A música pergunta O que que a baiana tem? Eu respondo, indo um pouco mais além. Não só a baiana, mas o povo, a música, o gingado, o tempero, a Bahia e a sua capital, Salvador, todos têm uma verdadeira magia: encantar quem decide aventurar-se pela cidade e se deixar levar pela atmosfera leve do lugar.
Foi com
essa certeza que os integrantes da seccional da Abrajet Bahia resolveram, mais
uma vez, realizar entre os dias 22 e 25 de agosto, o II Encontro Internacional
de Jornalistas de Turismo, nomeado “Na terra e no ar, muita história pra contar”,
evento que vem se superando a cada edição, e deixando para os demais estados a
certeza de que encontrou e fixou a sua residência oficial.
Foto: Luiz Pires
A Abrajet
local foi feliz em tudo. Dos painéis escolhidos aos lugares visitados, os
jornalistas tiveram a oportunidade de ver, sentir e alargar seus conhecimentos.
Diversas atrações e pontos turísticos foram apresentados, mas, certamente ficou
guardada, num cantinho especial do coração, a visita ao Memorial Irmã Dulce,
onde constatou-se todo o desprendimento, generosidade e humildade daquele ser
iluminado, cujas ações na terra, aliados aos milagres atribuídos à ela, será
canonizada no dia 13 de outubro, firmando-se como a primeira santa brasileira da
nossa época, com o nome de ‘Santa Dulce dos Pobres’.
O Fasano também
deixou sua marca. Símbolo da arquitetura baiana, a sede do antigo Jornal A
Tarde, deu lugar ao imponente Hotel Fasano. Debruçado sobre a Baía de Todos os
Santos, o hotel, que passou por longa reforma, se consolidou como o principal
ícone da Praça Castro Alves. Especializado em bem receber os hóspedes mais
criteriosos, o staff conseguiu
impressionar o grupo de jornalistas, prestando uma recepção de excelência,
oportunidade em que os abrajeteanos conheceram o requinte do seu interior e
provaram a sofisticada culinária que traz o selo Fasano.
Pegando
carona na 50ª Regata Aratu/Maragogi, que já se estabeleceu como uma das mais
tradicionais regatas do País, os jornalistas, aconchegados a bordo de um
catamarã, cruzaram a Baía de Todos os Santos, vislumbrando toda a sua
exuberância.
Jornalistas acompanhando a Regata Aratu/Maragogipe.
Depois de curtirem a beleza azul do mar, a caravana ancorou em Cachoeira/BA. Localizada às margens do Rio Paraguaçu, a 120 km de Salvador, a cidade é considerada como uma das que mais preservaram a sua identidade cultural com o passar dos anos, o que a faz um dos principais roteiros turísticos históricos do Estado.
Foto: João Ramid
A opulência do seu casario, das suas igrejas e museus, levou a cidade a
alcançar o status de "Cidade
Monumento Nacional pelo Instituto do Patrimônio Histórico e
Artístico Nacional, IPHAN, que pôde ser conferido,
oportunamente, pelo grupo. Após degustarem a gastronomia cachoeirense, os
jornalistas, acompanhados do secretário de Cultura e Turismo do Município, Cleydson
do Rosário, passaram uma gostosa tarde que entrou noite adentro, percorrendo
ruas e becos, e apreciando a beleza e a história do lugar.
Mas, seguramente,
um momento inesquecível, aconteceu na noite de sexta-feira. Depois de longo dia
de palestras, visitação às obras do Centro de convenções da Bahia, previsto
para inaugurar em dezembro, de conhecerem e provarem as delícias do Ceasinha,
mercado superlimpo do Rio Vermelho, os abrajeteanos foram surpreendidos com a
apresentação do grupo carnavalesco baiano, Paraoano Sai Milhó.
Ao som de suas canções, recheadas das antigas marchinhas momescas, frevos, axés e afoxés, os integrantes do conjunto arrebataram os jornalistas para o centro do mercado, que entorpecidos com a musicalidade, transformaram o espaço num caldeirão efervescente de gingados suados e ritmos.
Foto: Luiz Pires
Afinal, de
animação o baiano entende bem. Acho que foi pensando nisso, que a Abrajet
Bahia, capitaneada pelo arretado, Gorgônio Loureiro, nem titubeou ao escolher
dentre as apresentações o melhor que a Bahia tem. E ofereceu, na sua
integralidade, a alegria, que é a marca registrada da Bahia. E assim, a gente
se completa, enchendo de alegria a praça e o poeta. De todos os santos,
encantos e axé, sagrado e profano o baiano é.... e assim, a gente se completa.
Axé!
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