Atividades estão sendo realizadas no auditório do UNITPAC, nos dias 19 e 20 de abril, e reúne alunos dos oito polos da UMA no Tocantins
“Já me formei e continuo participando das atividades, porque eu amo essa comunidade. É muito bom estar aqui”, diz a aluna de Araguaína, Maria de Neves Valadares Barbosa
Cerca de 400 alunos da UMA (Universidade da Maturidade) do Tocantins estão reunidos para o encontro nacional da instituição em Araguaína. O encontro traz o tema "Inovação e Protagonismo Social", está sendo realizado no auditório no UNITPAC, nos dias 19 e 20 de abril, e vem com a missão de integrar os idosos dos oito polos da UMA no Estado, promovendo diversas atividades educacionais, culturais e científicas.
Luiz Sinésio Silva Neto, coordenador da UMA no Tocantins, destaca que o encontro tem um simbolismo grande, porque celebra o passado e ao mesmo tempo promove um futuro de sucesso da universidade na cidade.
“São 17 anos de UMA no Tocantins e 10 em Araguaína, e isso precisa ser comemorado. A UMA gera um impacto individual no aluno, porque as pessoas que entram na universidade conseguem reescrever os seus projetos de vida e com isso melhorar a qualidade de vida. E também tem impacto na família, porque um idoso mais feliz significa uma família mais feliz”, conta o coordenador.
O Encontro Nacional da UMA terá oficinas, apresentações culturais, mesas redondas e exposições de trabalhos científicos. Todas as atividades são desenvolvidas dentro das temáticas da educação para idosos, saúde e bem-estar na velhice, diversidade e inclusão das pessoas idosas na sociedade contemporânea e outras abordagens relacionadas ao envelhecimento.
Um novo estilo de vida
Lourdete Rosa, 72 anos, é aluna do polo de Dianópolis, já é formada na UMA, mas continua participando das atividades. Além da integração com outros colegas, ela afirma que a universidade ajuda a sociedade respeitar mais os idosos.
“Não dá para deixar a UMA mais. No momento que a gente se envolve, não tem mais como sair, porque é uma forma de viver melhor. Hoje nós somos vistos, não somos mais apenas velhos deixados de lado. Somos respeitados, essa camisa amarela da UMA nos elevou a níveis de carinho com o público da nossa cidade”, compartilha Lourdete.
A aluna de Araguaína, Maria de Neves Valadares Barbosa, 74 anos, está na UMA desde 2017, já se formou e também se mantém ativa na universidade. Ela conta que, quando descobriu que a universidade existia, quis participar, mas precisou insistir bastante até conseguir uma vaga.
“Assim que apareceu a oportunidade, eu corri para aproveitar. Já me formei e continuo participando das atividades, porque eu amo essa comunidade. É muito bom estar aqui. Se todos os idosos soubessem, todos estariam aqui. Eu sempre fui tímida e séria, mas na UMA eu aprendi a me soltar mais, fazer novas amizades, e isso é tudo na minha vida”, diz Maria.
Apoio da Prefeitura
A Universidade da Maturidade é um projeto da UFT (Universidade Federal do Tocantins) e está presente nas cidades de Araguaína, Dianópolis, Palmas, Porto Nacional, Paraíso do Tocantins, Tocantínia, Palmeirópolis, Cariri do Tocantins e em outros estados, como Bahia e Mato Grosso do Sul. Desde o início das atividades, a UMA já atendeu mais de 6.200 idosos no Tocantins.
O projeto conta com o apoio direto da Prefeitura de Araguaína, porque, conforme explica a secretária da Educação de Araguaína, Elizângela Moura, a educação do idoso é uma política pública da gestão.
“Estamos apoiando o fortalecimento, educação e inclusão desses idosos na sociedade, por isso a Prefeitura dá todo o aparato e subsídio necessário com servidores capacitados, ajudando em grandes eventos, palestras educativas, transporte quando necessário e espaços para as atividades, como acontece hoje na Praça Céu, onde as aulas são realizadas”, ressalta a secretária.
O Encontro Nacional da UMA tem oficinas, apresentações culturais, mesas redondas e exposições de trabalhos científicos
Texto: Ricardo Sottero
Fotos: Marcos Filho Sandes / Secom Araguaína
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