Maior plataforma
de lançamento do cinema brasileiro contemporâneo chega a sua 23ª edição em
janeiro 2020 na histórica cidade mineira com oferta de programação intensa e
gratuita, que inclui exibição de filmes, debates, oficinas e atrações
artísticas que vão agradar toda família
O programa Cinema
sem Fronteiras inaugura sua temporada 2020 e abre o calendário audiovisual
brasileiro com a realização da 23ª
edição da Mostra de Cinema de Tiradentes, que
ocupará a histórica cidade mineira de 24 de janeiro
a 1o de fevereiro de
2020.
Ao longo de nove dias de evento, o
público é convidado a conferir e participar de uma programação intensa
e diversificada oferecida gratuitamente ao público, que
inclui a exibição de mais de 100 filmes
brasileiros em pré-estreias nacionais e mostras temáticas, homenagens, realização
do 23º Seminário do Cinema
Brasileiro – composto por debates, mesas temáticas,
diálogos audiovisuais, além da série Encontro com os filmes, que reúne anualmente
críticos de cinema, acadêmicos, pesquisadores, diretores, profissionais do
audiovisual, imprensa e público.
Integram também a
programação do evento ações formativas -
visando à formação e capacitação para o mercado de cinema e criando
oportunidades para novas gerações de atores e realizadores - com oficinas para adultos e jovens que
certificarão mais de 200 alunos;a Mostrinha de Cinema, que garante muita
diversão para a criançada e toda família em sessões de longas e
curtas-metragens voltadas ao público infanto-juvenil e presença da Turma
do Pipoca; a Mostra Jovem, que reúne curtas-metragens
que dialogam com questões e experiências adolescentes e ainda atrações
artísticas - exposições, cortejo
da arte, e ainda shows e performances com artistas de destaque
na cena mineira e nacional, relacionados de alguma forma às temáticas
e debates propostos durante toda a programação. Estima-se que em 2020 o evento
beneficiará um público de mais de 35 mil pessoas.
O público assiste filmes pelas praças
de Tiradentes
A cidade receberá
toda infraestrutura desenvolvida especialmente para o evento. Serão
instalados quatro espaços de
exibição: o Cine-Praça,
no Largo das Fôrras (espaço para mais de 1.000 espectadores); o Complexo de
Tendas, que sedia a instalação do Cine-Tenda (com 600 lugares) e o Cine-Lounge (500 pessoas); e o Cine-Teatro (com plateia de 120 lugares),
que funciona no Centro
CulturalSesiminas Yves Alves, onde é também instalada a sede
do evento.
O turista pode visitar as belezas do barro mineiro
ROTEIRO DA ESTRADA REAL
Além de desfrutar da programação da 23ª
Mostra Tiradentes que promete agradar públicos diversos e de todas as idades,
os turistas poderão conhecer histórias, personalidades, curiosidades e o
roteiro turístico que integra a Estrada Real.
A cidade de
Tiradentes foi tombada pelo Patrimônio Histórico e Artístico Nacional em 1938.
A preservação de seu centro histórico é a maior atração para turistas
brasileiros e estrangeiros que se encantam com seus becos e ruas, igrejas e
edificações características, como o Largo das Fôrras, a Igreja do Rosário dos Pretos e o Chafariz de São José.
As alternativas
para quem visita Tiradentes, ao pé da Serra de São José, vão de passeios intimistas
pelo conjunto arquitetônico colonial a aventuras pelas diversas trilhas
ecológicas. Destacam-se ainda a extensa variedade do artesanato oferecido pelas
suas lojas e a diversificada culinária, como mostram os pratos típicos ou
sofisticados que constam nos cardápios de seus muitos restaurantes.
Pelas ruas as
lojinhas de artesanato oferecem produtos de ferro, estanho, madeira,
colchas e bordados feitos por artesãos da região. Na gastronomia, restaurantes
diversos – de comida mineira a italiana, misturam sabores e arte. Tudo isto com
pitada de cultura brasileira.
No século XVIII, Tiradentes, então Vila São
José, foi um dos principais pontos da atividade mineradora de Minas Gerais, na
rota do ouro e do diamante, no caminho da velha Estrada Real, hoje um dos
principais projetos turísticos em execução no Brasil.
A Estrada Real tinha a função de via
oficial de acesso às minas de ouro e diamante, com vistas à fiscalização
direta da Coroa Portuguesa sobre a produção das Minas Gerais, evitando o
contrabando e facilitando a cobrança dos impostos que terminaram por provocar a
Inconfidência Mineira.
São mais de 1.600 quilômetros de extensão,
que combinam patrimônio, natureza e cultura. São dois caminhos oficiais: o Caminho
Velho corta o mapa de Minas desde Diamantina até Paraty, no estado do
Rio; o Caminho Novo chega até o porto do Rio de Janeiro. São mais de
170 municípios, a maior parte deles localizados em Minas.
Agora é só arrumar
as malas, reunir animação e disposição para assistir a dezenas de filmes
inéditos, curtir e participar da programação intensa e abrangente que
reúne cinema, teatro,
circo, música, literatura, dança, artes plásticas e visuais no cenário cinematográfico
e singular de Tiradentes.
SOBRE A MOSTRA DE CINEMA DE TIRADENTES
É o maior evento dedicado ao cinema
brasileiro contemporâneo em formação, reflexão, exibição e difusão realizado no
país. Apresenta, exibe e debate, em edições anuais, o que há de mais inovador e
promissor na produção audiovisual brasileira, em pré-estreias nacionais, de
longas e curtas – uma trajetória rica e abrangente que ocupa lugar de destaque
no centro da história do audiovisual e no circuito de festivais realizados no
Brasil.
Trata-se de um programa audiovisual que reúne
todas as manifestações da arte numa programação cultural abrangente oferecida
gratuitamente ao público que prevê a exibição de mais de 100 filmes brasileiros
em pré-estreias nacionais, mais de 40 sessões de cinema, homenagens, oficinas,
debates, seminário, mostrinha de cinema, exposições, lançamento de
livros, teatro de rua, shows musicais, performance audiovisual, encontros e
diálogos audiovisuais e atrações artísticas.
TODA PROGRAMAÇÃO É OFERECIDA GRATUITAMENTE AO PÚBLICO. Acompanhe a 23ª
Mostra de Cinema de Tiradentes e o programa Cinema Sem
Fronteiras 2020.
Participe da Campanha
#EufaçoaMostra,
No Twitter: @universoprod,
No Facebook: universoproducao / mostratiradentes,
No
Instagram: @universoproducao,
No LinkedIn: Universo Produção
Casa de JK em Diamantina contém rico
acervo sobre a vida do ex-presidente e da história mineira
Um ícone de Diamantina, no Vale do Jequitinhonha, voltou à cena
urbana para difundir cultura, fortalecer a história e preservar a memória do
filho ilustre. A Casa de
Juscelino, depois de ficar seis meses fechada no ano
passado, reabriu as portas. O motivo do fechamento foi à falta de recursos e
repasse de verbas. Segundo o diretor-presidente Serafim Jardim, a casa é uma
história a ser preservada, o casarão localizado na Rua São Francisco, 241, no
Centro de Diamantina, da cidade reconhecida como
Patrimônio da Humanidade, título concedido há 20 anos pela Organização das
Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco). A CEMIG fez um
convênio cultural para apoiar o funcionamento da Casa JK.
Juscelino Kubitschek nasceu em 1902, morreu em acidente de automóvel
em 1976, foi presidente do Brasil (1956-1961), governador do estado (1951-1955)
e prefeito de Belo Horizonte (1940-1945).
O imóvel de propriedade do estado reúne museu, biblioteca, espaço
de convívio ao ar livre e guarda parte da história de JK. Pintada de branco com
janelas e portas azuis, aonde se chega subindo uma ladeira pavimentada com
pedras capistranas, típicas de Diamantina, a Casa de JK está bem conservada. E sempre
em movimento, com grupos de seresta se apresentando no interior e na calçada.
Para abrigar todo o acervo, está dividida em duas partes, interligadas pela
Praça Seresteiro Boanerges Meira. Nesse espaço, fica uma jabuticabeira, na qual
o menino Nonô, apelido de infância de JK, se deliciava com a fruta preferida.
Com o tempo, a árvore morreu e, para não ficar na saudade, Serafim Jardim decidiu conservar o tronco, o qual foi
envernizado, em vez de substituí-la por outra. Ficou parecendo uma escultura.
Serafim Jardim, que era amigo e secretário de JK, disse que o
ex-presidente nasceu na Rua Direita, 46, morou na casa que hoje leva seu nome
dos 3 aos 19 anos. Para o diretor-presidente, preservar a casa é mais do que
uma missão, pois, 13 dias antes de morrer, JK lhe pediu que comprasse o imóvel,
então em poder de uma família, e zelasse por ele.
O visitante pode ver o pequeno quarto onde JK dormia na infância e
uma foto de quando ele, já adulto, a revisitou e sentou na cama. Na parede, foi
instalado um quadro com uma frase pinçada de seus escritos: "Meu quarto
era acanhado. Não comportava mais que a cama, uma minúscula mesa, feita em
caixote, com a respectiva cadeira arranjada não sei onde. E aí, de fato, às
seis horas da manhã, eu começava a estudar".
Serafim Jardim, amigo de JK que preserva a casa do ex
–presidente
Perto dali, há um armário, sem um prego, só com encaixes, doado pela ex-primeira dama Sarah Kubitschek (1909-1996) e feito pelo bisavô de JK, o marceneiro Jan Nepomusky Kubitschek, conhecido como João Alemão e natural da região da Boêmia, na República Tcheca.
Perto dali, há um armário, sem um prego, só com encaixes, doado pela ex-primeira dama Sarah Kubitschek (1909-1996) e feito pelo bisavô de JK, o marceneiro Jan Nepomusky Kubitschek, conhecido como João Alemão e natural da região da Boêmia, na República Tcheca.
Em outras partes da residência, há, nas paredes, desenhos, a
lápis, do arquiteto modernista e urbanista Lúcio Costa (1902-1998), datados de
1924, e outros com esboços de Brasília. Chamam atenção o belo retrato da mãe, a
professora Júlia Kubitschek (1873-1971) e a cozinha com o fogão a lenha e
utensílios domésticos.
"As pessoas entram no quarto de Juscelino e ficam muito tempo
sentadas na cama. Alguns ficam comovidos", conta Jardim. No casarão,
trabalham cinco funcionários. Impossível não destacar a importância do
monumento. Um giro pela casa permite descobertas.
Consultório do médico JK em exposição
No anexo, nos fundos, construído em
1994, está o primeiro consultório de JK, formado na Faculdade de Medicina da
UFMG em 1927, na capital. Num canto, um aparelho de anestesia, de 1930, doado por
um particular de São Paulo (SP); no outro, o equipamento para
eletrocardiograma, do mesmo ano; e, pendurado, um jaleco branco. Na sala ao
lado, estudantes e pesquisadores têm espaço para estudar em obras doadas pela
ex-primeira-dama.
Quarto de JK, com a mesa onde estudava para ser médico
Na biblioteca, pode ser visto ainda um
retrato de JK, a óleo, pintado por Di
Cavalcanti (1897-1976), que apresenta uma curiosidade.
"A obra foi feita em 1952, quando Juscelino ainda era governador de Minas.
“Mas ele já traz no peito a faixa de presidente da República, o
que soa como premonição", diz Jardim. O quadro foi doado à instituição, em
2001, peles irmãos Walduck Wanderley e Saulo Wanderley e por Sinval de Moraes.
Coluna MINAS TURISMO GERAIS Jornalista
Sérgio Moreira informações para
sergio51moreira@bol.com.br
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