domingo, 28 de novembro de 2021

Parque Zoobotânico, e-marketplace e turismo de base comunitária se destacam no terceiro dia da FITA

Uma vasta programação de capacitações, painéis temáticos e palestras, marcou o terceiro dia da Feira Internacional de Turismo da Amazônia (FITA), no sábado (27).


Fotos: Ellen Dias / Ascom Setur Pará

Cases como o Parque Zoobotânico Vale, em Parauapebas, estratégias de mercado como e-marketplace e atividades de turismo de base comunitária em áreas de conservação e reservas ambientais se destacaram junto ao público presente na Estação das Docas.

Pela manhã, foram apresentadas algumas políticas públicas e ações da Secretaria de Estado de Turismo (Setur), como Observatório do Turismo do Pará, com fomento de pesquisas relacionadas ao setor.

A companhia Vale, patrocinadora do evento, apresentou o case de sucesso do Parque Zoobotânico de Parauapebas, com 36 anos em operação no estado. Uma reserva ambiental que preserva a biodiversidade a fauna e a flora local. O ponto abordado durante a mostra foi a importância de transformar o turismo ecológico de forma responsável.

“O Parque Zoobotânico da Vale é a sétima maravilha do estado. Nós estamos em uma área completamente preservada. Esse é o desafio hoje, mostrar que podemos fazer o turismo e conservar a biodiversidade local”, completou Lourival Tyski gerente do parque.

E Marketplace foi outro assunto em discussão, a junção dos municípios para fortalecer a comercialização do turismo. “O marketplace é importante para unir de forma on-line tudo que o estado tem para oferecer, mas para isso é preciso que todos estejam integrados, mais do que isso, capacitados. O turista em uma plataforma será direcionado, mas os municípios precisam saber entregar o que vendemos”, pontuou o palestrante Joy Colares da Fecomercio.

Objetivos e vantagens da prática do Turismo de Base Comunitária (TBC) - Durante a tarde, a preservação e conservação ambiental, não ter o turismo como única fonte de renda, proporcionar alternativas de trabalho e renda, respeitar o modo de vida das populações tradicionais, promover o fortalecimento das comunidades e a melhoria da qualidade de vida foram tópicos abordados durante o painel "Turismo em Unidades de Conservação".

Na implementação do Turismo em UCs, a diretora de Gestão e Monitoramento do Ideflor-Bio, Socorro Almeida, disse que é importante considerar que se forneçam serviços ambientais, a sustentabilidade financeira da UCs, a valorização da sociobieconomia, além de dar sentido para a UC e justificar sua permanência. "Não podemos nunca perder de vista as futuras gerações", concluiu.  

Já a analista ambiental do ICMBio, Manoelle Reis Paiva, falou do trabalho realizado na Floresta Nacional do Tapajós. "Juntamente com a comunidade da FLONA do Tapajós fizemos uma revisão das normas de condução. Somente numa comunidade (Jamaraquá) mapeamos 12 oportunidades de atrativos e atividades, entre trilhas, igarapés, casa de farinha, produção de biojóias, entre outras", revelou.

A comercialização de roteiros é um dos grandes desafios do modelo de gestão TBC, o acesso ao mercado reduzido ou inviabilizado por se tratar de um modelo para pequenos grupos, visto que a capacidade de atendimento é justamente a quantidade de pessoas dessa comunidade. Manoelle também salientou a reabertura gradual da unidade para visitação pós pandemia, os desafios de promover pesca esportiva em comunidades na FLONA Tapajós, a estruturação de política de cobrança de ingressos e integração do TBC com outras políticas públicas.

Para Adelio Demeterko, administrador e Diretor Executivo do Grupo Cataratas em Foz do Iguaçu, o propósito do turismo com visão sustentável é impactar de forma positiva as localidades, o país e o mundo.

"Pensando globalmente, mas agindo localmente. O turismo é uma grande oportunidade de fazermos acontecer. O Brasil tem tantas riquezas para exploração turística, especialmente na região Norte e é possível sonhar e realizar", disse.

O secretário adjunto de Turismo do Maranhão, Hugo Veiga, comunga da mesma visão de gestão. "Explorar o turismo nessas localidades, sem explorar a natureza, com base em sustentabilidade, planos de conservação e participação da comunidade é possível", finaliza.

A tarde de programação técnica do sábado se encerrou com o painel "Turismo em Comunidades Tradicionais" com a participação de Rodrigo Sales, CEO da Untamed Angling Brasil (SP); Adriana Lima, coordenadora do Movimento de Mulheres das Ilhas de Belém; e Sílvia Cruz, professora da Universidade Federal do Pará (UFPa). A moderação foi da técnica em Gestão de Turismo da Setur-PA, Conceição Silva.

Fonte: Ascom/Setur Pará

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