Além do treinamento, os brigadistas realizam ações de prevenção no Parque Estadual do Cantão com aeronave. Durante a ação, o Ciopaer também fez o mapeamento e o reconhecimento das áreas de pouso para o helicóptero, caso seja necessário o combate a incêndio em áreas de difícil acesso.
Fotos: Fernando
Alves/Governo do Tocantins
Ações de manejo do fogo foram realizadas em áreas do Parque Estadual do Cantão de difícil acesso
O Parque Estadual do Cantão foi duramente atingido com os incêndios florestais no ano de 2020. Neste mesmo ano, a brigada do Naturatins contou com os esforços do Ciopaer no combate, todavia veio a necessidade de realizar os trabalhos previamente para minimizar os riscos de incêndios em áreas de difícil acesso no Parque.
O treinamento com aeronave no Cantão foi realizado
nos dias 13 e 14 de junho. Os brigadistas também realizaram manejo do fogo na
região. O objetivo é preparar a brigada do Parque Estadual do Cantão para os
possíveis incêndios florestais que podem ocorrer durante o período crítico. O
treinamento foi realizado pelo Instituto Natureza do Tocantins (Naturatins) e o
Centro de Integrado de Operações Aéreas (Ciopaer), da Secretaria de Segurança
Pública do Tocantins (SSP-TO).
Os brigadistas foram capacitados acerca dos
protocolos de segurança nas ações com o uso da aeronave, incluindo embarque e
desembarque com os equipamentos de enfrentamento aos incêndios, como sopradores
e bombas costais.
Além disso, o Naturatins, juntamente com o Ciopaer,
realizou queimas prescritas em áreas com grande quantidade de biomassa e em que
o acesso se dá somente por aeronave ou barco, sendo a segunda opção
extremamente morosa quando se trata de incêndios.
O diretor de Biodiversidade e Unidades Protegidas do Naturatins, Warley Rodrigues destaca a importância da ação conjunta e o aprendizado que é conquistado ano a ano, tornando as equipes cada vez mais preparadas e estratégicas nas ações de combate e prevenção. “Cada vez que a gente vem aqui é um novo aprendizado, o ano passado foi com combate, agora, o aprendizado é com queimas prescritas e com isso vamos criando estruturas para que a gente possa usar no combate. Isso tem um valor muito grande no manejo da Unidade sobre os incêndios”, afirmou.
“A cada ano tem uma novidade em relação às mudanças climáticas, sempre vem novos acontecimentos, mas a cada ano que passa, com cada ação que a gente desenvolve a gente adquire mais experiência. Isso é muito bom também para os brigadistas, porque eles tiveram uma experiência em combate e agora têm a experiência na utilização da aeronave para as queimas prescritas, para criar os bolsões e fazer os mosaicos dentro da área crítica no Parque (do Cantâo), que já está degradada há 20 anos”, explicou.
O comandante da operação, Gustavo Bolentini,
ressalta que, com o apoio do Ciopaer, é possível expandir as ações de prevenção
já realizadas pelo Naturatins. “Nós, do Ciopaer, estamos muito felizes por
participar dessa ação preventiva. No ano passado trabalhamos exaustivamente no
combate ao incêndio. Sabemos que o Naturatins faz alguns anos que
realiza esse trabalho preventivo, mas agora com aeronave estamos conseguindo
atingir áreas muito mais distantes e com toda certeza esse trabalho preventivo
vai ser muito mais eficaz”, afirma.
Orismar Belém da Silva está há seis anos
trabalhando como brigadista do Naturatins e relata o quão difícil é o trabalho
no Parque do Cantão, porém com os treinamentos e com uma estrutura melhor os brigadistas conseguem executar o serviço com mais segurança.
"Agora não, a gente já tem bastante
equipamentos, como sopradores, maquininhas, motosserras novas. E com a
aeronave, eu creio que ajuda muito a gente, porque começando agora, mais cedo,
quando for em agosto e setembro que são os meses mais quentes, quando a gente já fez
aceiros nos lugares mais perigosos, o fogo não vai vir com tanta força. Com isso a gente consegue neutralizar o fogo com mais fácilidade”, afirmou o brigadista Orismar Belém.
Além das ações preventivas, na operação também foi
realizado o mapeamento e reconhecimento das áreas de pouso para o helicóptero,
caso seja necessário o combate a incêndios em áreas de difícil acesso. Com esse
trabalho o diretor Warley Rodrigues acredita na assertividade da ação.
Aeronave
A aeronave utilizada nas operações foi um
helicóptero esquilo B3 plus, que dispõe de 870 cavalos de potência na
decolagem. A aeronave comporta até 6 pessoas, um piloto e mais 5 passageiros.
Mas, segundo o comandante Bolentini, em casos de operações de segurança pública
sempre é transportado um piloto, um copiloto e um operador aerotático. Em
operações como as realizadas no Parque, que são muito específicas e os pousos
são em locais restritos, sempre sobram 3 assentos disponíveis para o transporte
dos brigadistas.
Fonte: Naturatins
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