O Governo Federal
acompanha o planejamento da malha aérea feito pelas companhias Gol, Azul e
Latam de forma a preservar os serviços aéreos essenciais para o Brasil durante
a crise causada pela pandemia do COVID-19. Visando garantir uma malha que
continue integrando o País, o Governo buscou viabilizar ajustes para que nenhum
estado fique sem pelo menos uma ligação aérea.
Empresas, Ministério da Infraestrutura e
Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC) participaram de reunião, na
segunda-feira (23/03), que também contou com a participação do Conselho
Administrativo de Defesa Econômica (Cade). Como parte das ações da União
para o setor, há o esforço de manutenção dos aeroportos abertos ao tráfego, em
alinhamento com os governos estaduais.
O Ministro da Infraestrutura, Tarcísio
Freitas, destacou a importância do apoio estadual à operação para que o
transporte aéreo seja considerado um dos serviços essenciais a ser mantido em
pleno funcionamento.
"Por isso a importância de
mantermos os aeroportos em funcionamento e linhas aéreas disponíveis para os
estados, mesmo com a demanda reduzida. O Brasil já conta com um déficit na
balança comercial do setor de saúde e boa parte da distribuição de remédios,
vacinas, insumos e equipamentos hospitalares é feita nos porões da aviação
comercial", reforçou Tarcísio.
O Diretor-Presidente da ANAC, Juliano
Noman, também esclarece a importância desse trabalho para o setor de aviação
civil: “As companhias aéreas em muitos países responderam ao COVID suspendendo
completamente as suas operações, o que prejudica fortemente a economia e até a
saúde da população. Trabalhamos intensamente junto às empresas para
possibilitar a manutenção de uma rede doméstica capaz de garantir um serviço
aéreo mínimo no Brasil".
Azul
A Azul
anunciou hoje, 24, em comunicado à imprensa que manterá, em quantidade
reduzida, voos domésticos entre amanhã até o dia 30 de abril. De acordo com a
companhia áerea, serão operados 70 voos diários para 25 cidades, em operações
essenciais para aqueles que necessitam viajar.
Além disso, a Azul manterá voos que também irão
possibilitar o transporte de cargas, como medicamentos e órgãos, e de
profissionais da saúde que trabalham diretamente no combate à pandemia da
COVID-19. O planejamento contou com o apoio da Anac, que garantirá a
infraestrutura necessária para a operação nestes aeroportos.
"As viagens aéreas são parte integrante da
infraestrutura de qualquer país, especialmente em um de dimensões continentais
como o Brasil", afirma John Rodgerson, presidente da companhia,
complementando apoiar "irrestritamente as recomendações das autoridades de
saúde brasileiras, que determinam que as pessoas permaneçam em casa".
Gol
Seguindo os protocolos
de saúde a tendência do mercado de aviação, a Gol ajustou sua malha aérea entre
os dias dia 28 de março e 03 de maio. Durante esse período, a companhia manterá
as principais operações para as capitais, suspendendo os voos regionais e
internacionais.
A nova
malha aérea temporária contará com 50 voos diários. Entretanto, a empresa
afirmou que fará voos extras para atender eventuais demandas específicas em
destinos regionais e internacionais. Todos os voos terão como origem o aeroporto
internacional de São Paulo, em Guarulhos (GRU).
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