quinta-feira, 9 de janeiro de 2020

23ª MOSTRA DE CINEMA DE TIRADENTES ABRE CALENDÁRIO AUDIOVISUAL BRASILEIRO DE 2020

Por sérgio moreira

Maior plataforma de lançamento do cinema brasileiro contemporâneo chega a sua 23ª edição em janeiro 2020 na histórica cidade mineira com oferta de programação intensa e gratuita, que inclui exibição de filmes, debates, oficinas e atrações artísticas que vão agradar toda família


O programa Cinema sem Fronteiras inaugura sua temporada 2020 e abre o calendário audiovisual brasileiro com a realização da 23ª edição da Mostra de Cinema de Tiradentesque ocupará a histórica cidade mineira de 24 de janeiro a 1o de fevereiro de 2020.
Ao longo de nove dias de evento, o público é convidado a conferir e participar de uma programação intensa e diversificada oferecida gratuitamente ao público, que inclui a exibição de mais de 100 filmes brasileiros em pré-estreias nacionais e mostras temáticas, homenagens, realização do 23º Seminário do Cinema Brasileiro composto por debates, mesas temáticas, diálogos audiovisuais, além da série Encontro com os filmes, que reúne anualmente críticos de cinema, acadêmicos, pesquisadores, diretores, profissionais do audiovisual, imprensa e público.

Integram também a programação do evento ações formativas - visando à formação e capacitação para o mercado de cinema e criando oportunidades para novas gerações de atores e realizadores - com oficinas para adultos e jovens que certificarão mais de 200 alunos;a Mostrinha de Cinema, que garante muita diversão para a criançada e toda família em sessões de longas e curtas-metragens voltadas ao público infanto-juvenil e presença da Turma do PipocaMostra Jovem, que reúne curtas-metragens que dialogam com questões e experiências adolescentes e ainda atrações artísticas - exposições, cortejo da arte, e ainda shows e performances com artistas de destaque na cena mineira e nacional, relacionados de alguma forma às temáticas e debates propostos durante toda a programação. Estima-se que em 2020 o evento beneficiará um público de mais de 35 mil pessoas.

O público assiste filmes pelas praças de Tiradentes  

A cidade receberá toda infraestrutura desenvolvida especialmente para o evento. Serão instalados quatro espaços de exibição: o Cine-Praça, no Largo das Fôrras (espaço para mais de 1.000 espectadores); o Complexo de Tendas, que sedia a instalação do Cine-Tenda (com 600 lugares) e o Cine-Lounge (500 pessoas); e o Cine-Teatro (com plateia de 120 lugares), que funciona no Centro CulturalSesiminas Yves Alves, onde é também instalada a sede do evento.


O turista pode visitar as belezas do barro mineiro

ROTEIRO DA ESTRADA REAL

Além de desfrutar da programação da 23ª Mostra Tiradentes que promete agradar públicos diversos e de todas as idades, os turistas poderão conhecer histórias, personalidades, curiosidades e o roteiro turístico que integra a Estrada Real.
A cidade de Tiradentes foi tombada pelo Patrimônio Histórico e Artístico Nacional em 1938. A preservação de seu centro histórico é a maior atração para turistas brasileiros e estrangeiros que se encantam com seus becos e ruas, igrejas e edificações características, como o Largo das Fôrras, a Igreja do Rosário dos Pretos e o Chafariz de São José.

As alternativas para quem visita Tiradentes, ao pé da Serra de São José, vão de passeios intimistas pelo conjunto arquitetônico colonial a aventuras pelas diversas trilhas ecológicas. Destacam-se ainda a extensa variedade do artesanato oferecido pelas suas lojas e a diversificada culinária, como mostram os pratos típicos ou sofisticados que constam nos cardápios de seus muitos restaurantes.

Pelas ruas as lojinhas de artesanato oferecem produtos de ferro, estanho, madeira, colchas e bordados feitos por artesãos da região. Na gastronomia, restaurantes diversos – de comida mineira a italiana, misturam sabores e arte. Tudo isto com pitada de cultura brasileira. 
No século XVIII, Tiradentes, então Vila São José, foi um dos principais pontos da atividade mineradora de Minas Gerais, na rota do ouro e do diamante, no caminho da velha Estrada Real, hoje um dos principais projetos turísticos em execução no Brasil.
A Estrada Real tinha a função de via oficial de acesso às minas de ouro e diamante, com vistas à fiscalização direta da Coroa Portuguesa sobre a produção das Minas Gerais, evitando o contrabando e facilitando a cobrança dos impostos que terminaram por provocar a Inconfidência Mineira.
São mais de 1.600 quilômetros de extensão, que combinam patrimônio, natureza e cultura. São dois caminhos oficiais: o Caminho Velho corta o mapa de Minas desde Diamantina até Paraty, no estado do Rio; o Caminho Novo chega até o porto do Rio de Janeiro. São mais de 170 municípios, a maior parte deles localizados em Minas.
Agora é só arrumar as malas, reunir animação e disposição para assistir a dezenas de filmes inéditos, curtir e participar da programação intensa e abrangente que reúne cinema, teatro, circo, música, literatura, dança, artes plásticas e visuais no cenário cinematográfico e singular de Tiradentes.

SOBRE A MOSTRA DE CINEMA DE TIRADENTES

É o maior evento dedicado ao cinema brasileiro contemporâneo em formação, reflexão, exibição e difusão realizado no país. Apresenta, exibe e debate, em edições anuais, o que há de mais inovador e promissor na produção audiovisual brasileira, em pré-estreias nacionais, de longas e curtas – uma trajetória rica e abrangente que ocupa lugar de destaque no centro da história do audiovisual e no circuito de festivais realizados no Brasil.
Trata-se de um programa audiovisual que reúne todas as manifestações da arte numa programação cultural abrangente oferecida gratuitamente ao público que prevê a exibição de mais de 100 filmes brasileiros em pré-estreias nacionais, mais de 40 sessões de cinema, homenagens, oficinas, debates, seminário, mostrinha de cinema, exposições, lançamento de livros, teatro de rua, shows musicais, performance audiovisual, encontros e diálogos audiovisuais e atrações artísticas.
TODA PROGRAMAÇÃO É OFERECIDA GRATUITAMENTE AO PÚBLICO. Acompanhe a 23ª Mostra de Cinema de Tiradentes e o programa Cinema Sem Fronteiras 2020.

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Casa de JK em Diamantina contém rico acervo sobre a vida do ex-presidente e da história mineira
Um ícone de Diamantina, no Vale do Jequitinhonha, voltou à cena urbana para difundir cultura, fortalecer a história e preservar a memória do filho ilustre. A Casa de Juscelino, depois de ficar seis meses fechada no ano passado, reabriu as portas. O motivo do fechamento foi à falta de recursos e repasse de verbas. Segundo o diretor-presidente Serafim Jardim, a casa é uma história a ser preservada, o casarão localizado na Rua São Francisco, 241, no Centro de Diamantina, da cidade reconhecida como Patrimônio da Humanidade, título concedido há 20 anos pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco). A CEMIG fez um convênio cultural para apoiar o funcionamento da Casa JK.

Juscelino Kubitschek nasceu em 1902, morreu em acidente de automóvel em 1976, foi presidente do Brasil (1956-1961), governador do estado (1951-1955) e prefeito de Belo Horizonte (1940-1945).

O imóvel de propriedade do estado reúne museu, biblioteca, espaço de convívio ao ar livre e guarda parte da história de JK. Pintada de branco com janelas e portas azuis, aonde se chega subindo uma ladeira pavimentada com pedras capistranas, típicas de Diamantina, a Casa de JK está bem conservada. E sempre em movimento, com grupos de seresta se apresentando no interior e na calçada. Para abrigar todo o acervo, está dividida em duas partes, interligadas pela Praça Seresteiro Boanerges Meira. Nesse espaço, fica uma jabuticabeira, na qual o menino Nonô, apelido de infância de JK, se deliciava com a fruta preferida. Com o tempo, a árvore morreu e, para não ficar na saudade, Serafim  Jardim decidiu conservar o tronco, o qual foi envernizado, em vez de substituí-la por outra. Ficou parecendo uma escultura.
Serafim Jardim, que era amigo e secretário de JK, disse que o ex-presidente nasceu na Rua Direita, 46, morou na casa que hoje leva seu nome dos 3 aos 19 anos. Para o diretor-presidente, preservar a casa é mais do que uma missão, pois, 13 dias antes de morrer, JK lhe pediu que comprasse o imóvel, então em poder de uma família, e zelasse por ele.
O visitante pode ver o pequeno quarto onde JK dormia na infância e uma foto de quando ele, já adulto, a revisitou e sentou na cama. Na parede, foi instalado um quadro com uma frase pinçada de seus escritos: "Meu quarto era acanhado. Não comportava mais que a cama, uma minúscula mesa, feita em caixote, com a respectiva cadeira arranjada não sei onde. E aí, de fato, às seis horas da manhã, eu começava a estudar".


Serafim Jardim, amigo de JK que preserva a casa do ex –presidente

Perto dali, há um armário, sem um prego, só com encaixes, doado pela ex-primeira dama Sarah Kubitschek (1909-1996) e feito pelo bisavô de JK, o marceneiro Jan Nepomusky Kubitschek, conhecido como João Alemão e natural da região da Boêmia, na República Tcheca.
Em outras partes da residência, há, nas paredes, desenhos, a lápis, do arquiteto modernista e urbanista Lúcio Costa (1902-1998), datados de 1924, e outros com esboços de Brasília. Chamam atenção o belo retrato da mãe, a professora Júlia Kubitschek (1873-1971) e a cozinha com o fogão a lenha e utensílios domésticos.
"As pessoas entram no quarto de Juscelino e ficam muito tempo sentadas na cama. Alguns ficam comovidos", conta Jardim. No casarão, trabalham cinco funcionários. Impossível não destacar a importância do monumento. Um giro pela casa permite descobertas.


Consultório do médico JK em exposição

No anexo, nos fundos, construído em 1994, está o primeiro consultório de JK, formado na Faculdade de Medicina da UFMG em 1927, na capital. Num canto, um aparelho de anestesia, de 1930, doado por um particular de São Paulo (SP); no outro, o equipamento para eletrocardiograma, do mesmo ano; e, pendurado, um jaleco branco. Na sala ao lado, estudantes e pesquisadores têm espaço para estudar em obras doadas pela ex-primeira-dama.



Quarto de JK, com a mesa onde estudava para ser médico


Na biblioteca, pode ser visto ainda um retrato de JK, a óleo, pintado por Di Cavalcanti (1897-1976), que apresenta uma curiosidade. "A obra foi feita em 1952, quando Juscelino ainda era governador de Minas.

“Mas ele já traz no peito a faixa de presidente da República, o que soa como premonição", diz Jardim. O quadro foi doado à instituição, em 2001, peles irmãos Walduck Wanderley e Saulo Wanderley e por Sinval de Moraes.

Coluna MINAS TURISMO GERAIS Jornalista Sérgio Moreira  informações para sergio51moreira@bol.com.br


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