sábado, 29 de abril de 2023

Festival da Goiaba em Rio Acima - MG

Coluna Minas Turismo Gerais Jornalista Sérgio Moreira

Se Minas é conhecida como a terra do queijo, é destaque também pela goiabada. Dois ingredientes que formam a perfeita combinação de sobremesa no Brasil. Para celebrar a colheita da fruta que dá origem ao doce e a outros produtos, Rio Acima promove de 28 de abril a 1º de maio o Festival da Goiaba.


Espaço para a realização do Festival da Goiaba

A cidade, localizada a apenas 39 quilômetros de Belo Horizonte, espera receber 40 mil pessoas na Praça Prefeito Milton Gonçalves dos Santos, nos quatro dias de festa. No local, estão instaladas 50 barracas da fruta in natura, de doces, licores, bolos, geleias, sorvetes e até ketchup feitos com goiaba, além de cervejas e muito artesanato. Haverá também concurso para eleição dos melhores quitutes e frutos. E mais: o público poderá curtir shows gratuitos de músicos regionais e nacionais, entre eles do Grupo Revelação, de pagode. O encerramento contará com apresentações de dois grandes nomes da música mineira e nacional: o cantor e compositor Lô Borges e a banda 14 Bis.

Esta não é primeira vez que a cidade promove o Festival da Goiaba.

Criada em 2004, a festa foi motivo de orgulho para os rio-acimenses por cerca de dez anos.  Em razão da falta de continuidade do projeto pelo poder público e da ausência de diálogo com a iniciativa privada, o festival teve última edição em 2014.

O evento é considerado uma oportunidade para geração de renda e trabalho. Na ocasião, produtores conseguiram, inclusive, dar visibilidade suficiente para exportar seus produtos para países da Europa. 

O prefeito de Rio Acima, Felipe Gonçalves dos Santos, o Felipe do Waldiney, ressalta a importância de o Festival da Goiaba retomar na cidade, sobretudo em um momento pós-crise sanitária. “Nos últimos anos, devido à pandemia do Covid-19, as pessoas ficaram em casa, impedidas se reunir em festas em lugares públicos.

O festival será uma oportunidade de lazer para os moradores de Rio Acima, das famílias”, disse o prefeito. A economia do município também ganha. Segundo ele, a previsão é de que o festival gere mais de 200 empregos temporários e movimente R$ 10 milhões no comércio e prestação de serviços.

“A festa vai movimentar salões de beleza, lojas de roupas, supermercados, distribuidoras de bebidas e fornecedores locais”, enumera o prefeito. O evento serve ainda como um chamariz para turistas que, além de movimentar hotéis e pousadas nos quatro dias de festival, irão curtir os encantos da cidade, podendo voltar em outras oportunidades.


Grupo Revelação, Rapazola, Marcelino de Lima, Tykerê, 14 bis, Lô Borges e Grupo Fundo de Quintal,

A intenção de Felipe Gonçalves é de que o Festival da Goiaba seja realizado também nos próximos anos, tornando-se um evento permanente na agenda cultural do município. “Fomentamos muitos cursos em parceria com entidades, como a Emater e o Senar, para a profissionalização e aprimoramento de técnicas entre os produtores rurais”, esclarece.

O Festival irá divulgar a produção de goiaba e seus derivados, chamando a atenção para a atividade local, que dá sustento a várias famílias, afirmou.  Um dos pontos altos da festa será a aula show de gastronomia na praça, no dia 30, domingo,

A secretária municipal de Turismo e Cultura de Rio Acima, Patrícia Pimenta, conta que as goiabeiras são nativas nas matas da região, sendo cultivadas também por agricultores familiares. A colheita da fruta, abundante na região, é feita manualmente nas árvores do pomar das casas ou em sítios próximos.

“Não existem plantações grandes. Trata-se de uma cultura alimentar do município. O fruto orgânico é colhido nos campos e utilizados há anos pelas famílias para a produção artesanal de doces. São receitas passadas de geração em geração. Os principais produtos são a goiabada cascão e em compota e os licores”, disse a secretária, que faz parte de uma família de produtores da cidade.

Dezenas de famílias moradoras da Vila Santeiro já preparam cerca de duas toneladas de produtos derivados da fruta.  A variedade é enorme. Há goiabada tradicional e cascão, em barra e pote, compota, biscoitos casadinhos, sorvetes, bolos, geleias, ketchups e licores.  

Patrícia Pimenta acredita que o festival, além de estimular o turismo no munícipio, vai criar um ambiente para o maior reconhecimento da gastronomia local.

“O nosso doce de goiaba tem o registro de bem imaterial no município. Queremos agora o reconhecimento pelo Estado. É preciso promover um ambiente de negócios e levar o produtor a reconhecer a sua importância”, diz a secretária, lembrando que, para isso, a prefeitura desenvolve o Programa Rio Acima Produz, em que estão cadastrados 79 produtores de goiabas.

Durante o festival, a Prefeitura de Rio Acima promoverá também uma ação de valorização do meio ambiente e da sustentabilidade, com a distribuição de duas mil mudas de goiabeira, ajudando a promover a manutenção da flora ribeirinha e a continuidade de alta produtividade do fruto.

Além de curtir o Festival da Goiaba, o visitante poderá conferir os encantos de Rio Acima. Entre o turismo, a gastronomia e a cultura, a cidade é um verdadeiro mar de oportunidades a serem desbravadas.  Rio Acima é famosa pelas cachoeiras e nascentes, com destaque para a Cachoeira Dona Chica, a Cachoeira do Índio e a Cachoeira do Viana, daí o carinhoso apelido de “Cidades das Águas”. 


Rio Acima tem diversas cachoeiras pela cidade

São 84 cachoeiras conhecidas que formam a grande “caixa d’água” da região metropolitana de BH. A praça onde irá acontecer o festival abriga uma cascata artificial que representa as cachoeiras da cidade, sendo um ponto turístico de Rio Acima.

A cidade integra o circuito Estrada Real por meio do trajeto que liga Santa Bárbara e Ouro Preto.  Além disso, 100% do território da cidade está dentro da Área de Proteção Ambiental (APA Sul), que comporta 14 municípios da Grande BH, um verdadeiro reduto de educação, preservação e proteção ambiental.

A área possui uma das maiores extensões de cobertura vegetal nativa contínua de Minas Gerais, abrangendo as regiões conhecidas como Caraça e Gandarela, com suas matas úmidas de fundos de vales e as matas de altitude, além de grandes formações rochosas.

Em termos de biodiversidade, estas características possuem um valor inestimável.  Além disso, a cidade é integrada ao circuito Estrada Real, por meio da estrada que liga Santa Bárbara e Ouro Preto.  https://www.prefeiturarioacima.mg.gov.br/noticia/45038

Projeto fortalece o setor turístico


A Câmara dos Deputados aprovou dia 25 de abril, a Medida Provisória (MP) 1147/22, que zera as alíquotas do PIS e da Cofins sobre as receitas obtidas pelas empresas de transporte aéreo regular de passageiros no período de 1º de janeiro de 2023 a 31 de dezembro de 2026. A matéria será enviada ao Senado.

Aprovada na forma de um substitutivo da MP também altera o Programa Emergencial de Retomada do Setor de Eventos (Perse). O Perse (Lei 14.148/21) prevê ações emergenciais e temporárias destinadas ao setor de eventos para compensar os efeitos decorrentes das medidas de combate à pandemia da Covid-19.


Turistas movimentam a economia do Brasil

Aviação - Em relação ao subsídio para a aviação civil, a estimativa feita pelo governo anterior, de renúncia fiscal R$ 505,82 milhões em 2023, já está incorporada no Orçamento. Para os outros anos, ela somará mais R$ 1,09 bilhão. Entretanto, como as empresas não pagarão esses tributos também não poderão usufruir de créditos relacionados a eles.

Eventos - Quanto às mudanças na lei de criação do Perse, acrescentou outros setores que poderão usufruir dos benefícios além daquelas atividades definidas na Portaria 11.266/22, publicada em dezembro do ano passado para regulamentar a matéria e cuja vigência vale a partir de 1º de janeiro de 2023.

Um dos trechos alterados pela MP 1147/22 é uma parte inicialmente vetada sobre redução a zero das alíquotas de PIS, Cofins, Imposto de Renda das Pessoas Jurídicas (IRPJ) e Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL).

A intenção da medida provisória é limitar a isenção, agora vigente, às atividades consideradas efetivamente vinculadas ao setor de eventos.

Novas atividades - O texto da portaria foi incorporado à MP e contém 38 setores segundo subclasses da Classificação Nacional de Atividades Econômicas (CNAE). Entre elas, destacam-se: estabelecimentos de hospedagem, produtoras culturais, aluguel de equipamentos recreativos, casas de festas e produção de eventos.

Após as negociações, o relator incluiu outros setores, como serviços para alimentação em eventos; discotecas, danceterias, salões de dança e similares; serviços de reservas e outros serviços de turismo não especificados no texto.

Somente as empresas ou entidades que já exerciam essas atividades em 18 de março de 2022 poderão usufruir do benefício., Se estiverem com a situação regular perante o Cadastro de Prestadores de Serviços Turísticos (Cadastur), também poderão contar com os benefícios vários tipos de serviços de transporte, restaurantes, agências de viagem, e parques de diversão:bares e estabelecimentos similares com ou sem entretenimento;atividades de jardim botânico;zoológicos; e parques nacionais, reservas ecológicas e áreas de preservação ambiental

Créditos - Da mesma forma que o estipulado para as empresas de aviação, a isenção dos quatro tributos para o setor de eventos não permitirá a manutenção dos créditos vinculados. Essa regra deve valer apenas a partir de 1º de abril.

Indenização - Ainda na lei do Perse, o projeto de conversão revoga dispositivo que previa o pagamento, em 2023, de uma indenização a empresas do setor de eventos com redução do faturamento, por causa da pandemia, superior a 50% do faturado em 2019 em relação a 2020 com base nas despesas da folha de empregados. O valor total seria limitado a R$ 2,5 bilhões.

Com faturamento de R$ 19,4 bilhões, turismo nacional tem o melhor início de ano desde 2015


Impactado pelos grupos de transporte aéreo e alojamento e alimentação, o turismo nacional registrou faturamento de R$ 19,4 bilhões em janeiro de 2023. O valor representa crescimento de 19,8% quando comparado ao mesmo período do ano passado.

O resultado é o melhor para o mês em oito anos. Todos os seis grupos de atividades analisados pelo levantamento mensal do Conselho de Turismo da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP), com base nos dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), apontaram crescimento no mês.

Para a Federação, o resultado do período deve ser comemorado por vários aspectos. Além de ser o melhor início de ano desde 2015, o crescimento foi registrado sobre uma base forte — de 22,8% de janeiro do ano passado. Em janeiro de 2023, o setor de transporte aéreo apontou o maior faturamento da história: R$ 7,03 bilhões, alta anual de 29,5%. Com este desempenho, o segmento responde por 36% do faturamento do turismo geral. O crescimento expressivo no número de passageiros pagantes que viajam pelo Brasil contribui para o cenário. Outro ponto relevante, e não exatamente favorável, é o encarecimento médio de 50% das passagens aéreas, situação que evidencia que consumidor está pagando mais para viajar, e não necessariamente viajando mais.

De acordo com a FecomercioSP, outra variação importante em janeiro foi a do grupo de alojamento e alimentação, com elevação de 18,4% no contraponto anual. O faturamento registrado foi de R$ 5,69 bilhões, o melhor para o período desde 2020. No caso dos meios de hospedagem, a situação foi similar ao do transporte aéreo: há uma recuperação sólida da taxa de ocupação e, ao mesmo tempo, um avanço na tarifa média.

O segmento do transporte terrestre também foi impactado, de forma positiva, pelo período da alta temporada. Com faturamento de R$ 2,7 bilhões no primeiro mês do ano, o crescimento foi de 13% em comparação ao mesmo período de 2022, cenário previsto anteriormente pela FecomercioSP, diante do natural recuperação pós-pandemia e do efeito de substituição do transporte aéreo, que ficou mais caro.

O setor de locação de veículos, agências e operadoras de turismo cresceu 9,8%, faturando R$ 2,64 bilhões. Isso aconteceu porque o início do ano é marcado por alta demanda das empresas que alugam veículos, e o preço acompanha a dinâmica. As atividades culturais, recreativas e esportivas registram crescimento de 14,6% e faturaram R$ 1,34 bilhão. E, por fim, o transporte aquaviário, apresentou variação anual de 13,4%. No entanto, o faturamento de R$ 47,2 milhões é o menor para o levantamento, o que gera um efeito praticamente nulo para o desempenho geral.

De acordo com a Federação, o cenário do turismo nacional é resultado da reabertura completa da economia, da melhora gradual da renda familiar e da retomada dos investimentos no setor (que ampliou a oferta), entre outros aspectos. Contudo, apesar do resultado positivo, é preciso entender que parte do aumento da receita é proveniente da elevação do custo para empresários e consumidores. Portanto, frente a um cenário de inflação dos serviços de turismo tendendo a arrefecer neste ano, e possível que haja a redução do gasto médio por viagem. Por outro lado, a projeção é de aumento no volume, o que será muito benéfico não só para os turistas, mas também para a economia em geral.

Coluna Minas Turismo Gerais   Jornalista Sérgio Moreira @sergiomoreira63 informações para a coluna envie para sergio51moreira@bol.com.br




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