Turismo se
consolida como um dos pilares para a recuperação da economia no Brasil.
Crédito: Roberto Castro/MTur
Seguindo a tendência de ser um dos
setores de destaque em 2019, o Turismo registrou crescimento em outubro, de
acordo com a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo
(CNC). Em outubro deste ano, o setor faturou R$ 20,3 bilhões, alcançando a
segunda alta consecutiva no semestre. O resultado é 8,4% superior ao registrado
em setembro e 8,1% maior do que o aferido outubro de 2018. Os dados são do
Índice Cielo de Vendas do Turismo da CNC (ICV-Tur-CNC), pesquisa da
Confederação que tem como base as taxas de variação da pesquisa da Cielo.
Em outubro, a atividade turística
Hospedagem e Alimentação apresentou o melhor desempenho nas vendas, com quase
R$ 13 bilhões de faturamento - crescimento de 3,6% sobre setembro. O segmento
foi responsável por mais da metade do montante das vendas de todos os setores
turísticos medidos em outubro (64,1%). O bom desempenho da atividade foi puxado
por Restaurantes e Similares - R$ 10,821 bilhões-, com alta de 4,7% em relação
ao último mês.
Os números reforçam o protagonismo do
turismo como um dos pilares para a recuperação da economia brasileira. Os
resultados do setor fazem de 2019 o melhor ano do setor desde a criação do
Ministério do Turismo, em 2003. De acordo com a CNC, entre maio e julho deste
ano, o turismo gerou, principalmente nos setores de alimentação e alojamento,
5,8% a mais de empregos no país em relação ao mesmo período de 2018. Também
houve, pelo turismo, a criação de mais de 25 mil novos postos de trabalho em
julho na comparação com o mesmo período em 2018. Ainda de acordo com dados da
Confederação, nos primeiros sete meses de 2019, o faturamento do turismo
atingiu R$ 136, 7 milhões, o maior resultado dos últimos quatro anos.
A isenção de vistos para países
estratégicos também gerou bons números para o Brasil. Em julho, após liberação
de vistos para Austrália, Canadá, EUA e Japão, os gastos de estrangeiros no
país cresceram mais de 43% em relação a julho de 2018 (US$ 598 milhões). Com
exceção de 2014, quando o país sediou a Copa do Mundo, foi o maior aumento das
despesas de viajantes no Brasil dos últimos 16 anos.
Ainda sobre a isenção de vistos, de
acordo com levantamento do grupo Amadeus, uma das maiores empresas de
tecnologia e viagens do mundo, os números de reservas confirmadas para o
período de janeiro a setembro 2020 por turistas do canadenses australianos,
japoneses e norte-americanos. O maior crescimento está na quantidade de
reservas efetuadas para o mês de junho de 2020 por esses quatro países juntos:
158% a mais em relação ao mesmo mês de 2019. Na mesma projeção, a segunda
melhor média para o ano que vem ficou em julho, com índice de crescimento de
148%, seguido de 104% a mais de reservas confirmadas para setembro; 118% em
maio; 54% em agosto e 42% em março de 2020.
Outro dado positivo: de acordo com a
agência de viagens online Expedia, de janeiro a junho, a procura pelo Brasil
cresceu 30%, sendo que 77% das buscas foram feitas por brasileiros. Na
conectividade aérea, o país assiste à crescente chegada de low costs. Hoje,
quatro delas já operam voos ao Brasil: Sky Airlines, Norwegian Air, Flybondi e
Jetsmart. Com isso, conforme o IBGE, de janeiro a setembro, o preço dos
bilhetes caiu 16,8%, item não-alimentício com a maior redução no período.
Para o ministro Marcelo Álvaro Antônio,
o turismo, que ocupa papel prioritário na agenda federal, é uma das molas
propulsoras da economia. Para ele, os números são prova de que as ações
adotadas estão gerando resultados. “O presidente Jair Bolsonaro é um entusiasta
do setor e entende a importância do turismo para o nosso país. Com as medidas
adotadas pelo MTur, estamos avançando focados em transformar as potencialidades
do Brasil em realidade”, disse.
FIM DE ANO - Segundo o ICV-Tur-CNC, a
tendência é de alta nas vendas do setor neste fim de ano. Para José Roberto
Tadros, presidente da Confederação, as atividades turísticas têm se beneficiado
da atual conjuntura econômica. “O quadro tem sido benigno para as empresas das
atividades ligadas ao turismo. O consumo vem sendo alavancado por fatores como
13º salário, férias e FGTS. Além disso, os juros em declínio e preços estáveis
ajudam a impulsionar os serviços turísticos”, avalia Tadros. (Fonte:
Ascom/MTur)
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