Empresas também apostam na abertura de novos postos de trabalho até dezembro
Aeroporto de Fortaleza. Divulgação
As
palavras de ordem para o futuro do turismo brasileiro são esperança e
otimismo. Isso é o que apontam o resultado da segunda edição da pesquisa “Desafios
das Agências de Turismo”, realizada entre junho e julho deste ano pelo Sebrae
em parceria com a Associação Brasileira de Agências de Viagens (ABAV Nacional).
Representando
um universo de 192 mil pequenos negócios, entre agências de turismo,
operadores, e empresas de transporte rodoviário, aquaviário e de agenciamento
marítimo, entre outros, a maioria dos empresários prevê um aumento de
faturamento superior a 50%, contra apenas 14% que vislumbram queda, mantendo
também expectativa de crescimento em novas contratações até dezembro de 2021.
Dentro
do universo da pesquisa, os resultados do recorte referente às associadas à
ABAV – cerca de 2,2 mil em todo o Brasil, entre agências de viagens, operadoras
de turismo e consolidadoras – revelaram que o emprego de profissionais
qualificados e maior preparo dos empresários na gestão dos negócios estão
fazendo a diferença na travessia da crise.
Na
avaliação da presidente da entidade, Magda Nassar, os indicativos desta segunda
edição da pesquisa corroboram os diferenciais identificados na anterior.
“Tivemos entre nossos associados o maior número de respondentes, o que
demonstra engajamento com nossas ações e total entendimento sobre a importância
dessa atualização de dados. Eles estão no grupo que revelou mais otimismo e
poder de superação dos percalços, e isso os coloca um passo adiante no caminho
da retomada”, afirmou.
Cinco
produtos lideram a oferta dos associados ABAV - hospedagem em hotéis ou
pousadas, pacotes com aéreo, bilhetes aéreos nacionais, seguro viagem e
bilhetes aéreos internacionais. Entre os segmentos mais demandados estão sol e
praia, cultural/histórico, natureza/ecoturismo, negócios e as viagens de luxo,
com predominância para pacotes de lua de mel, ski e neve o que
indica também valor mais alto do ticket médio.
Nove
em cada dez empresários apostam no crescimento das vendas online, embora apenas
36% deles tenham registrado mais de 50% de faturamento pelos canais digitais.
Ainda
no grupo de associados ABAV predominaram empresas com mais de dez anos de
atuação, e que têm à frente da gestão profissionais entre 36 e 65 anos, com
alto grau de instrução, na maioria mulheres, revelando potencial do segmento
para o empreendedorismo feminino.
Para
o presidente do Sebrae, Carlos Melles, os donos das agências de turismo têm um
perfil diferenciado, o que pode ter influenciado positivamente no enfrentamento
da pandemia. “Há mais microempresas do que microempreendedores individuais, a
escolaridade e a média de idade são mais altas e eles estão há mais tempo nesse
negócio, o que faz com que eles trabalhem mais em busca de alternativas e
inovações que aumentam a resiliência a crises e o faturamento do negócio”,
comenta.
Na
indicação dos desafios, os respondentes não divergem ao apontar o aumento no
volume de vendas, a organização das finanças, e as incertezas em relação à
abertura das fronteiras internacionais e ao perfil do consumidor pós-pandemia.
Entre
as ações de enfrentamento, apontam ser essencial a manutenção de medidas
governamentais como a redução das taxas e impostos, e a extensão das linhas de
crédito.
Já no
grupo de associados ABAV é unânime a expectativa pela redução da alíquota do
IRRF sobre remessas internacionais e a aprovação do PL 908 pela justa
proporcionalidade da responsabilidade solidária das agências de viagens, dois
pleitos que a entidade encampa diretamente em Brasília.
A pesquisa envolveu
amostra composta por 41% de microempresas, 29% de MEI e 21% de pequenas
empresas. Entre as agências de turismo, 55% afirmaram trabalhar
majoritariamente com emissivo.
Clique aqui para
acessar o infográfico
Fonte: Ascom ABAV
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