Foto: Max Haack/Secom Salvador
A GL Events, concessionária do novo
Centro de Convenções de Salvador, localizado na orla da Boca do Rio, avalia que
o equipamento vai influenciar na movimentação da cifra de R$ 500 milhões anuais
nos mais de 50 setores da economia ligados ao turismo. A empresa francesa que
irá administrar o equipamento construído pela Prefeitura pelos próximos 25
anos, estima que 100 novos empregos sejam gerados diretamente, mas esse número
pode chegar a pelo menos, dois mil temporários a depender do evento
A Prefeitura de Salvador investiu
R$130 milhões na construção do equipamento, que possui mais de 34 mil m² de
área construída em um terreno de pouco mais de 103 mil m², com capacidade para
até 14 mil pessoas simultaneamente em congressos e convenções e até 20 mil
pessoas em shows na área externa. Além disso, mais de R$25 milhões serão
investidos pela empresa concessionária, entre pagamento de outorga,
equipamentos e instalações.
"Não temos dúvidas de que os
resultados na economia da cidade serão os melhores possíveis. Todos estão
otimistas, desde os donos de hotéis, bares e restaurantes até o taxista, o
comerciante informal. A instalação do Centro de Convenções na cidade traz toda
uma atenção ao setor de negócios e movimenta muito além do próprio
entorno", afirmou o titular da Secretaria Municipal de Cultura e Turismo
(Secult), Claudio Tinoco.
"Além disso, já temos mais de 30 eventos sendo prospectados
para o novo Centro de Convenções nos primeiros anos. Em breve, Salvador poderá
retomar o patamar que já alcançou no turismo de negócios e eventos, quando
chegou a ocupar a terceira posição no país neste segmento", acrescentou o
secretário.
Trade - O trade turístico de Salvador já espera o surgimento de novos
negócios e empregos. O presidente da Federação Baiana de Hospedagem e
Alimentação (Febha), Silvio Pessoa, sonha com os impactos na economia da cidade
com os novos eventos e congressos que irão acontecer no Centro de Convenções e
equilibrar as contas no período de baixa estação.
Ele lembrou que o setor perdeu R$1,6 bilhão apenas em diárias
desde que o antigo centro de convenções, gerido pelo governo do Estado e que
sofreu desabamento parcial em 2016, parou de funcionar. A quantia não inclui os
prejuízos amargados por outros 50 setores da economia relacionados ao turismo
(a estimativa de perda total é de R$2 bilhões). “Portanto, esse novo
equipamento é um sonho do trade que se realiza. Felizmente, o prefeito ACM Neto
ouviu as nossas reivindicações, porque do Estado nós estávamos órfãos, afirmou
Sílvio Pessoa”.
Luciano Lopes, presidente da seccional baiana da Associação
Brasileira da Indústria de Hotéis (ABIH-BA), estima que, com o funcionamento do
novo Centro de Convenções, a taxa de ocupação nos hotéis cresça em torno de 10%
nos dois primeiros anos de funcionamento e de 21 a 22% nos dois anos seguintes.
Segundo a ABIH, 25 hotéis fecharam nos últimos cinco anos, inclusive dois
empreendimentos de grande porte, com as perdas da cidade no turismo de negócios
e eventos. O Bahia Othon Palace, que tinha 284 apartamentos e contava com cerca
de 200 funcionários, foi um deles.
“O novo Centro de Convenções é um equipamento muito importante
porque restabelece o turismo de negócios para Salvador, que é um segmento
importante e vinha reduzindo a cada ano. Para uma cidade é fundamental,
sobretudo para uma cidade de sol e praia como Salvador, que acaba tendo uma
sazonalidade muito grande no turismo. Portanto, o segmento de negócios vem
justamente para ampliar a taxa de ocupação e melhorar a média e baixa estação”,
afirmou Luciano Lopes, informando que a capital conta atualmente com 410 hotéis
e 40 mil leitos. (Secom Salvador)
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