Sérgio Moreira
O
Vapor Benjamim Guimarães é um dos últimos no mundo e tem sua história
relacionada diretamente com o processo de implantação da navegação comercial no
Rio São Francisco entre a segunda metade do século 19 e meados do século 20,
participando como referência fundamental na paisagem do rio e na memória
cultural coletiva local, regional e nacional. Por recomendação da Capitania dos
Portos teve suas atividades interrompidas em 2015, desde então aguarda
recuperação de sua estrutura para retomar a atividade.
O
vapor Benjamim Guimarães é um marco pelas viagens no São Francisco
Patrimônio
de Minas Gerais desde 1985, o Vapor Benjamim Guimarães, de Pirapora, no Norte
de Minas, está passando por um processo de restauração que, em breve, permitirá
o retorno da embarcação ao Rio São Francisco. A licitação foi concluída em
outubro de 2020, e a restauração do Vapor está sendo feito por meio de um
criterioso processo, que levará de seis a oito meses para ser concluído.
Com a
proposta de tornar todo o processo transparente para os mineiros, o Instituto
Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico de Minas Gerais (Iepha-MG), está
publicando, periodicamente, a respeito das etapas de restauração do Vapor. A
primeira, divulgada em novembro, trata do início dos trabalhos, com a docagem
da embarcação das águas do São Francisco.
Publicadas de forma periódica no site do Iepha-MG, as Notas Técnicas sobre o restauro do Vapor Benjamim Guimarães vão destrinchar todo o processo pelo qual a embarcação será condicionada ao longo dos próximos meses. A primeira edição, que foi divulgada em novembro, descreve o processo de docagem do Vapor. A docagem consiste na retirada da embarcação da água para um local, conhecido como doca, onde serão feitos os procedimentos de manutenção e reparos geralmente de ordem maior, que não podem ser feitos com o barco em operação.
A docagem
da embarcação, primeira e mais complexa etapa da obra, foi concluída. A
operação foi dificultada pelo baixo nível da água do Rio São Francisco e da
fragilidade em que se encontra a embarcação, razão pela qual está impedida de
navegar há alguns anos. A última obra de restauração foi em 1986 e, ao longo
destes trinta e quatro anos, ocorreram intervenções pontuais.
Durante o processo, conforme cronograma da obra, a embarcação sofreu uma flexão na parte posterior, que será sanada e não implicará em serviços extras aos já previstos na obra em curso, que contemplará as intervenções necessárias para a conformidade da embarcação às normas vigentes, condição indispensável para sua navegabilidade.
O valor
total que será investido na recuperação do Benjamim Guimarães é de R$ 3,7
milhões dos quais R$ 74 mil devem ser aportados pelo Iepha-MG a título de
contrapartida. As obras estão sendo executadas pela empresa INC Indústria Naval
Catarinense, vencedora da licitação.
A embarcação foi construída em 1913,
pelo estaleiro norte-americano James Rees e Sons e navegou alguns anos no Rio
Amazonas sendo transferido para o Rio São Francisco a partir de 1920.
Transportou turistas pelo rio, sendo o único em funcionamento. Com capacidade
para transportar até 140 pessoas, entre tripulantes e passageiros, ao vapor é
permitido navegar em rio, lago e correnteza que não tenham ondas ou ventos
fortes. O tombamento estadual foi aprovado em 1985 com inscrição no Livro do
Tombo Arqueológico, Etnográfico e Paisagístico.
Como
características construtivas, o bem cultural é uma embarcação fluvial de popa
quadrada, com máquina à vapor de 60 cavalos de potência alimentada por lenha, e
com uma capacidade máxima de estocagem de 28 toneladas de combustível. O
sistema de propulsão é o de roda de pás localizado na popa, capaz de atingir
até 6,5 nós de velocidade máxima. O peso descarregado é de 243,42 toneladas,
podendo ainda ser acrescido de mais de 66 toneladas, possui 43,85 metros de
comprimento total e 7,96 metros de largura.
Depois
de mais de 30 anos passados de sua última reforma integral, o Vapor Benjamim
Guimarães tem a oportunidade de passar por uma nova restauração. A comunidade
de Pirapora, do Estado e do Brasil possam usufruir e voltar a contar histórias
pelo Rio São Francisco, com as viagens pelo velho Chico.
Cadastramento de propostas de execução a obras de infraestrutura
turística
Os gestores
estaduais e municipais de todo o país terão até 6 de junho para cadastrarem
suas propostas de execução de emendas parlamentares individuais (com finalidade
definida) para obras de infraestrutura turística. Os projetos deverão ser
incluídos na plataforma Mais Brasil, do Governo Federal, e serão analisados
pela Pasta até o dia 23 de agosto, data limite para a avaliação final.
“Chegou a hora de estados e
municípios inscreverem os seus projetos para que possamos retomar o turismo no
nosso país com uma infraestrutura turística qualificada e que proporcione
conforto aos nossos visitantes. Além disso, não podemos deixar de observar que
esses projetos são importantes geradores de emprego e renda para a nossa
população, que é a grande vocação do nosso setor”, pontuou o ministro do
Turismo, Gilson Machado Neto.
O Programa de Infraestrutura
Turística visa o desenvolvimento do turismo nos municípios brasileiros,
principalmente por meio de adequação da infraestrutura, de forma que permita a
expansão das atividades turísticas e a melhoria da qualidade do produto para o
turista, bem como a obtenção dos objetivos previstos no Plano Nacional de
Turismo.
Desde a criação do
Ministério do Turismo, em 2003, a pasta já destinou aproximadamente R$ 14
bilhões para obras de infraestrutura, beneficiando 4.937 municípios. Os
projetos vão desde intervenções pontuais em praças e outros atrativos
turísticos até obras de grande porte como pontes e melhorias em rodovias que
dão acesso a destinos nacionais.
AEROPORTO INTERNACIONAL DE BH ASSOCIA-SE À CÂMARA CHINES DE COMÉRCIO DO BRASIL
O Aeroporto
Internacional de BH agora é associado à Câmara
Chinesa de Comércio do Brasil. A parceria comercial é um passo
importante em direção à internacionalização dos negócios e da consolidação do
aeroporto como um hub logístico que conecta o Brasil ao mundo.
“Essa parceria é vital para que consigamos
nos aproximar das empresas chinesas. A China encontra-se em franca expansão de
seus investimentos comerciais e industriais e possui um enorme mercado
consumidor, fatores que os tornam parceiros estratégicos e vitais na iniciativa
de nos consolidarmos como um Hub de negócios e logística em Minas Gerais e no
Brasil. Com o auxílio da Câmara Chinesa, poderemos compreender melhor a cultura
do país, termos uma comunicação mais assertiva, segmentarmos os nichos de
mercado com as propostas de valor do aeroporto e, com isso, aumentarmos nossas
chances de concretizarmos bons negócios.” Aponta Vinícius Silva,
Coordenador de Inteligência de Mercado. Além da Câmara Chinesa, o Aeroporto
Internacional de BH também possui parcerias com as Câmaras da Índia, da Itália
e de Portugal.
Coluna Minas Turismo Gerais jornalista Sérgio Moreira @sergiomoreira63
Informações para sergio51moreira@bol.com.br
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