Coluna Minas Turismo Gerais Jornalista Sérgio Moreira
Após sofrer
duros impactos da pandemia da Covid-19 nos últimos anos, o setor do turismo
deve alcançar o nível de faturamento pré-crise no início do próximo ano.
A
expectativa é que as micro e pequenas empresas do setor atinjam o patamar de
estabilidade no primeiro semestre de 2023 e que, a partir do segundo semestre
do próximo ano, consolide o crescimento e supere o faturamento de períodos
anteriores.
Os dados
fazem parte de um estudo realizado pelo Sebrae em parceria com a Fundação
Getúlio Vargas (FGV) sobre os fatores que impactam a competitividade da cadeia
de Turismo brasileira, em especial os pequenos negócios de meios de hospedagem,
além do turismo de negócios e eventos, que devem ser beneficiados com a
retomada econômica pós pandemia da Covid-19. O setor de turismo foi um dos mais
afetados desde o início de uma das maiores crises sanitárias mundiais e as
micro e pequenas empresas, que representam 97% do total de empreendimentos
desse segmento, chegaram a registrar perdas superiores a 80% do faturamento.
O
presidente do Sebrae, Carlos Melles, pontua que esse período inicial de
recuperação será motivado principalmente pelo aquecimento do consumo por
viagens dentro do Brasil e por uma demanda reprimida causada pela pandemia.
“Muitos brasileiros estão substituindo as viagens internacionais por
domésticas. Além da alta do dólar, da queda no poder de compra das famílias e
do conflito internacional entre a Rússia e Ucrânia, os brasileiros estão mais
motivados a conhecer os encantos do nosso país. Esse é um bom momento para os
pequenos negócios se prepararem”, ressalta Melles.
O
presidente ainda revela que para aproveitar o aumento da demanda interna do
turismo, os donos de pequenos negócios precisam estar atentos às tendências e mudanças
de comportamento do consumidor durante a pandemia. “O empreendedor precisa
entender que ele deve estar alinhado ao movimento do mercado e avaliar o que é
necessário fazer para se adaptar e garantir a sustentabilidade do negócio,
inclusive para atender uma demanda futura”, avalia.
De acordo
com o estudo, a retomada dos negócios turísticos não se apresenta igualmente
para todos as atividades do segmento. Setores como meios de hospedagem,
transporte aéreo e aluguel de bens móveis têm nível de recuperação superior a
outros segmentos, com retorno gradual da demanda à medida que as restrições da
pandemia foram flexibilizadas. Já as atividades recreativas, culturais e
desportivas e o transporte rodoviário foram os mais afetados e vão levar mais
tempo para recuperar o nível anterior à crise. O estudo do Sebrae e da FGV
ressalta que apesar dos meios de hospedagem fazerem parte do grupo que possui
boas expectativas para o verão de 2023, eles devem ficar atentos ao controle de
custos, principalmente porque muitos tiveram que recorrer a crédito para se
manter no período. “Pela própria natureza do serviço, o setor de hospedagem
possui um custo muito alto para se manter. Mesmo que o negócio não tenha muitos
hóspedes, é preciso arcar com as despesas de mão de obra e custos fixos de
energia, por exemplo. Então, isso pesa muito nas contas de um hotel ou pousada
ao contrário de uma empresa que vende um produto e pode estocá-lo”, explicou o
presidente do Sebrae.
Ele recomenda que o dono de um pequeno empreendimento no setor de
turismo busque soluções alternativas para minimizar os altos custos sem
prejudicar a qualidade. “É preciso avaliar o tempo todo o que pode ser feito
para diminuir esses custos sem perder a qualidade do serviço oferecido, seja
por meio de eficiência energética ou outras alternativas disponíveis”, reflete.
Charretes deixam São Lourenço
Uma tendência que vem crescendo nas cidades turísticas mineiras e do
Brasil, que ainda usam cavalos puxando carroças e charretes para entretenimento
de turistas, é o fim completo dessa prática.
As charretes estão sendo substituídas por
carruagens elétricas, tuk-tuks ou mesmo encerrando de vez, caso os antigos
charreteiros não se interessem em trabalhar com esses veículos alternativos.
O Parque das Águas São Lourenço,
fundado em 1936, é um pedacinho da Mata Atlântica onde diversas espécies da
fauna e flora vivem protegidas em meio a 430 mil m² de natureza preservada
Aos poucos,
cidades turísticas mineiras vêm buscando alternativas para proibir de vez o uso
de veículos de tração animal pelas ruas de suas cidades. Agora é a vez de São
Lourenço, cidade com cerca de 47 mil habitantes, no Sul de Minas.
A famosa
estância hidromineral e turística mineira decidiu pôr fim a um de seus atrativos
urbanos: o passeio de charretes de 40 minutos pelos pontos turísticos da cidade
será encerrado.
Cavalos
puxando charretes não serão mais vistos trafegando pelas ruas da cidade. Essa é
a intenção da Prefeitura e foi com base nesse propósito que o Poder Municipal e
os cerca 42 charreteiros atuantes em São Lourenço, acordaram no dia 5/08/2022
para encerrarem essa atividade.
Pelo acordo,
os charreteiros receberão, a título de indenização, cerca de R$30 mil reais.
Com esse valor, podem escolher uma nova atividade profissional ou mesmo
investir essa quantia na aquisição de Tuk-Tuk.
Além disso, um projeto de lei a ser enviado à Câmara de Vereadores de São
Lourenço, determinará a proibição em definitivo do uso de veículos de tração
animal na cidade.
Os tuk-tuks
Por ser mais
prático e mais barato que as carruagens elétricas, o tuk-tuk é uma alternativa
mais viável para os charreteiros que optarem em continuar a levar turistas
pelas ruas de São Lourenço.
Esse tipo de veículo é criação asiática e muito popular nessa região,
principalmente na Índia e Tailândia, além de ser adotado em alguns países europeus,
substituindo as charretes.
Também
conhecido como autorriquixá, o tuk-tuk é puxado por uma motocicleta e nada mais
é que um triciclo motorizado com cabine para transporte de passageiros e
mercadorias.
A
palavra riquixá é a palavra mais correta para esse tipo de
veículo. Essa palavra tem origem na língua japonesa. Riquixá um
vocábulo com origem na palavra jinrikisha, em japonês. Jin significa
humano e riki, tração. Ou seja, “veículos de tração
humana”.
Cada vez
mais, o autorriquixá ou tuk-tuk, vem se tornando alternativa em substituição
aos veículos de tração animal.
Sommelier de Cervejas
Os renomados professores
Fabiana Arreguy e Carlos Henrique de Faria Vasconcelos acabam de lançar no
mercado uma nova proposta para o curso de Sommelier de Cervejas. O curso será
ministrado pela escola EducaBeer, que já tem previsto outros cursos para
ofertar.
“O curso busca
qualificar o profissional do serviço de bebidas, com foco em degustação e
harmonização, pontos chaves para a formação de um especialista em cervejas”,
fala Carlos Henrique, mais conhecido no mercado como CH.
Fabiana Arreguy é
professora, juíza internacional e jornalista especializada na área de cervejas.
Conduz o programa da CDL FM Pão e Cerveja e o site no portal UAI tem 15 anos de
experiência na área. Crédito:
Sylvie Moyen
Carlos Henrique é
biólogo de formação, mestre-cervejeiro da Hofbräuhaus BH, professor no curso de
gastronomia das Faculdades UNA e Arnaldo, juiz de concursos nacionais e
internacionais de bebidas, com 11 anos de experiência na área.
Democrático e acessível,
esse não é um curso voltado somente para os trabalhadores da área, e está
aberto a todos os interessados, não só profissionais como também hobistas e
apaixonados por cervejas.
O curso apresenta alguns
diferenciais dos que já existem no mercado que são: Mais de 100 rótulos de
cervejas degustados; Harmonizações originais e bem construídas; Treinamentos
práticos em serviço; Treinamento em análise sensorial sob bases científicas;
Visita técnica e Conhecimento aprofundado nos estilos cervejeiros.
“Estamos oferecendo algo
novo. Pesquisamos bastante o mercado, novas tendências e com nossa expertise na
área acreditamos que será uma excelente oportunidade para os interessados”,
fala Fabiana Arreguy, que também é jornalista especializada na área de
cervejas. O curso será ministrado aos finais de semana, de sexta a domingo, com
aulas práticas e teóricas. As inscrições já estão abertas! Garanta já a sua
vaga. Instagram: @educabeer
Turismo brasileiro
em destaque
O setor de turismo no Brasil segue em ritmo de
crescimento e demonstrando a sua força também no cenário internacional.
Relatório anual do World Travel & Tourism Council (WTTC), de renomada
autoridade empresarial do turismo mundial, apontou que o Brasil ocupou a 11ª
posição como maior mercado do setor de Turismo do mundo em 2021 (em 2019,
estava na 13ª colocação). Segundo o relatório, o Brasil também registrou a
maior demanda de viagens internas no mesmo ano entre os países pesquisados.
Recentemente, a companhia JetSmart anunciou novos
voos no Brasil, conectando o país com cidades da Argentina (Buenos Aires) e do
Chile (Santiago), a partir de dezembro. Decisões que buscam maior conectividade
aérea. Além disso, em julho, representantes do Ministério do Turismo
participaram de encontro com integrantes do WTTC, onde discutiu-se, por
exemplo, o interesse em atrair investimentos privados para o Brasil através do
Portal de Investimentos. A iniciativa reúne um portfólio online de projetos voltados
ao setor de turismo, com o objetivo de aproximar setores público e privado.
O relatório da WTTC revelou o impacto econômico e
de emprego relacionados a viagens e turismo entre os anos de 2019 e 2021,
apresentando um cenário positivo para a América Latina. A pesquisa mostra que,
apesar dos impactos da crise sanitária da Covid-19, o ano de 2021 foi marcado
por uma considerável recuperação. A América Latina demonstrou uma tendência de
crescimento de 4% para os próximos dez anos, quase o dobro previsto para a
economia da região no mesmo período, estimada em 2,3%.
Coluna
Minas Turismo Gerais Jornalista Sérgio Moreira @sergiomoreira63 Informações
para a coluna para sergio51moreira@bol.com.br
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