Coluna
Minas Turismo Gerais jornalista Sérgio Moreira
Entrada pela rua Augusto de Lima
Um dos principais pontos turísticos de Belo Horizonte completa 90 anos.
O Mercado Central, localizado no centro da capital mineira atrai por dia cerca
de 40 mil pessoas, que circulam pelos corredores que abriga 400 lojas, diversas
de produtos alimentícios, bebidas, artesanato e muito mais. Tem que conhecer a
magia do Mercado Central, para sentir o clima do local, que é sensacional, onde
a mineiridade está presente.
Belo Horizonte tinha apenas 31 anos quando um prefeito empreendedor
resolveu reunir, em um só local, os produtos destinados ao abastecimento dos
47.000 habitantes da jovem cidade. Foi assim que o Mercado Central nasceu, no
dia 7 de setembro de 1929: unindo as feiras da Praça da Estação e da praça da
atual rodoviária. Em um terreno de 22 lotes, próximo à Praça Raul Soares, o
prefeito Cristiano Machado reuniu todos os feirantes, centralizando o abastecimento
da população. Nos 14.000 m2 do terreno descoberto, circundado pelas carroças
que transportavam os produtos, as barracas de madeira se enfileiravam para a
venda de alimentos.
O Mercado, então denominado Mercado Municipal, com sua atividade intensa
e movimento alegre, funcionou até 1964, quando o prefeito da época, Jorge
Carone, resolveu vender o terreno, alegando impossibilidade de administrar a
feira. Para impedir o fechamento do Mercado, os comerciantes se organizaram,
criaram uma cooperativa e compraram o imóvel da Prefeitura. No entanto, teriam
que construir um galpão coberto na área total do loteamento no prazo de cinco
anos. Se não conseguissem, teriam que devolver a área à Prefeitura.
A tarefa não foi fácil. A duas semanas do fim do prazo dado pela
prefeitura, ainda faltava o fechamento da área. Foi então que os irmãos
Osvaldo, Vicente e Milton de Araújo decidiram acreditar no empreendimento e investiram
no projeto. Foram contratadas quatro construtoras, ficando cada uma responsável
por uma lateral, para que o galpão pudesse ser fechado no prazo estabelecido.
Ao fim do prazo, os 14.000 m2 de terreno estavam totalmente fechados. Os
associados, com seu empreendedorismo e entusiasmo, viam seu esforço
recompensado.
Assim, bem organizado e com participação ativa dos comerciantes, cada
dia, ao longo dos anos, o Mercado ampliava suas atividades, expandia seus
negócios e se transformava em um núcleo não só de produtos alimentícios, mas, também,
de artesanato e de comidas típicas, tornando-se um dos principais pontos
turísticos de Belo Horizonte e um dos locais mais queridos dos mineiros.
Atualmente, com nove décadas de vida, o mercado possui mais de 400
lojas, oferece serviço de informações bilíngue, atrai todos os dias milhares de
visitantes de todos os lugares do Brasil e do mundo e, em seus corredores,
guarda grandes memórias e muitas histórias para contar.
Queijos, doces,
carnes, temperos e diversos produtos nas 400 lojas do mercado
Temperos, aromas, sabores, crenças, cores: todas as
características mais marcantes da cultura mineira dão charme e muita
personalidade ao mercado mais querido de Belo Horizonte. Há nove décadas,
o Mercado Central é ponto turístico para quem vem de fora e ponto de encontro
para quem vive na cidade.
Nesse tempo, deliciosos pratos da comida típica,
diferentes formas de religiosidade, toda a criatividade e delicadeza do artesanato
e muitos outros preciosos traços da cultura popular mineira fazem do Mercado
Central um espaço único, que une tradição e contemporaneidade e encanta por sua
singularidade.
Pelos corredores
do mercado existem centenas de produtos alimentícios e artesanais
Pensando na função social de ter suas portas abertas para todo o
público, incluindo os clientes que possuem alguma dificuldade de mobilidade, o
Mercado Central possui elevadores, rampas de acesso, disponibiliza cadeira de
rodas e mantém profissionais treinados para atendimento especializado.
Com o projeto Consumidor do Futuro, atende escolas regulares e
especiais, garantindo que crianças e jovens portadores de necessidades
especiais também possam vir ao Mercado, para descobrir as cores, os cheiros e
os sabores diversificados.
O tradicional prato de jiló com fígado é um dos preferidos dos
frequentadores no mercado
Coluna Minas Turismo Gerais, jornalista
Sérgio Moreira. Informações para sergio51moreira@bol.com.br
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