As oficinas iniciaram na sexta, 16; serão repassadas as técnicas para produção do artesanato e biojoias, utilizando o Capim Dourado
Com proposta de realizar o
desenvolvimento de ações que visam a capacitação para o fortalecimento da
produção artesanal em peças de capim dourado e biojoias, proporcionando ainda a
transmissão de saberes, a oficina é realizada, com apoio do Governo do
Tocantins, por meio da Agência Desenvolvimento do Turismo, Cultura e Economia
Criativa (Adetuc). O projeto é de autoria da Artesã Raquel Pinheiro, e será
realizado na cidade de Pindorama do Tocantins, a 216 km de Palmas.
Divulgação - Capim Dourado é matéria-prima
encontrada no Jalapão e utilizado na produção diversificada de artesanatos e
biojoias
De acordo com informações da
artesã, Raquel Pinheiro, serão realizadas duas turmas presenciais, uma oficina
de Biojoias, ministrada pela Instrutora Raylane Raquel, e outra de técnica em
costura do Capim Dourado, ministrada pela autora do projeto.
As aulas presenciais ocorrerão
até hoje, 17 de julho, ambas com carga horária de 40 horas, com participação de
20 alunos, sendo 10 alunos por turma. Já para a oficina on-line, a carga
horária é de 32 horas, sendo que as inscrições seguem abertas e serão
transmitidas pelo canal do Youtube: Ponto de Cultura Viola de Arame. Para se
inscrever acesse link: https://tecendocapimdourado.blogspot.com/p/agenda.html .
Nas oficinas, serão repassadas
as técnicas para produção do artesanato utilizando como matéria-prima o Capim
Dourado, além da produção de Biojoias a exemplo de chapéus, cestos, colares,
brincos, mandalas, dentre outros. Os fios de capim dourado são costurados com
linhas vegetais e/ou fibra fina das folhas de buriti, ambas
espécies nativas do Brasil, próprias do cerrado.
Capim Dourado
A tradição do artesanato com o
capim dourado, o Ouro do Jalapão, foi passada pelos índios da etnia
Xerente que no começo do século XX saíram caminhando pelo lado do Rio Tocantins
e passaram pelo povoado quilombola Mumbuca e ensinaram alguns moradores a
“costurar capim” com a seda de buriti. Desde então, esse saber se difundiu pela
região, chegando a outras comunidades e cidades, como no município de Ponte
Alta do Tocantins.
Para o presidente da Adetuc,
Jairo Mariano, o projeto fortalece toda a cadeia do artesanato do Jalapão. “O
aperfeiçoamento da atividade artesanal garante a melhoria e inovações na
produção de peça em Capim Dourado, agregando mais valor e também fortalecendo a
economia com a geração de emprego e renda para a comunidade, conforme incentiva
o governador Mauro Carlesse”, considera.
Inovações
A partir desse saber-fazer, as
comunidades têm criado novas coleções com inovações de produtos e inserção de
novos materiais, como sementes, peças em coco, e novas técnicas também
tradicionais, como o tingimento natural da linha da seda do buriti. Assim, as
artesãs que antes produziam com a técnica do trançado das fibras do capim e do
buriti objetos que estavam presentes em seu dia-a-dia, como os chapéus que
protegem os lavradores na roça, cestos entre outros utensílios, agora produzem
as mais variadas peças.
O projeto Tecendo
Capim Dourado Valorizando Saberes foi contemplado pelo Prêmio
Emergencial do Tocantins da Lei Aldir Blanc, com apoio do Governo Federal.
Fonte: Adetuc Tocantins
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