sábado, 17 de julho de 2021

Oficina “Tecendo Capim Dourado Valorizando Saberes” acontece em Pindorama

As oficinas iniciaram na sexta, 16; serão repassadas as técnicas para produção do artesanato e biojoias, utilizando o Capim Dourado

Com proposta de realizar o desenvolvimento de ações que visam a capacitação para o fortalecimento da produção artesanal em peças de capim dourado e biojoias, proporcionando ainda a transmissão de saberes, a oficina é realizada, com apoio do Governo do Tocantins, por meio da Agência Desenvolvimento do Turismo, Cultura e Economia Criativa (Adetuc). O projeto é de autoria da Artesã Raquel Pinheiro, e será realizado na cidade de Pindorama do Tocantins, a 216 km de Palmas.

Divulgação - Capim Dourado é matéria-prima encontrada no Jalapão e utilizado na produção diversificada de artesanatos e biojoias

De acordo com informações da artesã, Raquel Pinheiro, serão realizadas duas turmas presenciais, uma oficina de Biojoias, ministrada pela Instrutora Raylane Raquel, e outra de técnica em costura do Capim Dourado, ministrada pela autora do projeto. 

As aulas presenciais ocorrerão até hoje, 17 de julho, ambas com carga horária de 40 horas, com participação de 20 alunos, sendo 10 alunos por turma. Já para a oficina on-line, a carga horária é de 32 horas, sendo que as inscrições seguem abertas e serão transmitidas pelo canal do Youtube: Ponto de Cultura Viola de Arame. Para se inscrever acesse link: https://tecendocapimdourado.blogspot.com/p/agenda.html .

Nas oficinas, serão repassadas as técnicas para produção do artesanato utilizando como matéria-prima o Capim Dourado, além da produção de Biojoias a exemplo de chapéus, cestos, colares, brincos, mandalas, dentre outros. Os fios de capim dourado são costurados com linhas vegetais e/ou   fibra fina das folhas de buriti, ambas espécies nativas do Brasil, próprias do cerrado.

Capim Dourado

A tradição do artesanato com o capim dourado, o Ouro do Jalapão, foi passada pelos índios da etnia Xerente que no começo do século XX saíram caminhando pelo lado do Rio Tocantins e passaram pelo povoado quilombola Mumbuca e ensinaram alguns moradores a “costurar capim” com a seda de buriti. Desde então, esse saber se difundiu pela região, chegando a outras comunidades e cidades, como no município de Ponte Alta do Tocantins.  

Para o presidente da Adetuc, Jairo Mariano, o projeto fortalece toda a cadeia do artesanato do Jalapão. “O aperfeiçoamento da atividade artesanal garante a melhoria e inovações na produção de peça em Capim Dourado, agregando mais valor e também fortalecendo a economia com a geração de emprego e renda para a comunidade, conforme incentiva o governador Mauro Carlesse”, considera.

Inovações

A partir desse saber-fazer, as comunidades têm criado novas coleções com inovações de produtos e inserção de novos materiais, como sementes, peças em coco, e novas técnicas também tradicionais, como o tingimento natural da linha da seda do buriti. Assim, as artesãs que antes produziam com a técnica do trançado das fibras do capim e do buriti objetos que estavam presentes em seu dia-a-dia, como os chapéus que protegem os lavradores na roça, cestos entre outros utensílios, agora produzem as mais variadas peças. 

O projeto Tecendo Capim Dourado Valorizando Saberes foi contemplado pelo Prêmio Emergencial do Tocantins da Lei Aldir Blanc, com apoio do Governo Federal.

Fonte: Adetuc Tocantins

 

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