulo é um destino que reúne
não só belezas naturais exuberantes, como também muita história e cultura de
seus povos tradicionais caiçaras, quilombolas e indígenas.
Ali, entre a Mata Atlântica e o mar, essas
comunidades, muitas vezes centenárias, tem uma história rica e peculiar, com
tradições e costumes que foram passados de geração em geração. Eles vivem da
pesca artesanal, da agricultura de subsistência e do turismo.
E, nesse sentido, o Circuito Litoral Norte de São Paulo,
formado pelos municípios de Bertioga, Caraguatatuba, Ilhabela, São Sebastião e
Ubatuba, vem, cada vez mais, concentrando esforços para desenvolver atividades
turísticas sustentáveis, como o Turismo de Base Comunitária (TBC).
“O Turismo de Base Comunitária, além de
proporcionar uma experiência singular para o turista que deseja vivenciar a
fundo a cultura do destino que ele está visitando, contribui para a preservação
do patrimônio cultural, geração de renda e desenvolvimento sustentável para as
comunidades locais”, afirma o presidente do Circuito Litoral Norte de São
Paulo, Caio Matheus.
Na região, esses roteiros visam, não só preservar a
rica biodiversidade regional, como também valorizar a cultura caiçara,
indígena e quilombola que formam a população local.
Em Bertioga, por exemplo, é possível
visitar as Terras Indígenas Ribeirão Silveiras. A comunidade tem trilhas,
riachos e área de camping, com opção de alimentação tradicional indígena. Na
cidade, há também as bases comunitárias Vila da Mata e Sítio São João, que
oferecem vivências com a comunidade nas hortas comunitárias e centro de
vivências, além de observação de aves e trilhas ecológicas, entre outros.
Já em Caraguatatuba, os visitantes que
desejam se integrar à comunidade local podem fazer um passeio na Fazenda de
Mexilhão da Cocanha. O tour é realizado pela Associação de Pescadores e
Maricultores da Praia da Cocanha (AMAPEC) e busca garantir a preservação
ambiental e cultural dessa prática no local, que é considerada a maior fazenda
de mariscos do estado, com 36 mil metros quadrados e produção de até 160
toneladas ao ano.
O roteiro de visitação inclui: apresentação do
funcionamento da fazenda, processo de reprodução do mexilhão, práticas de
cultivo e técnicas de preparação para a venda do produto. Na ilha, a apenas 500
metros da praia no continente, é possível ainda provar a iguaria em pratos
típicos locais.
Conduzido pela própria comunidade, em Ilhabela,
o projeto Turismo de Base Comunitária na Baía dos Castelhanos recebe os
visitantes apresentando o lado oceânico da ilha.
Nesse projeto, são protagonistas da visitação as
seis comunidades tradicionais caiçaras que se baseiam principalmente na pesca,
artesanato e gastronomia. O roteiro inclui as trilhas da Queda, da Figueira,
Mansa e Vermelha, além de passeio de barco comandado pelos próprios nativos e
oficinas de cestarias. Os visitantes podem ainda experimentar pratos feitos com
frutos do mar e produtos locais, como Azul Marinho, Caldeirada, Lambe-Lambe e
Lula com Taioba.
Em São Sebastião, a Rota Caiçara é um
importante exemplo de Turismo de Base Comunitária que preserva a cultura do
povo tradicional do litoral. O passeio é um projeto desenvolvido pela
Associação de Pescadores de Boiçucanga e sai da praia de Boiçucanga, oferecendo
uma imersão na cultura caiçara em um percurso de três horas.
No roteiro, além de conversar com moradores
antigos, que contam sobre a história do povo (como viviam, costumes, divisão de
tarefas, aspectos da religião e o que aconteceu com o povo caiçara com o passar
dos anos), há degustação de café da manhã típico com café coado na garapa e
bolinho de taioba e passeio de barco guiado pelos pescadores locais percorrendo
pontos como o cerco flutuante - onde é explicada a arte da pesca - e a Ilha dos
Gatos.
Ubatuba também
tem focado bastante na questão do Turismo de Base Comunitária, considerando
este como um dos maiores diferenciais e atrativos, principalmente para a baixa
temporada.
No lado sul da cidade, há a Aldeia Renascer Ywyty
Guaçu, que abriga famílias indígenas tupi guarani e guarani, e está aberta à
visitação mediante agendamento prévio. Assim como o Quilombo da Caçandoca, que
tem trabalhado com a questão do TBC nas praias de Caçandoca e Caçandoquinha,
entre a Trilha do Saco das Bananas. E o Quilombo da Fazenda, um dos mais
desenvolvidos para o recebimento de turistas, trabalhando a gastronomia típica
na Praia da Fazenda e a Casa da Farinha, com trilhas, atividades de ecoturismo
e cultura quilombola.
Sobre o Circuito Litoral
Norte-O Consórcio Intermunicipal Turístico Circuito Litoral Norte de São Paulo
vem se consolidando como referência neste segmento para o Estado, apresentando
uma gestão integrada e focada no desenvolvimento conjunto das cidades
participantes (Bertioga, Caraguatatuba, Ilhabela, São Sebastião e Ubatuba).
O Circuito soma atrativos, equipamentos e serviços
turísticos das cinco cidades integrantes, com o objetivo de enriquecer a oferta
turística, ampliar as opções de visita e a satisfação do turista, com
consequente aumento do fluxo e da permanência dos visitantes na região do
Litoral Norte paulista, assim como a geração de trabalho, renda e qualidade de
vida. Conheça mais: www.circuitolitoralnorte.tur.br
Benchmarking do Connection
Olivas está no roteiro de Gramado
Além do eixo temático que provoca conexões com assuntos semelhantes por
meio de painelistas nacionais e internacionais, a 6ª edição do Connection, com
o tema Terroirs do Brasil, oferecerá experiência técnica em cases como Cambará
do Sul, Bento Gonçalves e Gramado. Entre os dias 19 e 21 de maio, o
participante que se interessar em conhecer e aprender um pouco mais sobre os
produtos de origem e empreendimentos dos destinos, terá essa grande
oportunidade.
Os roteiros são voltados a gestores públicos e a pequenos produtores
rurais e estão focados nos pilares do Connection Terroirs do Brasil. O
benchmarking de Cambará do Sul será no eixo da sustentabilidade, biodiversidade
e turismo; já Gramado terá como foco mercado, eventos e turismo; e Bento
Gonçalves abordará cases de governança, identidade territorial, cultura da
cooperação e turismo.
De acordo com a organização, o participante vai conhecer os segredos por
trás dos eventos, das marcas, produtos e negócios de sucesso com acesso
exclusivo aos empreendedores e líderes que fazem parte da trajetória de cada
destino. “Nosso intuito é proporcionar aos participantes uma imersão de
aprendizado sobre as melhores práticas no desenvolvimento, gestão e promoção
dos produtos da Serra Gaúcha e a integração com as cadeias de valor da
gastronomia, do comércio e do turismo", enfatiza a CEO do Connection,
Marta Rossi.
Roteiros completos-
Cada pacote inclui hospedagem no período de 19 a 21 maio com café da
manhã; refeições, ingressos para as visitas e experiências, guiamento
especializado, transporte, caderno de benchmarking e certificado de
participação.
A descrição completa dos pacotes e do evento estão disponíveis no site:
connectionexperience.com.br e nas redes sociais @connection_experience.
Os valores para cada benchmarking (com vagas limitadas) podem ser
consultados através do e-mail reservas@festurisconnection.com.br, mais
informações também pelo número (54) 99672-9223.
Quem for participar da área de conteúdo, que acontece no Palácio dos
Festivais e das experiências na Alameda Terroir (Rua Coberta), deve adquirir o
ingresso no site, pelo valor de R$599.
A criação e realização do evento é da Rossi & Zorzanello que conta
com Sebrae Rio Grande do Sul como correalizador.
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