Por Paulo Roberto Pereira
O ex-diretor regional Norte
da Rede Tropical de Hotéis e gerente geral do Tropical Hotel Manaus, Antonio
Teixeira Maglione, de 62 anos, morreu no início da semana, em São Paulo, devido
a complicações decorrentes da infecção pelo Coronavírus (COVID-19).
Foto: Divulgação
Antonio Maglione ainda
estava morando em Manaus, apesar do fechamento do hotel devido a problemas
financeiros e o consequente leilão judicial que passou o controle da
instituição hoteleira para a Fametro.
A infecção do vírus se
manifestou de forma violenta na segunda semana de janeiro de 2021. Apesar de
medicado, o estado de saúde dele não era bom, o que fez a família, que é
radicada em São Paulo, providenciar a transferência em UTI aérea para a capital
paulista.
No último domingo, dia 24,
seu estado de saúde se agravou por conta de complicações pulmonares e ele veio
a falecer. Antonio Maglione deixa três filhos e um legado de grandes amigos e
admiradores em Manaus, devido à luta que travou para impedir o fechamento do
hotel.
Maglione chegou a Manaus em
2011. Como fazia parte da diretoria executiva da Rede Tropical, desembarcou na
capital amazonense com a missão de promover o fechamento do empreendimento,
cada vez mais deficitário.
Em vez de fechar, usou seu
poder de persuasão e talento nos negócios para arrumar a casa e manter o hotel
funcional. O bom relacionamento com as forças armadas e a classe política deu
nova vida ao Tropical.
Em pouco tempo, o aspecto
decadente do hotel foi mudando e ele voltou a ser procurado para grandes
eventos. “Não podemos perder negócio. Sempre é possível chegar a um acordo bom
para todos”, dizia ele.
Mas as dívidas eram maiores
que a força de vontade do gerente e dos funcionários, até que em 2018, o hotel
fechou suas portas. Uma perda irreparável para a cidade.
Agora, a pandemia leva
aquele que deixou tudo em São Paulo, sua terra natal, para ficar na história
como aquele que estendeu a vida do Tropical Hotel por mais de sete anos.
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